Esporte
A 1 ano de Sochi, gastos recordes na Rússia e fôlego brasileiro em seletivas
Com orçamento estratosférico, cidade entra na reta final de construções, e Brasil amplia chances com nova equipe de bobsled e bons resultados na neve
Por GLOBOESPORTE.COM Sochi, Rússia
Contagem regressiva: 1 ano (Foto: Reuters)
A cidade de Sochi comemora nesta quinta-feira a contagem regressiva de 1 ano para as Olimpíadas de Inverno. No dia 7 de fevereiro de 2014, a cerimônia de abertura dos Jogos dará a largada para a disputa de 98 medalhas em 15 esportes. Um sonho que, para sair do papel, custou aos russos cinco vezes mais do que o planejado: US$ 51 bilhões (R$ 102 bilhões) - recorde olímpico, superando os US$ 40 bilhões (R$ 80 bilhões) de Pequim 2008. Por aqui, o sonho verde-amarelo para chegar lá ganhou fôlego. As metas das confederações de gelo e neve continuam iguais, mas os atletas têm conseguido se destacar nas seletivas. A TV Globo, o SporTV e o GLOBOESPORTE.COM vão transmitir ao vivo as Olimpíadas de Sochi, de 7 a 23 de fevereiro de 2014. Pista de saltos é uma das que já foram testadas (Foto: Agência Getty Images)
Gelo ganha força com brasileira de 16 anos e Jadel Gregório Apesar dos problemas políticos na Confederação Brasileira de Desportes no Gelo (CBDG), agora sob intervenção, foi feita uma seletiva para formar equipe e iniciar a busca por vaga no bobsled. Na equipe, a presença ilustre de Jadel Gregório, duas vezes finalista olímpico no salto triplo. Na patinação artística, Isadora Williams, de 16 anos, conseguiu índice para o Mundial adulto, que dará 30 vagas a Sochi. Isabel precisa se manter entre as 24 do ranking
Isabel Clark no Canadá (Foto: Iván Fuenzalida Sáez)
Na neve, Isabel Clark segue como a principal representante brasileira. Foi 15ª no Mundial de snowboard e, se conseguir se manter entre as 24 até janeiro, estará em Sochi. Se conseguir, será dua terceira participação olímpica. Em Turim 2006, ela terminou em nono, o que até hoje é o melhor resultado do Brasil na história dos Jogos de Inverno. Marcos Batista também batalha por um lugar no snowboard, mas no slopestyle, modalidade caloura em Olimpíadas de Inverno. No Mundial, Marcos sofreu uma queda e foi eliminado na classificatória. Jaqueline briga por vaga no biatlo e no cross; quatro com chance no esqui alpino Ex-ciclista, Jaqueline Mourão pode carimbar passaporte nos próximos dias, pelo Mundial de biatlo, em Nove Mesto, República Tcheca. Mas ela também buscará vaga no esqui cross country, assim como Mirlene Picin. No masculino, Leandro Ribela vem se mantendo com índices internacionais. Jaqueline Mourão disputa nesta semana o
Mundial de biatlo (Foto: cbdn)
No esqui alpino, quatro brasileiros sonham com Sochi. Jhonatan Longhi e Fabio Guglielmini disputam nesta semana o Mundial, na Áustria. As meninas estão fora dessa competição, mas ainda assim têm boas perspectivas para as Olimpíadas. Chiara Marano tem mantido o índice de 140 pontos no ranking da Federação Internacional de Esqui (FIS). Já Maya Harrisson, que foi a Vancouver 2010, está se recuperando de uma lesão e deve voltar a competir na temporada 2013/2014. A Confederação Brasileira de Deportos de Neve (CBDN) traçou uma meta para Sochi: aumentar o número de esportes e de atletas em pelo menos um. Em Vancouver, o Brasil levou cinco atletas, em três esportes: esqui alpino (Maya e Jhonatan), esqui cross country (Jaqueline e Leandro ) e snowboard (Isabel). - Maya tem todas as condições de alcançar esses resultados retornando para as competições - conta Pedro Cavazzoni, diretor técnico da CBDN. Para nos "não atletas", ainda há chance de fazer parte da "delegação". As inscrições para trabalhar como voluntário só vão fechar no dia 1º de março. Serão 25 mil durante os Jogos, sendo oito mil especialistas em alguma atividade específica e cinco mil atletas. Em Vancouver 2010 foram 29.500. Orçamento estratosférico em cidade 'de verão' Cidade de Sochi tem clima 'de verão' (Foto: AP)
