A primeira impressão era de uma vitória fácil em São Januário, graças a  uma escalação ofensiva, um início arrasador e um gol logo aos dois  minutos. Mas o Vasco, que abriu 2 a 0 aos 13 do segundo tempo, atuou em  ritmo lento e apresentou falhas defensivas na sua estreia na Taça Rio.  Foi punido com o empate por 2 a 2 com o Bonsucesso, no seu primeiro  tropeço diante de uma equipe pequena neste Campeonato Carioca.
   Após a derrota para o Fluminense na final da Taça Guanabara, Cristóvão  Borges fez algumas mexidas no time que iniciou a partida nesta  quarta-feira, com Juninho e Diego Souza sendo substituídos por Felipe e  Tenorio. O camisa 6 marcou o segundo gol vascaíno, mas pouco participou  das jogadas de ataque. O equatoriano mostrou apenas muita disposição.  Alecsandro abriu o placar, marcando pela nona vez neste campeonato.  Diogo e Marco Goiano deixaram o placar em igualdade. 
  saiba mais -    Veja como foi a partida em Tempo Real
 -    A classificação e os jogos da Taça Rio
 
 O Vasco volta a campo no próximo sábado para enfrentar o Olaria, em  Moça Bonita, e a tendência é que os reservas sejam escalados. O  planejamento é trabalhar os titulares para o jogo contra o Alianza Lima,  na próxima terça-feira, pela Libertadores. Já o Bonsucesso joga contra o  Bangu no domingo em Edson Passos.   
Vasco marca cedo, mas erra muitos passes   Com uma escalação ofensiva, o Vasco não demorou a mostrar o resultado.  Logo aos dois minutos, Fagner recebeu passe de Fellipe Bastos na linha  de fundo e cruzou para Alecsandro. Em posição de impedimento, o atacante  concluiu sem dificuldade, abrindo o placar. Foi o seu nono gol em dez  partidas no Campeonato Carioca.
   Num time com três atacantes, o camisa 9 se manteve mais próximo à área  adversária, como nos jogos anteriores. Tenorio recuava para participar  das jogadas de meio-campo, pelo centro ou por uma das pontas, enquanto  na outra se posicionava Wiliam Barbio. 
  
Saulo sai do gol e fica com a bola em disputa com Rodolfo (Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo) 
Parecia que a goleada seria questão de tempo. Mas o que se viu foi um  Vasco perdido nos muitos erros de passe. Assim, poucas vezes conseguiu  chegar ao ataque em boas condições de concluir. A defesa, que não teve  Dedé (com a Seleção Brasileira), apresentou insegurança, sobretudo com  Rodolfo. No ataque, Tenorio se movimentava muito, mas sem conseguir  apresentar opções aos jogadores do meio-campo. Barbio levava perigo com  sua velocidade pelos lados do campo, mas o restante da equipe não  acompanhava o ritmo.
   Sem articulação, o Vasco aos poucos passou a ceder espaços ao  Bonsucesso, que se aproveitou principalmente da insegurança da defesa  para chegar mais perto do gol de Fernando Prass. Ao time da casa restou  apostar nos contra-ataques e, mesmo assim, não conseguiu levar perigo ao  adversário.   
Barbio, a exceção   O Vasco voltou para o segundo tempo com mudanças. A começar pelo  uniforme: a camisa preta foi trocada pela branca. Além disso, saíram  Fellipe Bastos e Tenorio, que foram substituídos por Nilton e Juninho  Pernambucano. O objetivo foi dar maior consistência ao meio-campo e  fazer a bola chegar ao ataque com mais qualidade.
   O que se viu, entretanto, foi um Vasco em ritmo lento - à exceção de  Wiliam Barbio. Quando decidiu aumentar a velocidade, principalmente nos  passes, o time teve bons resultados. Com Nilton mais preso à defesa, a  dupla experiente teve maior liberdade para criar. Aos 13 minutos,  Juninho tabelou com Felipe pelo lado esquerdo e cruzou rasteiro. O  camisa 6 recebeu e tocou com categoria para fazer 2 a 0.
   A vantagem poderia dar tranquilidade, mas aos 18 minutos o Bonsucesso  marcou seu gol contando com uma falha coletiva da defesa vascaína. Diogo  cobrou falta cruzada pela direita, a bola passou por toda a área sem  que ninguém desviasse e entrou no canto direito de Fernando Prass.
   O que já parecia complicado ficou ainda pior. Com extrema liberdade  para trocar passes e espaço para encaixar os contra-ataques, o  Bonsucesso usou as duas facilidades para chegar ao empate, aos 25  minutos, com Marco Goiano. A desorganização do Vasco ainda permitia que o  adversário continuasse a levar perigo e chegar perto da virada.
   Apesar do esforço, ficou claro que o Vasco não tinha poder de reação.  Trocava passes sem objetividade e não conseguia furar o bloqueio montado  pelo Bonsucesso à frente de sua área, mesmo depois da expulsão de  Jefferson aos 41 minutos. Dessa forma, terminou a partida com um empate  que fez o Campeonato Carioca ainda ter gosto amargo.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/carioca-2012/29-02-2012/vasco-bonsucesso.html