Esporte
Após quarta derrota seguida, Inter demite o técnico Dunga
 
 
Direção comunicou saída ainda no Rio de Janeiro. Em nota, treinador pede desculpas e reafirma sua paixão pelo clube
                                                                                    Por Maurício Saraiva                                                                                      Porto Alegre                                                     
                                           
 
                                   
Dunga permaneceu 10 meses no comando
 do Inter (Foto: Levi Bianco/Agência Estado)  
 Terminou a Era Dunga no Inter. O técnico foi demitido nesta sexta-feira  após derrota para o Vasco, em Macaé, pela 25ª rodada do Brasileirão. O  ex-jogador e ídolo do clube não resistiu ao quarto revés seguido na  competição. A decisão foi comunicada ao treinador ainda no Rio de  Janeiro. A direção, agora, busca um novo nome para o cargo.
 Abel Braga é um dos principais cotados para substituir Dunga. Enquanto o acerto não ocorre, Clemer será o interino.  O ex-goleiro campeão do mundo em 2006 e atual treinador do sub-20  começa a comandar o time no domingo, diante do Fluminense, no  Centenário, pela 26ª rodada do Brasileirão.
 Junto com Dunga, deixam o Inter o preparador físico Paulo Paixão, o  auxiliar técnico Andrey Lopes, o preparador de goleiros Rogério Maia e o  auxiliar da preparação física Mauro Cruz. Dunga deixa a equipe com 25 vitórias, 18 empates e nove derrotas, com  um aproveitamento de 59,61% em 52 jogos oficiais. Para fator  comparativo, Fernandão, antecessor de Dunga, completou apenas 26 jogos,  deixando o clube com 44,87%, com nove vitórias, empatando oito jogos e  perdendo outras nove. Se contar apenas o Brasileirão, o desempenho dos  dois é semelhante. A competição foi a única em que Fernandão esteve à  frente do Colorado. E, nela, Dunga obteve 45,3%.
 Dunga não falou com a imprensa, mas, por meio de seu site oficial, pediu desculpas aos torcedores e reafirmou sua paixão pelo clube.
 - Deixo a Comissão Técnica, mas continuo torcedor do nosso “Colorado”  de muitas glórias, pois paixão e amor são sentimentos enraizados no meu  coração e que não foram afetados pelo eventual insucesso no exercício da  minha atual atividade profissional - diz, em um trecho da nota. ENQUETE: colorado, qual técnico você prefere? Vote clicando aqui Dos treinadores da gestão do presidente Giovanni Luigi, iniciada em  2011, Dorival Júnior permanece como o melhor. Ele foi demitido do Inter  com um rendimento de 61,9%. Em 63 partidas, teve 33 vitórias, 18 empates  e 12 derrotas. Falcão só comandou o Colorado em 19 partidas, vencendo  oito jogos, empatando cinco e perdendo seis, o que dá um rendimento de  50,87%. Celso Roth, que começou com o presidente Vitório Piffero,  apresentou um aproveitamento de 58,16% (em 51 jogos, foram 25 vitórias,  14 empates e 12 derrotas).
Um técnico sem casa Nas entrevistas coletivas, Dunga ressaltava repetidamete um problema na  temporada: o fato de prescindir do Beira-Rio, comprometido com as obras  para a Copa do Mundo de 2014. A frase clássica do técnico era: "o Inter  é o único time do Brasil que sempre joga fora de casa". A direção,  primeiramente, acertou com o Caxias para atuar no Centenário. A longa  distância da Serra para a capital, no entanto, fez o clube promover nova  sede provisória, no Vale, em Novo Hamburgo. Aí começaram os problemas. Contando apenas o Brasileiro, foi notória a  queda de rendimento na comparação com as duas casas. No estádio  Centenário, o Inter disputou quatro partidas e somou nove pontos, com  três vitórias e uma derrota: 75% de aproveitamento. Em Novo Hamburgo,  sete jogos, com apenas uma vitória, quatro empates e duas derroas -  aproveitamento baixo, de 33%. Primeiros meses de puro sucesso