Projeto pessoal do presidente Vladimir Putin, Sochi parecia uma escolha equivocada para receber as Olimpíadas de Inverno. Afinal, a cidade fica à beira do Mar Negro, um balneário muito procurado por turistas durante o verão europeu. Mas a possibilidade de usar as montanhas e, claro, de construir instalações espetaculosas surgiu como uma boa maneira de pôr a cidade no centro do mundo. Por conta disso, Sochi está tomando todas as precauções, com ajuda de alta tecnologia. No Rosa Khutor resort, casa do esqui alpino, há um dos maiores sistemas de produção de neve da Europa. São 400 geradores de neve instalados pela montanha. A ideia é armazenar 150 mil metros cúbicos, para o caso de não nevar o suficiente em fevereiro de 2014. Vista aérea do parque olímpico, a 1 ano dos Jogos (Foto: Agência AP)
- O projeto está em permanente controle e com 100% de apoio do governo. Os Jogos são um projeto pessoal do presidente Vladmir Putin, porque ele reconhece o poder de o evento acelerar mudanças muito positivas no país - conta o presidente do comitê organizador Sochi 2014, Dmitry Chernyshenko. Apesar do orçamento astronômico, Sochi se orgulha de ter planejado Jogos compactos. São duas grandes áreas: uma na costa e outra na montanha; cada uma delas com uma vila olímpica. Na costa ficarão o estádio olímpico, os centros de imprensa e os esportes indoor: curling, patinação artística e de velocidade e hóquei no gelo. Na montanha, todas as modalidades de esqui, além de snowboard, biatlo, bobsled, luge e skeleton. Todas as instalações na costa estão prontas. As da neve, se não o estão, já tiveram condições de serem testadas - e aprovadas. Até abril, Sochi terá recebido 22 eventos teste em suas arenas. Galeria de fotos das instalações de Sochi 2014 Estádio Olímpico (na costa)
Com capacidade para 40 mil pessoas, será palco das cerimônias de abertura, encerramento e entrega de medalhas. É a instalação cujas obras estão mais "atrasadas". Fisht, estádio olímpico de Sochi (Foto: Sochi 2014) Bolshoi Ice Dome (na costa)
Receberá as partidas de hóquei no gelo. Tem capacidade para 7 mil pessoas e será testado pela primeira vez em abril de 2013, com o Mundial sub 18. Depois dos Jogos, vai virar arena multiuso e centro de treinamento. Bolshoi Ice Dome hóquei (Foto: Sochi2014.com) Shayba Arena (na costa) Instalação temporária de hóquei no gelo. Tem capacidade para 7 mil pessoas e também será testada em abril. Depois dos Jogos, será transferida para outra cidade russa. Shayba Arena hoquei (Foto: Sochi 2014) Ice Cube Curling Center (na costa) Centro de curling para 3 mil pessoas. Temporário, também será levado para outra cidade russa. Ice Cube Curling Center (Foto: Sochi 2014) Iceberg Skating Palace (na costa) Palco da patinação artística e de velocidade, foi testado pela primeira vez no Grand Prix, em dezembro. Tem capacidade para 12 mil pessoas e, também temporário, vai ser levado para outra cidade russa. Iceberg Palace (Foto: AFP) Adler Arena (na costa) Patinação velocidade - capacidade para 8 mil pessoas. Será testado no Mundial de pista curta, em março de 2013. Depois dos Jogos, vai virar um centro de convenções. Adler Arena (Foto: Divulgação) Laura (na montanha) Casa do esqui cross-country e do biatlo. Foi testada em janeiro, na Copa do Mundo. Tem capacidade para 7.500 pessoas. Laura, centro de esqui cross country e biatlo (Foto: AFP) Rosa Khutor (na montanha)
Com capacidade para 7.500 pessoas, receberá as provas de esqui alpino. Após os Jogos, vai virar uma estação de esqui. Rosa Khutor, centro de esqui alpino (Foto: Divulgação) RusSki Gorki (na montanha)
Instalação dos saltos de esqui, com capacidade para 7500 pessoas. Foi testado em dezembro e, após os Jogos, vai virar um centro nacional de treinamento. RusSki Gorki, centro de saltos de equi (Foto: Agência Getty Images)
Sanki (na montanha) Bobsled e luge - Tem capacidade para 5000 pessoas, e a pista a maior do mundo, com 1,8km. Foi inaugurada em março. Centro de bobsled Sanki (Foto: Sochi2014.com) Rosa Khutor - Extreme Park (na montanha) Snowboard e esqui estilo livre - tem capacidade para 4.000 pessoas no centro de snowboard e 6.250 no estilo livre. Após os Jogos, vai virar um centro de treinamento. Extreme Park snowboard e esqui estilo livre (Foto: Divulgação)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas-de-inverno/noticia/2013/02/1-ano-de-sochi-gastos-recordes-na-russia-e-folego-brasileiro-em-seletivas.html
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