"Super grão" pode ser ingerido para controlar a glicemia e necessidade de insulina, o tratamento da obesidade, doenças cardiovasculares e diabetes
Atualmente, temos o momento de maior variedade alimentar, nunca houve tanta oferta de diferentes grupos e tipos de alimentos. Com a globalização trouxemos alimentos característicos de outras culturas, como por exemplo a quinoa e a chia. Na busca por um estilo de vida saudável, combate ao crescimento do sobrepeso e obesidade, redução do estresse e controle das doenças crônicas degenerativas (diabetes, doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, câncer, doenças funcionais) estamos em constante busca de super alimentos, da melhor dieta, do exercício mais eficaz e de informações que tragam novas técnicas e atitudes para melhorar a qualidade de vida.
Quando falamos sobre alimentação, inúmeros alimentos já tiveram destaque como a quinoa, a chia, a goji berry, produtos sem glúten e sem lactose, enriquecidos com fibras/ vitaminas/ minerais, entre muitos outros que prometem de forma isolada ser a solução para a manutenção do bem estar físico e mental de seus consumidores. Entretanto, é importante ressaltar que a inclusão ou exclusão de determinado alimento ou grupo alimentar não reflete qualidade na alimentação.
Entretanto, quando inseridos em um contexto de equilíbrio podem trazer inúmeros benefícios à saúde. Quanto maior a variedade alimentar maior a chance de conseguirmos atender as recomendações nutricionais diárias, menor risco de sensibilidade e intolerância a determinado tipos de alimentos. Um grão ainda pouco conhecido pelos brasileiros, mas com um valor nutricional excelente e comparável ao de muitos outros cereais presentes em nosso dia a dia é a cevada.
Engana-se quem acredita que sua única aplicação seja a produção de malte cervejeiro, atividade que consome aproximadamente um terço de sua produção. A cevada está entre os cinco grãos produzidos em maior quantidade ao redor do mundo como o milho, trigo, arroz e da soja. É uma cultura de inverno produzida na região sul do Brasil.
Além da sua utilização na produção cervejeira, é também utilizada na preparação de bebidas destiladas, na forma de grãos (cevadinha), flocos e farinhas, grãos torrados e moídos em infusão para substituir o café. Também é utilizada como ração de animais e fabricação de medicamentos. Na forma de farinha pode enriquecer pães, massas e bolos, compondo cereais matinais, entre outros.
Além disto, o grão intacto pode ser bastante versátil e consumido através de receitas e preparações diversas, como saladas, com legumes, misturado ou como variação ao arroz, em sopas, entre outras receitas. Basta usar a criatividade!
O grão de cevada é composto principalmente de carboidratos (50 a 75% de amido), proteínas (11 a 12%) e em pequenas quantidades por lipídeos. Quando olhamos para sua composição nutricional, observamos a presença de fibras insolúveis e principalmente solúveis como a beta-glucana, vitaminas e minerais.
A presença de beta-glucana, um tipo de fibra solúvel também encontrada na aveia, possui propriedade funcional aprovada pela Anvisa. Exerce efeito sobre a degradação do amido\ carboidratos e consequentemente, sobre o índice glicêmico dos alimentos ingeridos. Quando chegam ao estômago e intestino, as fibras solúveis aumentam a viscosidade do bolo alimentar, diminuem a ação de certas enzimas digestivas, influenciando na taxa de digestão e absorção de nutrientes, promovendo moderação nos níveis da glicemia após a alimentação e resposta insulínica, redução do colesterol e regulação do apetite.
Desta forma, pode ser ingerida com o objetivo de controlar a glicemia e a necessidade de insulina, no tratamento da obesidade, doenças cardiovasculares e do diabetes. Contêm minerais e vitaminas, com destaque para o Selênio, Fósforo, Cálcio, Magnésio, Niacina (vitamina B3) e Tiamina (vitamina B1). A ação antioxidante deste cereal se dá além da fonte de selênio por conter compostos fenólicos, contribuindo para a redução dos radicais livres e ação antiinflamatória.
O selênio também possui ação positiva no tratamento da Síndrome Metabólica (obesidade, dislipidemia, hipertensão, hiperglicemia) e pode apresentar efeitos benéficos tanto na prevenção como no tratamento do diabetes do tipo 2 e das doenças cardiovasculares.
