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 Ronaldinho precisou de 12 jogos para fazer um gol em clássico carioca.  Neste domingo, enfim, desencantou em cobrança de pênalti. O camisa 10,  no entanto, recebeu o seu primeiro cartão vermelho em um duelo regional –  aos 39 da etapa inicial. Porém, mesmo com a oscilação do astro, o  Flamengo resistiu à pressão do time misto do Fluminense e venceu por 2 a  0. Kleberson, que não atuava pelo Rubro-Negro desde novembro de 2010,  fez o outro gol do clássico.
   No centenário do Fla-Flu, o duelo deste domingo, o primeiro do ano,  apresentou times desfigurados no Engenhão (pouco mais de 14.753  presentes), mas teve um grande personagem. O goleiro Paulo Victor  brilhou e impediu a reação do Tricolor com mais de uma dezena de defesas  arrojadas.
   Após três rodadas na Taça Rio, o Flamengo pula para os seis pontos no  Grupo A e está na quarta posição. O Macaé lidera com nove, e o Botafogo  tem sete. Por sua vez, mesmo com apenas três pontos, o Fluminense está  em terceiro na chave B – o Vasco lidera.
   Neste meio de semana, os rivais se dedicam à Libertadores. O Fluminense  recebe o venezuelano Zamora na quarta e no dia seguinte o Flamengo joga  contra o paraguaio Olimpia. Os dois jogos serão no Engenhão.
Ronaldinho para o bem e para o mal Sem jogar pelo Flamengo desde 20 de novembro de 2010, Kleberson foi a  novidade na escalação inicial de Joel Santana. O treinador também deu a  primeira chance a Thomás e poupou o lateral-esquerdo Junior César –  Magal o substituiu. O técnico tinha nove desfalques: Felipe, Léo Moura,  Welinton, Airton, Maldonado, Willians, Camacho, Bottinelli e Renato.
 Poupando as estrelas Deco, Thiago Neves e Fred - além do jovem  Wellington Nem - Abel apostou num meio-campo com três volantes -  Valencia, Diguinho e Jean - e escolheu Wagner para ser o elo com a dupla  de ataque Rafael Moura e Rafael Sobis.
   O mistão tricolor começou melhor. Antes dos quatro minutos, o time  incomodou Paulo Victor duas vezes. A principal em um chute de Souza  dentro da grande área que o goleiro defendeu sem dar rebote. Começou ali  o show solo do substituto de Felipe. 
  
Jogadores do Flamengo comemoram o gol de Ronaldinho (Foto: Ivo Gonzalez / O Globo) 
Os erros de passe do Flamengo se multiplicavam e impediam que a bola  chegasse a Vagner Love. Até que Ronaldinho recuou e no primeiro bom  passe encontrou Galhardo na área. Carleto deu o carrinho lateral,  acertou a bola e o jogador adversário. O árbitro Eduardo Cordeiro  assinalou pênalti. Ronaldinho, aos 20, cobrou rasteiro no canto direito e  abriu o placar. Na comemoração, trenzinho com as mãos para o alto em  direção à torcida rubro-negra e nenhuma represália às vaias que recebeu  no jogo de quinta-feira contra o Emelec.
   O Fluminense se desestruturou com o gol e tomou o segundo, aos 24.  Magal cruzou da esquerda, Anderson cortou mal de cabeça, Kleberson  dominou e chutou cruzado no lado direito de Diego Cavalieri.
   - Fico feliz por isso. É fruto da confiança da comissão, da diretoria e  da minha família – disse Kleberson, que correu para a torcida e vibrou  freneticamente após o gol.   
Paulo Victor segura o Fluminense Em desvantagem, o Tricolor arriscou chutes de longe, mas com  características que atrapalhavam: fracos ou sem direção. Aos 37, Souza  quebrou a regra e obrigou Paulo Victor a saltar e espalmar a bola no  ângulo esquerdo.
   A tranquilidade do Flamengo terminou com a expulsão de Ronaldinho. O  camisa 10 tinha cartão amarelo e pisou no tornozelo de Wagner, aos 39  minutos. Ele saiu dizendo que o árbitro “estava de sacanagem” e recebeu  xingamentos dos torcedores tricolores.
   A pressão tricolor aumentou, e Paulo Victor se destacou. Ele fez linda  defesa aos 45. Souza entrou na área, bateu no canto direito e o goleiro  se esticou para espalmar.   
Flu pressiona em vão O Flamengo voltou encolhido para o segundo tempo. A primeira chance do  Flu aconteceu aos cinco minutos. Samuel, que entrou no lugar de Rafael  Sobis, finalizou com a sola do pé na pequena área e Paulo Victor  mergulhou para, de novo, salvar
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   A pressão do Fluminense continuou, mas a zaga rival, comandada pelo  chileno Marcos González, respondeu bem. O relógio correu e poucas  chances foram criadas. O Flamengo tentou contragolpes com Diego Maurício  e Love, que ficaram isolados no ataque. Por duas vezes, erros no último  passe impediram o terceiro gol.
   O Tricolor recorreu a finalizações de longe e bolas cruzadas na área,  mas todos com o mesmo destino: as mãos de Paulo Victor. O goleiro, que  parou chutes perigosos de Leandro Euzébio e Lanzini no fim da partida,   foi ovacionado pela torcida rubro-negra e elogiado pelos jogadores  rivais.
FONTE:
 http://globoesporte.globo.com/jogo/carioca-2012/11-03-2012/flamengo-fluminense.html