Aquele 23 de agosto de 2008, no Ginásio Capital de Pequim, ainda está fresco na memória. Diante de 12 mil torcedores, os 3 a 1 sobre os Estados Unidos serviram de guindaste para o vôlei feminino brasileiro. Com a medalha de ouro pendurada no pescoço, o nível era outro. Quase quatro anos depois, o reencontro em solo olímpico se deu em um cenário bem diferente nesta segunda-feira. Em jogo válido pela segunda rodada do grupo B, as americanas não tomaram conhecimento das atuais campeãs olímpicas. Com direito ao astro da NBA Kobe Bryant torcendo na plateia, elas cochilaram no terceiro set, mas bateram o Brasil por 3 a 1 (25/18, 25/17, 22/25 e 25/21) e mostraram quem são as favoritas para levar o ouro desta vez.
Com Destinee Hooker e Jordan Larson soltando o braço no ataque, os EUA atravessaram os dois primeiros sets com tranquilidade. Sofreram um bocado n terceiro, quando o Brasil finalmente se encontrou, mas retomaram o controle em no quarto para fechar sem sustos.
- Não gostei da atitude no primeiro e segundo sets. Estávamos muito passivos em relação aos Estados Unidos, com uma quantidade de erros muito grande. No terceiro e no quarto, a gente já viu outro comportamento. Mas a Hooker fez a diferença, e a gente não conseguiu defender. É o melhor time do mundo, eu falo isso há dois anos, não escondo de ninguém - afirmou o técnico José Roberto Guimarães após a partida.
O Brasil volta à quadra na quinta, às 18h (de Brasília), para encarar as sul-coreanas. O SporTV transmite ao vivo, e o GLOBOESPORTE.COM acompanha tudo em Tempo Real. As americanas pegam a China antes do jogo do Brasil, às 16h.
A torcida na Arena de Vôlei de Londres estava dividida, com muitas bandeiras dos dois países, e gritaria à vontade para os dois lados. Com atraso de meia hora, o jogo já começou com um rali. E numa linda largadinha de Sheilla, o Brasil saiu na frente. O segundo ponto verde-amarelo também veio numa largada, de Fernandinha, mas o equilíbrio logo deu as caras. As brasileiras viram as rivais abrirem 6/4, mas viraram para 8/7 na primeira parada técnica.
Na volta, o placar foi a 9/7, mas a força verde-amarela se esgotou aí. As americanas passaram a controlar o jogo e, sem encontrar resistência no bloqueio, esticaram o conforto na primeira parcial. Com um ataque de Larson pela ponta, fim de papo: 25/18.
Kobe relaxado
No intervalo para o segundo set, o telão do ginásio mostrou Kobe Bryant, astro da seleção americana de basquete, que foi à arena ver as compatriotas do vôlei e sentou-se no meio da torcida. A expressão tranquila do astro da NBA era a tônica de um jogo tranquilo para o seu país.
Com a bola no ar de novo, o panorama se manteve. Os EUA foram para a parada técnica com 8/5 na manga, e daí em diante o abismo só aumentou. O Brasil não conseguia se encontrar, e o placar logo pulou para 16/7. Quando as americanas chegaram a 20, as brasileiras só tinham metade disso. Larson e Hooker continuavam castigando a defesa verde-amarela, e não foi difícil chegar aos 25/17 com mais uma ataque de Hooker.
O primeiro bloqueio do Brasil no jogo veio no início do terceiro set, com Sheilla. Quando a equipe fez 5/3, num ataque de Paula, a atacante sentiu dores no pé direito após. Agachou-se, mancou um pouco, mas foi para o saque. Caprichou, a recepção americana foi ruim, e o ataque para fora deu a até então inédita vantagem de três pontos para as meninas de Zé Roberto: 6/3, que se transformaram em 8/3 na parada técnica.
Adenízia chamou a torcida, que respondeu gritando nas arquibancadas. Na quadra, os EUA apertaram, mas o Brasil segurava bravamente os dois pontos de vantagem. Durou pouco. Com o bloqueio forte, as americanas viraram ainda antes da segunda parada: 16/15. Desta vez, no entanto, o time de amarelo manteve a cabeça no lugar. Com um belo bloqueio de Fabiana, a vantagem chegou a 23/21. Paula ainda pisou na linha no saque e entregou um ponto de graça, mas a vitória no set veio com Thaisa, numa bola dividida na rede: 25/22.
O quarto set viu as americanas retomando o controle logo no início, quando abriram 8/5. O Brasil ensaiou uma reação, cortou para um ponto, mas viu as rivais abrirem 16/12. Quando a diferença caiu para dois, o técnico Hugh McCutcheon chamou suas meninas para conversar. Deu certo, e a diferença logo pulou para quatro de novo. Aí foi a vez de Zé Roberto parar o jogo.
