Marcação em Thaísa e postura tática: Bernardinho festeja atuação na final
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Marcação em Thaísa e postura tática: Bernardinho festeja atuação na final


Técnico do Rio de Janeiro admite que não esperava vitória sobre Osasco por 3 a 0 na final da Superliga e enche a bola de Fofão: "Maior levantadora do país e do mundo"


Por 
Rio de Janeiro

 
A pergunta feita a Bernardinho tinha a mesma resposta. Assim como ele, suas jogadoras não esperavam que a final da Superliga fosse decidida em apenas três sets. Do outro lado estava um velho conhecido que mostrou força nos playoffs e queria voltar ao alto do pódio. Mas a resistência do Osasco não veio. Para o treinador, consequência de um início de jogo taticamente correto. De uma marcação atenta a Thaísa, que representava sua maior preocupação.    

Rio de Janeiro pódio Superliga vôlei (Foto: Alexandre Arruda/CBV)
Rio de Janeiro comemora o decacampeonato 
da Superliga (Foto: Alexandre Arruda/CBV)


- A parte inicial foi muito importante para mostrar que brigaríamos de igual para igual, e a coisa começou a dar certo, jogamos taticamente de forma correta. O equilíbrio no segundo e terceiro sets foi enorme. Acho que foi fundamental termos jogado muito bem taticamente. Não vi quantos pontos a Thaísa fez, mas para quem tinha feito na casa dos 20 pontos no último jogo, hoje foram muito poucos pontos (sete) para uma jogadora do nível dela. Jogamos bem e fomos comprimindo o bloqueio em cima dela e isso foi deixando a Dani Lins sem opções em certos momentos. Mas independentemente do placar, o importante é a vitória, o título e a Fofão encerrar aqui em casa de maneira tão bonita, tão brilhante. Ninguém merecia um desfecho tão bonito e de ouro como ocorreu com ela - disse.


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A equipe estava empenhada em fazer o seu melhor para que a levantadora erguesse aquele troféu. Durante a temporada, todas as jogadoras deram sua contribuição. Dentro e fora de quadra, como Bernardinho gosta de frisar. Diz que boa parte da consistência do Rio de Janeiro vem da postura das que formam a base do elenco.  

- Quando montamos o grupo sempre buscamos um equilíbrio, acertamos, erramos, mas estamos sempre tentando melhorar, nos aprimorar. Quando vimos a Gabi jogando no Mackenzie, dissemos que queríamos essa menina no time. Sonhamos com isso. Jogadoras com esse espírito, que cheguem como a Fofão chegou, é o que buscamos. Temos jogadoras como Regiane, Amanda, que estão há anos, gera consistência. A Andreia foi de um profissionalismo, de uma seriedade. Jogar bem ou mal é parte do jogo, mas ser sempre correta, uma jogadora do time, é essencial, indispensável. O diferencial não tem muito a ver com um detalhe técnico ou tático, que a gente respeita e faz, claro. Elas cumprem muito bem. Mas existe a postura, a pessoa. E digo que a Fofão é um exemplo por isso. Não apenas porque é uma grande jogadora, se transformou ao longos dos anos na maior levantadora do país e do mundo, mas é a pessoa. Esse sorriso. 

Fofão Bernardinho Rio de Janeiro vôlei (Foto: Alexandre Arruda/CBV)
Fofão abraça Bernardinho após conquista do 
título (Foto: Alexandre Arruda/CBV)


Um episódio vivido pela campeã olímpica é usado por ele para ilustrar o tamanho da entrega que é necessária para se chegar longe. 

- Uma preocupação que tenho apenas com a aposentadoria dela é quanto ela sentirá falta disso.
 Ela não está irritada no hotel, na concentração, está feliz de estar com as meninas. Uma paixão muito longa, bacana. É uma menina de 45 anos, jogou mal e saiu chorando um dia, nas quartas de final. Você vê a importância daquilo, do esporte, para ela. Com essa idade, chorou porque não foi bem em uma partida. A gente busca pessoas com esse tipo de postura, de atitude, paixão pelo que faz. E temos dois exemplos aqui: uma jovem que já tem esse perfil, a Gabi, e está construindo e uma que está se aposentando. Precisamos que as jovens se inspirem nisso.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2015/04/marcacao-em-thaisa-e-postura-tatica-bernardinho-festeja-atuacao-na-final.html



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