Esporte
Após Falcão e Fernandão, era Luigi reforça sina e 'queima' mais um ídolo
 
 
Dunga é demitido e, mesmo sem declarações em tom crítico à gestão, deixa clube com sua imagem desgastada devido aos maus resultados
                                                                                    Por GLOBOESPORTE.COM                                                                                      Porto Alegre                                                     
                                           
 
                                   Uma Recopa, três Gauchões e um estádio remodelado. Iniciada em 2011, a  gestão do presidente Giovanni Luigi tem suas marcas positivas inegáveis,  mas também carrega uma sina que respinga na história do próprio clube. A  demissão de Dunga na tarde desta sexta-feira é a terceira saída abrupta de um antigo ídolo colorado em pouco mais de  dois anos. Antes, Falcão e Fernandão se despediram extremamente  desgastados do cargo de treinador da equipe, com discursos de mágoa em  relação à direção. 
Dunga sofre do mesmo mal de Falcão e Fernandão (Foto: Tomás Hammes / GLOBOESPORTE.COM)  
 Além dos já citados, Luigi contratou outros dois técnicos, Celso Roth e  Dorival – Osmar Loss também atuou como interino. E apenas nas saídas  dos antigos ídolos é que se notou um tom traumático. Primeiro, foi com  Paulo Roberto Falcão, ex-meio-campo da Seleção, tricampeão invicto com o  Colorado em 1979. O Rei de Roma já havia treinado o Inter, em passagem  discreta em 1993, e estava há quase 20 anos fora do mercado quando, em  2011, resolveu assumir a equipe após a demissã de Roth em meio à  Libertadores.
Falcão detona presidente no adeus 
Falcão chora na despedida do Colorado
 (Foto: Alexandre Alliatti/Globoesporte.com)  
 Mas Falcão durou pouco tempo. Apenas 99 dias ou 19 jogos. Venceu o  Gauchão na casa do maior rival em decisão emocionante nos pênaltis. Mas a  queda prematura na Libertadores, nas quartas de final, diante do  Peñarol, e a trajetória vacilante no Brasileiro precipitaram a demissão.  Em sua entrevista coletiva de despedida, choro e críticas abertas a  Luigi. – O presidente tem uma maneira de trabalhar que não é a minha maneira.  Você acha que o presidente me queria treinador do Internacional? E você?  E você? Se ele não me queria, a relação nasce ruim. Não tenho o hábito  de dar a escalação antes do jogo. Dou para os jogadores. O treinador não  pode discutir escalação. Se o resultado não acontece, tem de ser  cobrado. Discutir escalação não pode. Ou confia no profissional ou  troca.
Fernandão teria fugido de complô 
Fernandão chora na despedida do Internacional
 (Foto: Wesley Santos / PressDigital)  
 Fernandão também chorou ao cair antes do fim do Brasileirão passado.  Capitão do título mundial de 2006 e autor do gol mil dos Gre-Nais, o  ex-centroavante era o diretor executivo do clube e assumiu o comando  técnico após demitir Dorival Júnior. Também durou pouco tempo:  permaneceu no cargo por 122 dias. E teria saído pelo temor da direção em  haver um complô dos jogadores contra o treinador no Gre-Nal. – Uma coisa que aprendi (após a reunião decisiva com a direção): você  não pode falar a verdade no futebol. Não vou mentir, mas vou omitir. Me  guardo o direito de ficar calado. Os motivos (da demissão), se são  verdadeiros (que o grupo não o apoiaria no Gre-Nal), eu não posso falar  nada. Só tenho que agradecer à torcida. Entre os ídolos, Dunga sai com números melhores. Também teve mais  jogos, 52 oficiais. Nestes, 25 vitórias, 18 empates e nove derrotas, um  aproveitamento de 58%. Falcão deixou o clube com 50,87% de  aproveitamento: 19 partidas, oito vitórias, cinco empates e seis  derrotas. E Fernandão obteve 44,87% no seu desempenho em 26 jogos: nove  vitórias, oito empates e nove derrotas.
 Além da melhor campanha, Dunga foi o que adotou discurso mais ameno. Em nota oficial, usou tom político e, em vez de críticas, reafirmou seu lado torcedor do clube. – Peço desculpas a todos por qualquer falta e, neste sentido, saibam  que, para e em mim, não há rancores, somente a frustação de não ter  proporcionado melhores resultados e conquistas ao Sport Club  Internacional – disse o ex-técnico do Inter.
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FONTE:http://globoesporte.globo.com/futebol/times/internacional/noticia/2013/10/apos-falcao-e-fernandao-era-luigi-reforca-sina-e-queima-mais-um-idolo.html
  
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