Esporte
Andrezinho e Elkeson decidem, Bota passa sufoco, mas vence o Náutico
Companheiros de quarto na concentração, meia e atacante se destacam na vitória alvinegra por 3 a 1 sobre Timbu, a terceira seguida no Brasileiro
A CRÔNICA
Da concentração para o campo do Engenhão. O entrosamento e a afinidade de dois jogadores foram decisivos para o Botafogo neste domingo. Parceiros de quarto, Andrezinho e Elkeson asseguraram a terceira vitória seguida do Alvinegro no Brasileirão. Depois de superar Coritiba e Cruzeiro, o time bateu o Náutico por 3 a 1, pela 23ª rodada, com duas assistências e um gol do meia e dois gols do camisa 9. É a primeira vez que a equipe de Oswaldo de Oliveira consegue uma trinca nesta edição. Não foi fácil. Pelo contrário. Depois de um primeiro tempo sob controle e com dois gols, sendo o primeiro de letra, aos 54 segundos de bola rolando, a etapa final foi de sufoco e rendimento ruim dos donos da casa, inclusive do craque Seedorf. O Timbu se lançou ao ataque de forma aguda e aguerrida, conseguiu diminuir em pênalti cobrado por Araújo, fez pressão, mas parou no goleiro Renan e na falta de pontaria dos homens de frente. O gol de Andrezinho, aos 46 do segundo tempo, trouxe alívio aos alvinegros no campo e nas arquibancadas. Foram 14.612 pagantes (18.348 presentes), com renda de R$ 308.140,00. A pedido dos jogadores, a diretoria do Botafogo fez uma promoção de ingressos.
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- Saiba como foi o jogo pelo Tempo Real
- Se a gente passar sufoco desse jeito todo jogo e sair com a vitória, é válido. O time teve problemas de lesão, acabamos agora no fim do segundo tempo com a zaga toda de garotos. Foi uma pressão danada. Nossa conversa é essa, o espírito tem que ser esse, ganhando ou não. A bola dos caras começa a não entrar e a nossa entra. Mas a euforia acaba agora, a gente já começa a pensar no jogo de quinta - disse o meia Andrezinho.
Com o resultado, o Bota chega a 37 pontos e ocupa o quinto lugar, dois a menos que o Vasco, que ainda enfrenta o Bahia. O Timbu continua caminhando pelo meio da tabela, com 28, na 11ª posição.
Na próxima rodada, as duas equipes jogam na quinta-feira, às 21h. O Botafogo recebe o Inter, no Engenhão, e o Náutico visita o Grêmio, no Olímpico. Decisivos: Elkeson e Andrezinho são os destaques do Botafogo contra o Náutico (Foto: Wagner Meier / AGIF) De Andrezinho para Elkeson: 2 a 0 Botafogo
De Andrezinho para Elkeson. Duas vezes. Dois gols do Botafogo contra o Náutico. Foi com jogadas da dupla que o Alvinegro pulou na frente no primeiro tempo do jogo no Engenhão. Uma vantagem que começou a ser construída cedinho, cedinho. A bola levou cinquenta e quatro segundos para sair do círculo central no apito inicial e viajar até o fundo do gol de Gideão. Foi o tempo que Andrezinho precisou para receber passe de Fellype Gabriel na direita, olhar duas vezes para a área e cruzar no pé de Elkeson. O camisa 9, meia que virou o principal atacante na equipe de Oswaldo de Oliveira, não finalizou de qualquer maneira. Teve o capricho de concluir de letra. É o segundo gol mais rápido deste Brasileirão. Na segunda rodada, Lincoln, do Coritiba, marcou aos 29 segundos da etapa inicial na derrota por 3 a 2 para o próprio Botafogo. Ficar vantagem logo de cara fez o Botafogo abrir mão da posse de bola. O Timbu passou a comandar as ações, mas insistiu em jogadas pelo meio. Os laterais Lúcio e Patric não foram à linha de fundo uma vez sequer. Souza, Rhayner, Araújo e Dimba buscaram