Quando subir no ringue nesta quarta-feira, em Londres, Adriana Araújo já terá no bolso uma medalha de bronze. Quando começar a trocar golpes com a russa Sofya Ochigava na categoria até 60kg do boxe, a missão será mudar a cor do metal. Para o azar das duas, só vale usar as mãos, porque nos dois casos a habilidade também está nos pés. Adriana já foi jogadora de futebol, e Ochigava começou no kickboxing, mas na arena Excel o máximo que poderão fazer com as pernas é gingar. E quem vencer tem grandes chances de enfrentar na final a irlandesa Katie Taylor, que também já brilhou de chuteira nos gramados e defendeu até a seleção do seu país.
As semifinais começam às 10h (de Brasília). Primeiro, Katie encara Mavzuna Chorieva, do Tajiquistão, com promessa de torcida maciça da Irlanda nas arquibancadas londrinas. Na sequência, por volta das 10h15m, Adriana tenta dar mais um passo numa conquista que já é histórica, com medalha garantida para o boxe brasileiro 44 anos após Servílio de Oliveira na Cidade do México. Na modalidade, as duas perdedoras das semis dividem o terceiro degrau do pódio. O SporTV transmite a luta ao vivo.
- O boxe caiu na minha vida por acaso, há 12 anos. Eu jogava futebol até os 17, mas tinha que estudar e trabalhar. Fui fazer boxe para arrumar uma atividade e comecei a gostar. Minha mãe não aceitava, porque eu chegava em casa machucada, mas era algo que eu queria muito
Infelizmente ela faleceu, mas já vibrava muito com as minhas lutas antes disso - conta a lutadora baiana, que nas quartas de final eliminou a marroquina Mahjouba Oubtil por 16 a 12.
Uma das candidatas mais fortes ao ouro, a russa que Adriana enfrenta nesta quarta eliminou a neozelandesa Alexis Pritchard com muita facilidade, por 22 a 4. Aos 25 anos, Sofya Ochigava começou a lutar boxe aos 15. Nos quatro anos anteriores, seguiu os passos do irmão e investiu no kickboxing. Deixou os chutes de lado para se concentrar nos socos justamente pela possibilidade de disputar as Olimpíadas.
Na outra chave, Katie Taylor é a grande favorita. A irlandesa, que carregou a bandeira do seu país na cerimônia de abertura, conta com uma torcida numerosa no ginásio, que fica repleto de bandeiras em verde, branco e laranja durante suas lutas. Tetracampeã mundial e pentacampeã europeia, ela também começou usando os pés, mas em cenário bem diferente. Defendeu a seleção de futebol desde as categorias de base e chegou a disputar torneios importantes com a equipe adulta. Mas a grande paixão é mesmo o boxe. Tanto que foi uma das líderes da campanha para levar a disputa feminina para as Olimpíadas.
Agora que conseguiu, Katie quer o ouro. Mas para isso terá de despachar a lutadora do Tajiquistão. E, quem sabe, medir força com outra ex-boleira na luta do ouro.
Adriana Araújo na luta contra a marroquina Mahjouba Oubtil: agora ela está nas semifinais (Foto: EFE)
- O boxe caiu na minha vida por acaso, há 12 anos. Eu jogava futebol até os 17, mas tinha que estudar e trabalhar. Fui fazer boxe para arrumar uma atividade e comecei a gostar. Minha mãe não aceitava, porque eu chegava em casa machucada, mas era algo que eu queria muito
Infelizmente ela faleceu, mas já vibrava muito com as minhas lutas antes disso - conta a lutadora baiana, que nas quartas de final eliminou a marroquina Mahjouba Oubtil por 16 a 12.
Ochigava (de azul) massacrou Pritchard (Foto: AFP)
Na outra chave, Katie Taylor é a grande favorita. A irlandesa, que carregou a bandeira do seu país na cerimônia de abertura, conta com uma torcida numerosa no ginásio, que fica repleto de bandeiras em verde, branco e laranja durante suas lutas. Tetracampeã mundial e pentacampeã europeia, ela também começou usando os pés, mas em cenário bem diferente. Defendeu a seleção de futebol desde as categorias de base e chegou a disputar torneios importantes com a equipe adulta. Mas a grande paixão é mesmo o boxe. Tanto que foi uma das líderes da campanha para levar a disputa feminina para as Olimpíadas.
Agora que conseguiu, Katie quer o ouro. Mas para isso terá de despachar a lutadora do Tajiquistão. E, quem sabe, medir força com outra ex-boleira na luta do ouro.
Popular na Irlanda, Katie Taylor também defendeu a seleção de futebol do seu país (Foto: AFP)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/ex-boleira-adriana-araujo-volta-ao-ringue-e-tenta-mudar-cor-da-medalha.html