Teixeira pediu presente para votar na Inglaterra-2018, acusa cartola

Lorde Triesman, ex-presidente da Federação Inglesa de Futebol (FA) e do Comitê de Candidatura da Inglaterra para sediar a Copa de 2018, participou, nesta terça-feira, de uma sessão especial no Parlamento britânico sobre a candidatura inglesa para sediar a Copa de 2018 e acusou diversos membros do Comitê Executivo da Fifa, entre eles o presidente da CBF Ricardo Teixeira, de terem tido um comportamento "impróprio e não ético", afirmando que alguns dirigente pediram dinheiro e presentes para votar na candidatura inglesa.

Segundo o Lorde, o vice-presidente da Fifa e presidente da Concacaf Jack Warner pediu cerca de R$ 6,6 milhões para costruir um centro educacional em Trinidad e Tobago e afirmou que seria responsável por receber a quantia pessoalmente. Warner também teria pedido mais R$ 1,3 milhão para comprar os direitos de transmissão da Copa para o Haiti, após o país ser atingido por um terremoto e não ter verba para garantir a transmissão da competição por conta própria.

MAIS: CBF irá processar autor de denúncias contra Teixeira

O presidente da Conmebol Nicolás Leoz teria pedido um título de Cavalheiro, enquanto Ricardo Teixeira teria se disponibilizado a aceitar algo em troca de seu voto.

- Me diga o que você tem para mim - teria dito o presidente da CBF.

As acusações de Triesman não param por aí. Worawi Makudi, representante da Tailândia na Fifa, requisitou os direitos de trnasmissão para um amistoso entre as seleções de Inglaterra e Tailândia, segundo Triesman.

Em declarações ao canal de TV Sky Sports News, Jack Warner classificou as acusações feitas sobre ele como "sem sentido".

- Nuna pedi a Triesman ou qualquer outra pessoa, inglês ou não, dinheiro por meu voto. Durante a campanha inglesa para sediar a Copa, antes de Triesman pular fora sem cerimônia, falei com ele em três ocasiões, enquanto falei com colegas seus em outras ocasiões, e nenhum de seus colegas irá corroborar com essas trivialidades - declarou Warner.

Damian Collins, representante do Partida Conservador no Parlamento inglês, disse que o jornal britânico "Sunday Times" publicou provas de que o vice-presidente da Fifa Issa Hayatou, de Camarões, e Jacques Anouma, da Costa do Marfim, receberam cerca de R$ 2,4 milhões para votar no Qatar como sede do Mundial de 2022.

Ano passado, após acusações de corrupção publicadas pelo "Sunday Times", dois membros do Comitê Executivo da Fifa foram suspensos e não participaram da votação que escolheu a Rússia cmoo sede da Copa 2018 e o Qatar como palco do Mundial de 2022.

O Comitê de Candidatura do Qatar teria um membro cuja função era, basicamente, formar acordos com membros africanos do Comitê Executivo da Fifa em troca de seus votos.

Triesman declarou ainda que não divulgou essas informações antes temendo que pudessem prejudicar a candidatura inglesa.

O presidente da Fifa Joseph Blatter disse à Sky Sports News que irá investigar as acusações.

- Se isso for verdade, iremos combater. Estou lutando pela Fifa, para limpar a fifa. Não posso responder por membros individuais do nosso comitê. Não posso dizer se são todos anjos ou se são todos demônios - declarou Blatter.

FONTE:
http://www.lancenet.com.br/selecao/Novas-acusacoes-corrupcao-eleicoes-Fifa_0_478152269.html