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rótulo de "Neymar da seleção" - "Colonizador", técnico Jordi Ribera mira
legado pós-2016 na seleção brasileria - Catar é uma incógnita para o Brasil na estreia
Brigar pelo título não está no discurso. Chegar ao pódio ainda é um sonho. Mas é possível dizer que a seleção brasileira que estreia no Mundial de handebol masculino, em Doha, no Catar, nesta quinta-feira, tem objetivos muito claros e desafios gigantes. O primeiro rival, às 15h30 (de Brasília), no Lusail Hall, será justamente o Catar, seleção dona da casa, recheada de jogadores naturalizados. Dentro de quadra, o desejo brasileiro é superar a campanha de 2013, conseguida na Espanha, quando o Brasil caiu nas oitavas de final para a Rússia por apenas um gol.
Além disso, jogadores e comissão técnica querem provar para eles mesmos que é possível buscar degraus maiores, saindo da sombra da seleção feminina, que desde 2011 acumula bons resultados internacionais e em 2013 conquistou pela primeira vez o título mundial, jogando pressão para cima do time masculino. O SporTV transmite ao vivo a estreia do Brasil, o GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real direto do Lusail Hall, que tem capacidade para 15.300 torcedores, e o assinante do Canal Campeão também pode acompanhar pelo SporTV Play.
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Vinícius chega ao seu terceiro mundial pela
seleção brasileira (Foto: Wander
Roberto/Photo&Grafia)
- Mudou muita coisa no nosso handebol. Crescemos muito no total no Brasil, e o masculino também. Tivemos nossa melhor classificação no Mundial passado (em 2013, na Espanha) e queremos uma classificação melhor para o Brasil. Antigamente íamos para um Mundial e não tinha mídia. Agora tem mídia aqui. O título feminino trouxe visibilidade para a nossa modalidade. Traz coisas boas, mas a pressão aumenta. Todo mundo que conversa, no Facebook, nas redes sociais, e perguntam sobre o título, se é possível como o time feminino fez.
A gente tenta explicar, fala que o caminho é longo, mas não tem nada impossível. Elas demoraram muito para passar das quartas de final, e quando passaram, tudo aconteceu de uma vez só. Então, brincamos entre nós que se chegarmos nas quartas de final, tudo é imprevisível e possível, por que não - explica o capitão Zeba.
Zeba é o capitão da seleção brasileira de handebol (Foto: Wander Roberto/Photo&Grafia)
- Sabemos que vai ser um jogo difícil, eles vão jogar em casa, ao lado da torcida e será a estreia. Mas também sabemos de todo o trabalho que fizemos, de como nos preparamos e do objetivo que traçamos para esse Mundial. Sabemos tudo que temos que fazer, estamos preparados, e vamos em busca de uma vitória na estreia - garante o pivô Vinícius.
Do outro lado da quadra a seleção brasileira vai encarar uma equipe até certo ponto desconhecida. O Catar foi campeão asiático pela primeira vez no ano passado e investiu muito para a formação de um elenco que pudesse brigar por algo maior dentro de casa. O técnico é Valero Rivera, campeão com a Espanha em 2013. Em quadra, a grande maioria é de jogadores naturalizados, seduzidos pelos petrodólares. Os principais são o goleiro de Montenegro Goran Stojanovic, o pivô espanhol Borja Hernandez, de 2,04m, e o armador francês Bertrand Roiné.
Catar foi campeão asiático em 2014, primeiro título de expressão da equipe (Foto: Divulgação)
Para o técnico do Brasil, Jordi Ribera, seu time e a seleção do Catar têm objetivos parecidos neste Mundial, o que torna o jogo ainda mais complicado.
- Nosso time e o do Catar têm objetivos parecidos no Mundial, que é buscar uma posição melhor dentro do cenário do handebol mundial. E isso então torna o jogo ainda mais complicado para a gente. Trabalhamos bem e estamos preparados para o Mundial - frisou Jordi.