O breve momento de fraqueza era contado com sorriso no rosto. Fofão fez o que pôde para tentar esconder, mas não conseguiu evitar o choro quando ouviu a execução do Hino, minutos antes de seu último jogo na Superliga. Diz que foi tudo muito rápido e ainda tinha esperança de que ninguém tivesse visto. Sentados ao seu lado, durante a entrevista coletiva, Gabi e Bernardinho achavam graça. Só não esperavam que a levantadora fosse lhes causar um aperto na garganta. Depois de dizer que era grata ao ensinamento de todas as craques que deram as referências para que virasse capitã em sua carreira, resolveu estender os agradecimentos aos dois. Começou por Gabi.
Com voz embargada, queria deixar registrado o quanto a ponteira de 20 anos está sendo importante em sua temporada de despedida.
- Ter passado por três gerações foi uma experiência incrível. De repente eu cheguei, era a mais nova, depois fiquei com a mesma idade e depois virei a mais velha. Aprendi com jogadoras mais velhas e com as de gerações mais jovens. Queria até falar para a Gabi que ela não tem noção de como me ajudou neste ano. Eu acho que ela é especial, e acordar todo dia e olhar para ela, não sabe como isso me fez bem. A alegria dela contagia todo mundo, serve de motivação. Eu precisava disso. Virei moleca do lado dela. Fazia coisas que eu me travei a vida inteira de fazer porque achava que tinha muita responsabilidade. Ela me fez voltar no tempo e ser feliz de novo. Ela nunca terá noção de quanto me fez bem - disse.
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Sem esconder a emoção, a melhor atacante e maior pontuadora do campeonato olhava para amiga e parecia não acreditar nas palavras que ouvia. Não tinha mesmo ideia do quanto havia feito por Fofão. Estava feliz de ter podido retribuir toda a confiança que a campeã olímpica havia depositado nela nos últimos três anos de trabalho.
- É muito louco isso. Vem muito um filme na cabeça. Lembro que no primeiro ano ela foi fundamental e acho que ela fez esse salto na minha carreira, de estar assumindo a responsabilidade, de estar virando a titular aqui e depois de estar indo para a seleção. Lembro que na reta final da semifinal, eu não tinha feito um jogo muito bom, tinha saído muito triste, chorei e mandei uma mensagem para ela agradecendo. E recebi muita força. Ela mexe muito com os meus sonhos, pela pessoa que é, pela tranquilidade. Hoje eu atacava uma bola, ela vinha e me dava um abraço. Uma hora virou e falou: "Você é nova, mas é muito inteligente". Tem essa coisa de mexer com meu emocional, nas vezes em que estou num momento ruim e me busca de volta para o jogo. Escutar ela falando tudo isso de mim é maravilhoso, porque é o meu grande ídolo. Falo isso para ela todos os dias. Sem dúvida nenhuma, se hoje consegui ajudar a equipe foi em função dela, por ela e pela ajuda que me deu - afirmou Gabi.
Logo em seguida, Fofão voltou os holofotes para Bernardinho. Lembrou os dias em que teve pesadelos com ele, riu ao ser perguntada se sentirá saudade das broncas e mais ainda quando o técnico disse que lhe mandaria uma gravação com algumas delas.
- Eu não poderia estar em outro lugar, tinha que estar aqui para esse momento. Por mais experiência que eu tenha, por mais rodada que eu seja, ele nunca me tratou como a Fofão. Sempre cobrou de mim e era disso que eu precisava. Eu não queria ninguém passando a mão na minha cabeça. Se estivesse mal, saía. Ele me tratava igual a todo mundo, pois era isso que eu precisava, não queria estar aqui só porque sou a Fofão. Então, esse respeito que ele teve comigo e a vontade que tem de vencer me ajudaram. Ainda temos o Mundial de Clubes, que vamos buscar antes de eu fechar esse ciclo, mas eu queria deixar registrado este agradecimento.
Assista à festa de Fofão e Cia após o título do Rio de Janeiro
FONTE:
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Gabi e Fofão com a terceira medalha da
Superliga que conquistaram juntas
(Foto: Alexandre Arruda/CBV)
Com voz embargada, queria deixar registrado o quanto a ponteira de 20 anos está sendo importante em sua temporada de despedida.
- Ter passado por três gerações foi uma experiência incrível. De repente eu cheguei, era a mais nova, depois fiquei com a mesma idade e depois virei a mais velha. Aprendi com jogadoras mais velhas e com as de gerações mais jovens. Queria até falar para a Gabi que ela não tem noção de como me ajudou neste ano. Eu acho que ela é especial, e acordar todo dia e olhar para ela, não sabe como isso me fez bem. A alegria dela contagia todo mundo, serve de motivação. Eu precisava disso. Virei moleca do lado dela. Fazia coisas que eu me travei a vida inteira de fazer porque achava que tinha muita responsabilidade. Ela me fez voltar no tempo e ser feliz de novo. Ela nunca terá noção de quanto me fez bem - disse.
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Sem esconder a emoção, a melhor atacante e maior pontuadora do campeonato olhava para amiga e parecia não acreditar nas palavras que ouvia. Não tinha mesmo ideia do quanto havia feito por Fofão. Estava feliz de ter podido retribuir toda a confiança que a campeã olímpica havia depositado nela nos últimos três anos de trabalho.
- É muito louco isso. Vem muito um filme na cabeça. Lembro que no primeiro ano ela foi fundamental e acho que ela fez esse salto na minha carreira, de estar assumindo a responsabilidade, de estar virando a titular aqui e depois de estar indo para a seleção. Lembro que na reta final da semifinal, eu não tinha feito um jogo muito bom, tinha saído muito triste, chorei e mandei uma mensagem para ela agradecendo. E recebi muita força. Ela mexe muito com os meus sonhos, pela pessoa que é, pela tranquilidade. Hoje eu atacava uma bola, ela vinha e me dava um abraço. Uma hora virou e falou: "Você é nova, mas é muito inteligente". Tem essa coisa de mexer com meu emocional, nas vezes em que estou num momento ruim e me busca de volta para o jogo. Escutar ela falando tudo isso de mim é maravilhoso, porque é o meu grande ídolo. Falo isso para ela todos os dias. Sem dúvida nenhuma, se hoje consegui ajudar a equipe foi em função dela, por ela e pela ajuda que me deu - afirmou Gabi.
Gabi e Bernardinho receberam elogios de
Fofão durante entrevista (Foto:
Alexandre Arruda/CBV)
Logo em seguida, Fofão voltou os holofotes para Bernardinho. Lembrou os dias em que teve pesadelos com ele, riu ao ser perguntada se sentirá saudade das broncas e mais ainda quando o técnico disse que lhe mandaria uma gravação com algumas delas.
- Eu não poderia estar em outro lugar, tinha que estar aqui para esse momento. Por mais experiência que eu tenha, por mais rodada que eu seja, ele nunca me tratou como a Fofão. Sempre cobrou de mim e era disso que eu precisava. Eu não queria ninguém passando a mão na minha cabeça. Se estivesse mal, saía. Ele me tratava igual a todo mundo, pois era isso que eu precisava, não queria estar aqui só porque sou a Fofão. Então, esse respeito que ele teve comigo e a vontade que tem de vencer me ajudaram. Ainda temos o Mundial de Clubes, que vamos buscar antes de eu fechar esse ciclo, mas eu queria deixar registrado este agradecimento.
Assista à festa de Fofão e Cia após o título do Rio de Janeiro
FONTE:
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