 Dunga começou a temporada com uma série de vitórias. Aproveitou o fato  de o rival Grêmio priorizar a Libertadores e venceu todos os Gre-Nais  disputados no Gauchão, com relativa tranquilidade. Tornou-se campeão  gaúcho vencendo os dois turnos, dispensando uma decisão. Durante a  caminhada, chegou a colecionar 12 partidas invictas, incluindo também a  primeira fase da Copa do Brasil - perdeu a sequência para o Veranópolis,  no início de abril. Sem Libertadores, o Brasileirão surgia como grande ambição da  temporada, uma taça que não é conquistada desde 1979. O início no  Nacional foi claudicante. Melhorou após a pausa da Copa das  Confederações. Vieram quatro vitórias seguidas, interrompidas com o  surpreendente 3 a 0 aplicado pelo lanterna Náutico. A partir daí, o  Colorado, que só alcançara o G-4 em duas das 25 rodadas, jamais foi o  mesmo.
Sem convicção no time No segundo turno do Brasileirão, a distância para o G-4 se alargou - de  um para cinco pontos. Além de não ter a força do Beira-Rio, o Inter de  Dunga sofreu com a D'Aledependência. Ou seja, jamais venceu sem o  argentino - caso de domingo, contra o Cruzeiro. Além disso, em seus nove  meses, o técnico demonstrou ter perdido a convicção nos seus 11  jogadores ideais. No Brasileirão, só conseguiu colocar a mesma formação  consecutivamente contra Corinthians (vitória por 1 a 0) e Ponte Preta (3  a 1). Pela Copa do Brasil, embora os períodos sejam mais espaçados,  nunca conseguiu manter a escalação. Os motivos foram os mais diversos: lesões, suspensões, convocações,  preservações dos departamentos médico ou físico. E também opções  técnicas. Na frente da zaga, por exemplo, indefinição total para a dupla  de volantes. O mesmo vale para o ataque. Otávio havia conquistado  espaço, mas perdeu lugar para Caio numa partida e, na outra, Otávio já  estaria de volta, inclusive marcando gol. Scocco, mesmo sem Diego Forlán  estar à disposição, virou alternativa no banco. E Kleber e Fabrício se  revezavam, discretos, na lateral esquerda. Respaldo até o fim
 O perfil agregador, conhecido desde os tempos em que ainda era jogador,  permaneceu à beira do gramado. O vestiário foi talvez seu grande mérito  no Inter. Se em 2012 os problemas de comportamento no grupo eram  rotina, nesta temporada não se viram notícias sobre qualquer questão  interna. Dunga soube blindar. E os jogadores seguiram respaldando o  treinador até o fim, defendendo o chefe a assumindo a responsabilidade. Nos bastidores, já se vê movimentação no sentido sucessório. Tite,  atual técnico do Corinthians, foi procurado há duas semanas por  emissários colorados, mas não aceitou nem conversar pelo vínculo com o  clube paulista. O treinador, quando passou pelo Beira-Rio, conquistou a  Sul-Americana em 2008, mas teve um problema de relacionamento com  D’Alessandro, hoje a figura de maior destaque técnico e grande liderança  do elenco. Luigi estava no departamento de futebol e sempre teve uma  boa ligação com Tite. Desempregados, Abel Braga, ex-Fluminense, e Mano Menezes, ex-Flamengo,  se tornaram as principais opções. O primeiro tem como vantagem a  identificação com o clube em que foi campeão da Libertadores e do mundo  em 2006. Por outro lado, há uma vertente dentro do clube que preferiria  apostar em um 'fator novo'. Nesse caso, Mano ganharia forças. Também  campeão continental, mas em 2010, Celso Roth corre por fora. saiba mais  -    Após queda, Dunga pede desculpa aos torcedores: 'Continuo colorado'
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FONTE:http://globoesporte.globo.com/futebol/times/internacional/noticia/2013/10/apos-quarta-derrota-seguida-inter-demite-o-tecnico-dunga.html
  
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