as infiltrações, mas sem sucesso. O Alvirrubro rondava, rondava, rondava, só que não chegava à área em condições de concluir. Apesar de uma saída de bola lenta, o Botafogo conseguia chegar com força ao ataque. Organizado por Seedorf, Andrezinho e Fellype Gabriel, o time teve paciência para criar as oportunidades. Aos 19, Elkeson e Andrezinho trocaram passes, e a bola chegou até Seedorf na direta. O camisa 10 bateu forte, mas a bola subiu demais e foi para fora. A primeira etapa foi de muitos erros de passe, 61 ao todo. Andrezinho, por exemplo, errou 11 de 21 que tentou. Mas foi de nova assistência do camisa 17 para Elkeson que o Botafogo conseguiu ampliar, aos 33. Andrezinho partiu em velocidade até a entrada da área e passou a Elkeson. Corte rápido para se livrar do zagueiro Ronaldo Alves, e chute colocado e rasteiro para o segundo gol dele, o oitavo no Brasileirão: 2 a 0. O Timbu respondeu um minuto depois. Após cobrança de falta, o zagueiro Ronaldo Alves subiu bem para cabecear, mas parou no travessão. Na última tentativa pernambucana, Rhayner chegou bem ao ataque, mas pegou mal na bola em chute da entrada da área.
Náutico aperta, erra muito, e Bota se segura
Alexandre Gallo trocou um volante por outro no intervalo. Dadá deu lugar a Josa. O Timbu adiantou a marcação e passou a tentar explorar um pouco mais as jogadas pelas pontas. Lúcio subiu bem no primeiro ataque da equipe, cruzou rasteiro, mas Souza chegou atrasado para concluir. O Náutico conseguiu diminuir a vantagem alvinegra cedo. Aos sete, Andrezinho se enrolou com os zagueiros na área, foi puxado pela camisa e caiu. O jogador pediu pênalti, Seedorf tentou aproveitar o rebote, mas a arbitragem mandou seguir. No contra-ataque, quem conseguiu o pênalti foi o Náutico. Souza invadiu a área pela esquerda, driblou Gabriel e foi derrubado. Na cobrança, Araújo bateu no canto direito do goleiro Renan, que caiu para o lado oposto: 2 a 1. O gol trouxe alguns momentos de instabilidade ao Botafogo, que passou a ser mais atacado. Oswaldo foi forçado a fazer uma mudança na zaga antes dos 20 minutos. Brinner sentiu cãibras e deu lugar Vinícius. Pouco depois, Lucas sentiu cansaço e foi substituído por Gilberto. Sorte do Alvinegro que o ritmo do Náutico caiu pouco a pouco, e o time conseguiu ter mais posse de bola e presença ofensiva, apesar de desorganizado. Elkeson, Andrezinho e Seedorf tentaram algumas finalizações, mas o gol que daria tranquilidade não saía.
O Náutico foi para o abafa nos dez minutos finais e teve duas ótimas chances. Na primeira, Rogério recebeu cruzamento de Elicarlos, apareceu para bater colocado na segunda trave, e Renan salvou com a mão esquerda. Em seguida, Rogério serviu Araújo na área, o camisa 10 tirou do goleiro com um toque de primeira, mas a bola saiu por muito pouco, à direita de Renan.
A placa de quatro minutos de acréscimos deixou os alvinegros desesperados no Engenhão. Naquele momento, o Botafogo não conseguia atacar. O alívio chegou antes do apito final, aos 46. Em contra-ataque, Seedorf partiu com a bola dominada, viu Andrezinho passar pela esquerda e rolou. O meia bateu colocado, e o goleiro Gideão aceitou. O Náutico até poderia ter tido melhor sorte no confronto, mas pecou na hora decidir, algo que o time de Elkeson, Andrezinho e Seedorf soube fazer com competência. + EXPANDIR A CRÔNICA COMPLETA
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/brasileirao2012/09-09-2012/botafogo-nautico.html
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