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Sochi, dia 13: patinadora russa brilha e canadenses dominam curling e hóquei

sochi 2014

Dia cor de rosa: emocionantes disputas femininas chamam atenção na reta final

Por GloboEsporte.comSochi

canadenses dominam hóquei e curling
tombos e mais tombos

Quando Yuna Kim atingiu o auge de sua carreira, no alto do pódio dos Jogos Olímpicos de Inverno de Vancouver 2010, Adelina Sotnikova ainda se preparava para conquistar, no ano seguinte, seu primeiro ouro mundial na categoria júnior. Em quatro anos, ídola e fã trocaram de lugar. A carismática russa de apenas 17 anos não deu trela para o favoritismo da sul-coreana campeã olímpica e dona de seis medalhas mundiais. Sem olhar para os lados, aproveitou o embalo da torcida e arrancou das mãos da favorita a sonhada e inesperada medalha dourada na prova de solo da patinação artística. Emocionantes disputas femininas também coloriram outras pistas de gelo no 13º dia de Sochi. Mas tanto no hóquei quanto no curling foram as canadenses que levaram a melhor. (confira vídeos do SporTV em Sochi).

A tradicional frieza russa saiu de cena nesta quinta-feira para dar lugar a uma eufórica torcida na final da patinação artística feminina, no Palácio Iceberg de Patinação. Não era para menos. A jovem patinadora da casa Adelina Sotnikova, de 17 anos, encantou ao som de “Introduction and Rondo Capriccioso” e levou o público ao delírio. Com uma nota de 149.95 para o programa livre (sendo 224.59 no total), a 21ª finalista a se apresentar assumiu a liderança e passou a torcer contra a coreana.

Russa Adelina Sotnikova encanta torcida e juízes

(Foto: Getty Images)

A bela apresentação da russa, porém, não parecia capaz de tirar o ouro das mãos da favoritíssima sul-coreana. Yuna Kim, de 23 anos, honrou o título de atual campeã olímpica com uma coreografia difícil e impecável. Mas a arbitragem não se encantou tanto assim, deixando-a na segunda colocação, com a nota 144.19 (219.11 no total). O terceiro lugar foi ocupado pela italiana Carolina Kostner, com 216.73 no total. A nova campeã, que já havia deixado as proximidades do rinque, parecia não acreditar quando viu no telão o número 1 ao lado de seu nome. Emocionada, voltou para a pista abraçando todos compatriotas que encontrava pelo caminho.

- Eu queria a medalha de ouro, sabia que a diferença era pequena. Sabia que se patinasse bem, seria possível. Simplesmente dei o meu melhor. Estava chateada porque não participei da competição por equipes e resolvi focar ainda mais - disse Adelina.

Canadenses dominam hóquei e curling

O dia foi da russa e das canadenses. No hóquei e no curling, foram elas que fizeram a festa nesta quinta-feira. Campeão das últimas três edições, o time do Canadá era o grande favorito ao ouro mais uma vez no hóquei. Afinal, são 16 anos e três dias que o país não perde na modalidade em Olimpíadas de Inverno. E mais uma vez ele tem que agradecer a Marie-Phillip Poulin. Assim como havia feito em Vancouver 2010, a menina de 22 anos marcou dois gols na decisão contra os Estados Unidos e garantiu o incrível tetracampeonato canadense. A diferença é que, agora, foi com muito mais emoção: 3 a 2, de virada, na prorrogação.

Canadenses conquistam o

tetracampeonato no hóquei

(Foto: Reuters)

Na pista do Cubo de Gelo, outras canadenses vibraram também. No “tira-teima” de Vancouver, o Canadá sobrou diante das suecas, ao vencer por 6 a 3, e voltar ao topo do pódio após três edições nos degraus mais baixos. Em 2010, o país havia batido na trave e levado a prata. A Grã-Bretanha ficou com o bronze.

No pódio do esqui cross masculino, a bandeira canadense deu trégua. Nem ela, ou qualquer outra, teve lugar desta vez. Em disputa surpreendente, com muitos dos favoritos eliminados, a França terminou com todas as medalhas da modalidade. Eram três representantes do país entre os quatro finalistas e a disputa permanecia apertada, até que o canadense Brady Leman escorregou na última curva. Assim, Jean Frederic Chapuis se sagrou o campeão, Arnaud Bovolenta ficou com a prata e Jonathan Midol levou o bronze.

Quando o assunto é combinado nórdico, um outro domínio entra em cena. Mais uma vez a Noruega subiu ao alto do pódio em Sochi. Depois de vencer as duas provas individuais masculinas (rampa normal e rampa longa), o país também levou a melhor na prova por equipes. Joergen Graabak, Haavard Klemetsen, Magnus Krog, Magnus Krog e Magnus Moan cruzaram em primeiro com 462,8 pontos. A Alemanha e a Áustria ficaram com a prata e o bronze, respectivamente.

Tombos e mais tombos

Enquanto isso, o “cai, cai” em Sochi continua a pleno vapor. Nesta quinta-feira, porém, uma cena chamou a atenção de quem estava no Parque Rosa Khutor para acompanhar a disputa do ski cross. Durante a primeira bateria das quartas de final, três competidores levaram um tombo antes de cruzarem a linha de chegada e a classificação precisou ser feita através do recurso de foto, que consegue dar detalhes sobre quem foi o atleta que passou primeiro com o esqui.

Dos quatro competidores que estavam na bateria, o suíço Armin Niederer, que estava na terceira posição, foi o único que conseguiu ficar em pé até cruzar a linha de chegada. Os outros três atletas passaram se arrastando pela neve.

Queda tripla no ski cross atrapalha a chegada.

Terceiro colocado aproveita para cruzar na

frente (Foto: Reprodução)

Fora das pistas, o 13º dia dos Jogos de Sochi também foi agitado. A atleta de luge Kate Hansen filmou um animal estranho no hall de seus aposentos. Apesar do susto, a americana não perdeu a piada e escreveu nas redes sociais: “Um lobo no hall? Tenho certeza de que este é um lobo vagando no meu hall em Sochi".

Um outro assunto polêmico também chamou a atenção. Após relatarem agressões e até chicotadas de agentes da força de segurança que ajuda a patrulhar Sochi durante as Olimpíadas de Inverno, na quarta-feira, integrantes do grupo de protesto Pussy Riot lançaram em sua página na internet nesta quinta um clipe da música "Putin will teach you how to love" (Putin vai ensiná-lo a amar). O vídeo, mostrado pelas ativistas para jornalistas em Sochi, contém imagens da ação das forças de segurança contra as jovens que fazem parte da banda punk de oposição ao governo russo.

Madonna posta foto de apoio à banda Pussy Riot (Foto: Reprodução/Instagram)

- As Olimpíadas criaram espaço para a completa destruição dos direitos humanos na Rússia. Fomos proibidas de nos expressarmos. Os direitos de todos os que têm uma opinião alternativa foram banidos - disse a ativista Nadezhda Tolokonnikova, nesta quinta-feira, em Sochi.
Revoltada com a situação, a cantora Madonna se manifestou postando uma foto em apoio ao grupo russo Pussy Riot.

O SporTV transmite as competições ao vivo e o SporTV.com acompanha em tempo real. Confira a programação e os resultados.

FONTE:

http://globoesporte.globo.com/olimpiadas-de-inverno/noticia/2014/02/sochi-dia-13-patinadora-russa-brilha-e-canadenses-dominam-curling-e-hoquei.html

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