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Em jogo de reviravoltas, Náutico derrota o Botafogo por 3 a 2
Time pernambucano consegue a sua primeira vitória no Brasileirão e vai a quatro pontos. Alvinegro carioca perde a segunda seguida e fica nos seis A CRÔNICA
Numa partida em que as torcidas foram da alegria à frustração e da frustração à alegria, melhor para a do Náutico, que viu seu time derrotar o Botafogo por 3 a 2, neste domingo, no estádio dos Aflitos, no Recife. O time pernambucano, que obteve sua primeira vitória no Campeonato Brasileiro, abriu 2 a 0 no primeiro tempo, com gols de Araújo e Lúcio, teve um jogador expulso (Márcio Rosário) na etapa final e levou o empate (Márcio Azevedo e Fábio Ferreira marcaram). No entanto, quando os cariocas davam a impressão de conseguiriam a virada, Márcio Azevedo foi expulso, Vitor Júnior errou na defesa, e o Timbu obteve o gol da vitória, marcado por Derley. O autor do gol decisivo do jogo comemorou muito, fazendo o gesto de quem embala um neném, em homenagem a Bernardo, seu filho recém-nascido. - Tive uma oportunidade de acreditar na jogada e fui feliz de fazer o gol. Quero dedicar ao meu filho, que nasceu na sexta-feira. Então, acho que a felicidade é triplicada - disse Derley, logo após a partida. Para o zagueiro do Botafogo Fábio Ferreira, a falha no terceiro gol do Náutico não foi só de Vitor Júnior, mas também do goleiro Milton Raphael: - Foi uma bola que não foi tão forte. O goleiro também não sabia se saía ou não. saiba mais - Confira a tabela do Brasileirão
- Tempo Real: o jogo lance a lance
O Náutico chegou aos quatro pontos ganhos e está em 13º lugar no Brasileirão. O Botafogo, que sofreu sua segunda derrota seguida, após duas vitórias nas duas primeiras rodadas, fica com seis, na sexta posição. Na quinta rodada, a equipe alvirrubra receberá o Grêmio, nos Aflitos, no próximo domingo. O Botafogo joga no sábado, contra o outro gaúcho, o Inter, no Beira-Rio. Diante de 12.354 pessoas (7.008 pagantes, que proporcionaram uma renda de R$ 210.000) nos Alfitos, os dois times entraram em campo com posturas ofensivas. E a primeira grande chance de gol surgiu aos seis minutos, num contra-ataque que começou num soco que o goleiro Milton Raphael deu para cortar o perigo da área do Botafogo. Andrezinho dominou, avançou e lançou Herrera, que penetrou na área livre e tentou encobrir Felipe. Mas o arqueiro do Náutico foi mais esperto e defendeu.
A resposta do time da casa veio imediatamente em forte chute de Elicarlos e em seguida, aos oito, quando Souza driblou Milton Raphael e cruzou para Araújo. Mas o atacante não conseguiu cabecear com liberdade para o gol, e a bola ficou com o goleiro alvinegro. Araújo bate no peito na comemoração do primeiro gol do Náutico (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
No entanto, na segunda chance que teve para marcar, Araújo não vacilou. Após tabelar com Souza, o atacante driblou um zagueiro e tocou no canto esquerdo de Milton Raphael para abrir o marcador, aos 16. A desvantagem fez o Botafogo agravar os seus erros de passes no meio de campo e a insegurança na saída de bola, especialmente de seu goleiro, quando precisava usar os pés. Mesmo assim o time carioca teve uma boa oportunidade, em cabeçada de Fábio Ferreira, qe Felipe defendeu, aos 26. Porém, o Timbu não deixava de dar resposta, e dois minutos depois Elicarlos acertou bonito chute de fora da área que passou rente à trave direita de Milton Raphael. O Alvinegro voltou a criar uma boa jogada aos 30: Vitor Júnior passou por dois adversários na esquerda, entrou na área e tentou Herrera, mas a bola cruzou a pequena área. Mas o melhor time em campo era mesmo o da casa, que chegou ao segundo gol, dois minutos depois: Auremir deu a Rhayner na direita, e já de dentro da área cruzou rasteiro. Araújo não alcançou, mas Lúcio, sim, colocando a bola no meio do gol: 2 a 0. O Botafogo se lançou à frente e a jogada aérea era a sua melhor opção. Aos 38, Maicosuel cruzou da esquerda para Brinner, livre no lado oposto, na pequena área, obrigando Felipe a fazer difícil intervenção com os pés. Muitas emoções na etapa final
Diante da má atuação de seu time no primeiro tempo, Oswaldo de Oliveira teria de fazer alguma coisa. E ele tirou o inoperante Andrezinho para colocar Elkeson. Logo aos dois minutos o Botafogo diminuiu em lance de lateral para lateral: Lucas cruzou da direita, e Márcio Azevedo entrou como um raio do outro lado para completar à esquerda de Felipe. O Alvinegro começou a pressionar a saída de bola do adversário e, numa roubada, a bola foi a Elkeson, que tentou driblar Márcio Rosário na meia-lua. O zagueiro derrubou o atacante, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso pelo árbitro Heber Roberto Lopes. Com isso, o técnico Alexandre Gallo teve de recompor sua zaga e pôs César Marques, ex-Cesinha, no lugar do meia Souza. A configuração do jogo mudou, com o Náutico mais preocupado em deter os ataques do adversário e surpreendê-lo nos contra-ataques. E estava tudo modificado mesmo: aos 14, Elkeson cobrou falta da direita, César Marques cabeceou para a sua rede e deu o empate ao Botafogo - o quarto árbitro deu o gol para Fábio Ferreira. Felipe, do Náutico, defende e impede que a bola vá a Renato (8) (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
O Alvinegro seguiu pressionando em busca da virada e teve duas boas chances. Aos 16, num chute de Renato de fora da área e, aos 18, em toque de Maicosuel de dentro da área, mas em ambas Felipe salvou. Com o passar do tempo, o visitante diminuiu seu ímpeto, e o anfitrião resolveu se arriscar um pouco. Aos 26, Oswaldo mostrou que queria encurralar o Náutico em seu campo, tirando o volante Jadson e colocando o meia-atacante Cidinho. Por seu lado, Gallo ia tirar o lateral-esquerdo Lúcio para lançar o atacante Siloé, mas Rhayner, que fazia boa partida, sentiu uma lesão e acabou sendo ele o substituído. A situação voltou a ficar melhor para o Náutico aos 32, quando Márcio Azevedo deu um pontapé em Araújo e recebeu o cartão vermelho. Isso fez Vitor Júnior ir para a lateral esquerda. E foi num erro do camisa 11, que recuou mal a bola para Milton Raphael, que o Náutico garantiu sua vitória, aos 37. Derley se aproveitou, driblou o goleiro alvinegro e tocou para o gol vazio: 3 a 2. Na base do desespero, o Botafogo tentou empatar novamente, mas esbarrou em seu nervosismo e na defesa adversária.FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/brasileirao2012/10-06-2012/nautico-botafogo.html
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