Conhecendo estas propriedades, a fim de variar e inovar ainda mais seus produtos, a cevada pode ser uma alternativa interessante para a indústria alimentícia em meio à crescente demanda dos consumidores por produtos que sejam ao mesmo tempo saudáveis, saborosos e fáceis de serem incorporados em sua rotina.
A cevada, assim como o trigo, o malte, a aveia e o centeio, possui o glúten em sua composição, desta forma, não deve ser consumido por pessoas com alergia ou intolerância ao glúten.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
Quando falamos sobre alimentação, inúmeros alimentos já tiveram destaque como a quinoa, a chia, a goji berry, produtos sem glúten e sem lactose, enriquecidos com fibras/ vitaminas/ minerais, entre muitos outros que prometem de forma isolada ser a solução para a manutenção do bem estar físico e mental de seus consumidores. Entretanto, é importante ressaltar que a inclusão ou exclusão de determinado alimento ou grupo alimentar não reflete qualidade na alimentação.
Entretanto, quando inseridos em um contexto de equilíbrio podem trazer inúmeros benefícios à saúde. Quanto maior a variedade alimentar maior a chance de conseguirmos atender as recomendações nutricionais diárias, menor risco de sensibilidade e intolerância a determinado tipos de alimentos. Um grão ainda pouco conhecido pelos brasileiros, mas com um valor nutricional excelente e comparável ao de muitos outros cereais presentes em nosso dia a dia é a cevada.
Engana-se quem acredita que sua única aplicação seja a produção de malte cervejeiro, atividade que consome aproximadamente um terço de sua produção. A cevada está entre os cinco grãos produzidos em maior quantidade ao redor do mundo como o milho, trigo, arroz e da soja. É uma cultura de inverno produzida na região sul do Brasil.
Além da sua utilização na produção cervejeira, é também utilizada na preparação de bebidas destiladas, na forma de grãos (cevadinha), flocos e farinhas, grãos torrados e moídos em infusão para substituir o café. Também é utilizada como ração de animais e fabricação de medicamentos. Na forma de farinha pode enriquecer pães, massas e bolos, compondo cereais matinais, entre outros.
Além disto, o grão intacto pode ser bastante versátil e consumido através de receitas e preparações diversas, como saladas, com legumes, misturado ou como variação ao arroz, em sopas, entre outras receitas. Basta usar a criatividade!
O grão de cevada é composto principalmente de carboidratos (50 a 75% de amido), proteínas (11 a 12%) e em pequenas quantidades por lipídeos. Quando olhamos para sua composição nutricional, observamos a presença de fibras insolúveis e principalmente solúveis como a beta-glucana, vitaminas e minerais.
A presença de beta-glucana, um tipo de fibra solúvel também encontrada na aveia, possui propriedade funcional aprovada pela Anvisa. Exerce efeito sobre a degradação do amido\ carboidratos e consequentemente, sobre o índice glicêmico dos alimentos ingeridos. Quando chegam ao estômago e intestino, as fibras solúveis aumentam a viscosidade do bolo alimentar, diminuem a ação de certas enzimas digestivas, influenciando na taxa de digestão e absorção de nutrientes, promovendo moderação nos níveis da glicemia após a alimentação e resposta insulínica, redução do colesterol e regulação do apetite.
Desta forma, pode ser ingerida com o objetivo de controlar a glicemia e a necessidade de insulina, no tratamento da obesidade, doenças cardiovasculares e do diabetes. Contêm minerais e vitaminas, com destaque para o Selênio, Fósforo, Cálcio, Magnésio, Niacina (vitamina B3) e Tiamina (vitamina B1). A ação antioxidante deste cereal se dá além da fonte de selênio por conter compostos fenólicos, contribuindo para a redução dos radicais livres e ação antiinflamatória.
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O selênio também possui ação positiva no tratamento da Síndrome Metabólica (obesidade, dislipidemia, hipertensão, hiperglicemia) e pode apresentar efeitos benéficos tanto na prevenção como no tratamento do diabetes do tipo 2 e das doenças cardiovasculares.
Conhecendo estas propriedades, a fim de variar e inovar ainda mais seus produtos, a cevada pode ser uma alternativa interessante para a indústria alimentícia em meio à crescente demanda dos consumidores por produtos que sejam ao mesmo tempo saudáveis, saborosos e fáceis de serem incorporados em sua rotina.
A cevada, assim como o trigo, o malte, a aveia e o centeio, possui o glúten em sua composição, desta forma, não deve ser consumido por pessoas com alergia ou intolerância ao glúten.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.