- unidade motriz, competição à parte
Carro de Fórmula 1 na pista agora só dia 13 de março no Circuito Albert Park, em Melbourne, data do primeiro treino livre do GP da Austrália, etapa de abertura do campeonato. Os testes de pré-temporada acabaram neste domingo no Circuito da Catalunha, em Barcelona.
Foram três sessões de quatro dias cada. A primeira de 1º a 4 de fevereiro, em Jerez de la Frontera, e duas outras em Barcelona, de 1
9 a 22 deste mês e de quinta-feira até este domingo. Os dois autódromos são na Espanha.
Mercedes dominou as sessões de testes de pré-
temporada da Fórmula 1 (Foto: Mark
Thompson / Getty Images)
O primeiro aspecto tem a ver com a temperatura. Nas duas pistas o asfalto não passou dos 32 graus. A maior parte de tempo esteve bem abaixo. Todos testaram seus carros e os novos pneus Pirelli, de desgaste maior que em 2014, em condições que provavelmente não vão deparar quando a competição começar. Serão mais altas, senão bem mais elevadas.
Temperaturas do asfalto como as esperadas para Austrália, Malásia e Bahrein, cerca de 25 graus, na média, a mais que nos testes, podem gerar comportamentos nos carros que até agora seus pilotos e engenheiros desconheciam. Algumas equipes podem perder rendimento enquanto outras tirar vantagem. Os times vão descobrir ali na hora. É impossível simular essa condição nas suas sedes. Assim, é uma variável a ser considerada.
Carros ainda devem receber melhorias para a abertura do campeonato (Foto: Getty Images)
De repente, algum carro ganha um aerofólio dianteiro novo e se torna três décimos de segundo mais rápido, por exemplo. Pode acontecer. Os diretores técnicos já enxergaram que fora a Mercedes, pertencente a outra categoria, por estar bem mais rápida, do terceiro lugar para trás nas corridas todos os indícios são de que haverá luta acirrada, em especial entre Williams, Ferrari e RBR.
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E depois entre Lotus, Force India, STR e Sauber. O histórico da McLaren na pré-temporada, por enquanto, a deixa de fora dessas disputas, por problemas de confiabilidade do modelo MP4/30-Honda, dos campeões do mundo Fernando Alonso e Jenson Button.
unidade motriz, competição à parte
Vão informar quantas áreas, ou tokens, das 32 permitidas pelo regulamento, foram revistas em relação a versão da unidade motriz que terminou a temporada passada, dia 23 de novembro, em Abu Dabi. As três poderão mudar suas unidades como desejarem, desde que respeitem o limite de 32 tokens. A média de tokens das versões de Mercedes, Ferrari e Renault a serem usadas no GP da Austrália será o que a Honda terá direito de rever sua unidade.
McLaren teve problemas com o novo MP4/30-
Honda durante a pré-temporada (Foto: F1 Fanatic)
Se a Mercedes utilizar 14 tokens, a Ferrari 22 e a Renault 26, a média das três será 20,6. O próximo número inteiro, 21, vai ser o número de tokens que a Honda poderá alterar a sua unidade.
Os responsáveis pelas unidades motrizes de Mercedes, Andy Cowell, Ferrari, Mattia Binotto, e Renault, Remi Taffin, deram a entender em Barcelona que podem levar para a Austrália versões de suas unidades capazes de permitir a seu pilotos atingir alguns quilômetros a mais de velocidade.
Por unidade motriz a FIA entende o motor de combustão interna de 1,6 litro, turbo, e os dois sistemas de recuperação de energia, o MGU-K, cinético, e o MGU-H, térmico. O motor turbo tem um limite de 15.000 rpm. Mas até agora Mercedes, Ferrari e Renault os regulavam para trabalhar abaixo desse limite. Mas é provável que em vez dos 13.000 atuais, passem para 14.000.
Desenvolvimento da unidade motriz é peça chave para a temporada da F-1 (Foto: Divulgação)
Na realidade, nos testes da pré-temporada algumas unidades, como da Mercedes e Ferrari, já davam liberdade a seus pilotos de trocar as marchas num regime mais alto de giros. E por trabalharem nesse regime mais alto de giros, o ruído dos motores ficou um pouco mais alto que a versão de 2014, daí algumas pessoas afirmarem que a F-1 ficou, felizmente, mais barulhenta. Mas quase nada.
De qualquer forma, é bom o fã estar atento ao nível de eficiência das unidades motrizes no começo do campeonato, pois pode vir a ser um tanto diferente do apresentado até agora. Os fabricantes vão tentar fazê-las responder com alguns cavalos a mais de potência. Mas nada que ameace a segura liderança da Mercedes nessa área, ainda muito à frente dos concorrentes.
Antes de começar a assistir já aos treinos livres do GP da Austrália, e depois a sessão que definirá o primeiro grid da temporada e, na sequência, as 58 voltas da corrida, é bom ter em mente as variáveis apresentadas, bem como estar atento a novas que possam surgir e até agora não previstas nem pelos engenheiros. Elas podem gerar surpresas na F-1.