As duras críticas de Juliana ao sistema de seleções de vôlei de praia foram minimizadas por Maria Elisa, parceira da medalhista olímpica no Circuito Brasileiro e ao lado de quem ela estreará na temporada 2013 do Circuito Mundial. Concentrada no Centro de Desenvolvimento do Voleibol, em Saquarema, desde janeiro, a atleta fluminense acredita que o tempo fará a bloqueadora se adequar ao formato adotado pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB) e pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).
- A Juliana está chegando agora. Nós passamos por este processo pelo qual a Juliana está passando. É muito complicado mesmo quando você está chegando. O treinamento aqui é completamente diferente do que ela faz no Nordeste. Por mais que aqui tenha uma coisinha ou outra com a que a gente não concorde, tem muita coisa boa também. E a gente acaba se adaptando ao meio. O que eu puder fazer para ajudá-la, eu vou fazer. Com certeza estou um pouco mais adaptada, e só quem tem a ganhar é ela se se adaptar mais rapidamente a este sistema.
Porque, para conseguir o que ela quer, que é ir para as Olimpíadas, chegar a uma medalha de ouro olímpica, o caminho é esse. Estou muito feliz de estar aqui com ela. Sei que eu fui um dos grandes motivos dela ter vindo para cá e tento fazer valer a pena.
Juliana vai estrear pela seleção apenas no Grand Slam de Haia, na Holanda, de 11 a 16 de junho. Até lá, Maria Elisa jogará o Grand Slam de Corrientes, na Argentina, com Ágatha, e as finais da Continental Cup, com Talita. O troca-troca de parceiras, criticado por Juliana, também é visto como uma dificuldade por Maria. A defensora, no entanto, mede mais os comentários e procura externar o lado positivo da experiência.
- Eu concordo com muita coisa que a Juliana fala, mas estou em uma situação em que, se não pensar positivo, olhar para a parceira do meu lado e falar que vou fazer o melhor treino, dar o meu melhor, eu vou deixar o meu voleibol cair. Estou vivendo uma situação muito complicada de jogar os próximos três torneios com três parceiras diferentes. Eu nunca vivi isso, só no Rainha da Praia.Mas, se é isso que eu tenho, eu vou tirar ouro da areia. O sistema foi implantando, e nós aceitamos estar aqui. Concordando ou não eu vou dar o meu máximo para as pessoas que estão aqui. A comissão técnica está me dando força, minhas parceiras estão me dando força. E são grandes jogadoras, eu tenho que estar feliz por isso. Hoje em dia a gente vê grandes jogadoras sendo cortadas. Então tenho que tirar o lado positivo. Estou cotada para jogar com as três melhores bloqueadoras do Brasil hoje, na minha opinião.
O técnico Marcos Miranda não ouviu as declarações de Juliana e, mesmo ao ser informado sobre as críticas, evitou bater de frente com a atleta. Para o treinador, é importante que o grupo compreenda que não apenas o sistema mudou, mas também a filosofia da competição.
- Nós estamos buscando a mesma linha da quadra, e as pessoas que estão aqui dentro querem estar aqui dentro. Eu não obrigo ninguém. Eu sou uma pessoa que abre caminho para elas. Mas a própria escalação é por conta delas. A CBV dá a estrutura, o que há de melhor para que a atleta possa pensar exclusivamente em jogar. Existe este sistema, e a gente vai fazer com que a coisa aconteça. Elas têm que querer estar aqui, como acontece com qualquer outra seleção. Independentemente de quem for tem que estar defendendo a camisa junto à Confederação, ao Brasil, ao Ministério dos Esportes, junto ao COB. Tem que vir de dentro da pessoa. Aqui deixa de ser uma coisa pessoal. A pessoa está representando o país. É um contexto muito maior do que normalmente era direcionado em relação ao voleibol de praia.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/05/m-elisa-minimiza-critica-de-juliana-e-tecnico-diz-elas-tem-que-querer-estar.html
- A Juliana está chegando agora. Nós passamos por este processo pelo qual a Juliana está passando. É muito complicado mesmo quando você está chegando. O treinamento aqui é completamente diferente do que ela faz no Nordeste. Por mais que aqui tenha uma coisinha ou outra com a que a gente não concorde, tem muita coisa boa também. E a gente acaba se adaptando ao meio. O que eu puder fazer para ajudá-la, eu vou fazer. Com certeza estou um pouco mais adaptada, e só quem tem a ganhar é ela se se adaptar mais rapidamente a este sistema.
Porque, para conseguir o que ela quer, que é ir para as Olimpíadas, chegar a uma medalha de ouro olímpica, o caminho é esse. Estou muito feliz de estar aqui com ela. Sei que eu fui um dos grandes motivos dela ter vindo para cá e tento fazer valer a pena.
Observada por Juliana, Maria Elisa encara o bloqueio de Ágatha em treinamento (Foto: Helena Rebello)
Marcos Miranda rebate críticas de Juliana com
cautela (Foto: Divulgação / CBV)
cautela (Foto: Divulgação / CBV)
O técnico Marcos Miranda não ouviu as declarações de Juliana e, mesmo ao ser informado sobre as críticas, evitou bater de frente com a atleta. Para o treinador, é importante que o grupo compreenda que não apenas o sistema mudou, mas também a filosofia da competição.
- Nós estamos buscando a mesma linha da quadra, e as pessoas que estão aqui dentro querem estar aqui dentro. Eu não obrigo ninguém. Eu sou uma pessoa que abre caminho para elas. Mas a própria escalação é por conta delas. A CBV dá a estrutura, o que há de melhor para que a atleta possa pensar exclusivamente em jogar. Existe este sistema, e a gente vai fazer com que a coisa aconteça. Elas têm que querer estar aqui, como acontece com qualquer outra seleção. Independentemente de quem for tem que estar defendendo a camisa junto à Confederação, ao Brasil, ao Ministério dos Esportes, junto ao COB. Tem que vir de dentro da pessoa. Aqui deixa de ser uma coisa pessoal. A pessoa está representando o país. É um contexto muito maior do que normalmente era direcionado em relação ao voleibol de praia.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/05/m-elisa-minimiza-critica-de-juliana-e-tecnico-diz-elas-tem-que-querer-estar.html