Mas já era tarde. Bastou aos Estados Unidos segurar a dianteira e conduzir a partida até o fim. Com a segunda vitória nas Olimpíadas, a equipe segue mais favorita do que nunca. Para o Brasil, fica o alerta de que será preciso subir alguns degraus para chegar ao bicampeonato.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/07/quatro-anos-apos-pequim-brasil-vira-presa-facil-para-americanas-no-volei.html
As brasileiras caíram diante das americanas nesta segunda-feira em Londres (Foto: Reuters)
- Não gostei da atitude no primeiro e segundo sets. Estávamos muito passivos em relação aos Estados Unidos, com uma quantidade de erros muito grande. No terceiro e no quarto, a gente já viu outro comportamento. Mas a Hooker fez a diferença, e a gente não conseguiu defender. É o melhor time do mundo, eu falo isso há dois anos, não escondo de ninguém - afirmou o técnico José Roberto Guimarães após a partida.
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Com uma vitória por 3 sets a 2 na estreia e a derrota desta segunda-feira, o Brasil soma dois pontos e ocupa a quarta posição do Grupo B. Os Estados Unidos estão no segundo lugar, com seis pontos, mesma pontuação da líder China. A Coreia do Sul é a terceira (com três pontos), a Turquia é a quinta (um ponto) e a Sérvia é a lanterna (zero). No Grupo A estão Rússia, Japão, República Dominicana, Itália, Grã-Bretanha e Argélia. Os quatro primeiros de cada chave avançam à próxima fase.- Veja a página completa de Londres 2012
- Confira a tabela do vôlei feminino
O Brasil volta à quadra na quinta, às 18h (de Brasília), para encarar as sul-coreanas. O SporTV transmite ao vivo, e o GLOBOESPORTE.COM acompanha tudo em Tempo Real. As americanas pegam a China antes do jogo do Brasil, às 16h.
A torcida na Arena de Vôlei de Londres estava dividida, com muitas bandeiras dos dois países, e gritaria à vontade para os dois lados. Com atraso de meia hora, o jogo já começou com um rali. E numa linda largadinha de Sheilla, o Brasil saiu na frente. O segundo ponto verde-amarelo também veio numa largada, de Fernandinha, mas o equilíbrio logo deu as caras. As brasileiras viram as rivais abrirem 6/4, mas viraram para 8/7 na primeira parada técnica.
Na volta, o placar foi a 9/7, mas a força verde-amarela se esgotou aí. As americanas passaram a controlar o jogo e, sem encontrar resistência no bloqueio, esticaram o conforto na primeira parcial. Com um ataque de Larson pela ponta, fim de papo: 25/18.
Kobe Bryant acompanhou a vitória dos EUA sobre oBrasil no vôlei feminino (Foto: REUTERS)
No intervalo para o segundo set, o telão do ginásio mostrou Kobe Bryant, astro da seleção americana de basquete, que foi à arena ver as compatriotas do vôlei e sentou-se no meio da torcida. A expressão tranquila do astro da NBA era a tônica de um jogo tranquilo para o seu país.
Com a bola no ar de novo, o panorama se manteve. Os EUA foram para a parada técnica com 8/5 na manga, e daí em diante o abismo só aumentou. O Brasil não conseguia se encontrar, e o placar logo pulou para 16/7. Quando as americanas chegaram a 20, as brasileiras só tinham metade disso. Larson e Hooker continuavam castigando a defesa verde-amarela, e não foi difícil chegar aos 25/17 com mais uma ataque de Hooker.
O primeiro bloqueio do Brasil no jogo veio no início do terceiro set, com Sheilla. Quando a equipe fez 5/3, num ataque de Paula, a atacante sentiu dores no pé direito após. Agachou-se, mancou um pouco, mas foi para o saque. Caprichou, a recepção americana foi ruim, e o ataque para fora deu a até então inédita vantagem de três pontos para as meninas de Zé Roberto: 6/3, que se transformaram em 8/3 na parada técnica.
Adenízia chamou a torcida, que respondeu gritando nas arquibancadas. Na quadra, os EUA apertaram, mas o Brasil segurava bravamente os dois pontos de vantagem. Durou pouco. Com o bloqueio forte, as americanas viraram ainda antes da segunda parada: 16/15. Desta vez, no entanto, o time de amarelo manteve a cabeça no lugar. Com um belo bloqueio de Fabiana, a vantagem chegou a 23/21. Paula ainda pisou na linha no saque e entregou um ponto de graça, mas a vitória no set veio com Thaisa, numa bola dividida na rede: 25/22.
O Brasil de Fabi (à esq.) e Jaqueline não conseguiu superar as americanas (Foto: Agência Reuters)
Mas já era tarde. Bastou aos Estados Unidos segurar a dianteira e conduzir a partida até o fim. Com a segunda vitória nas Olimpíadas, a equipe segue mais favorita do que nunca. Para o Brasil, fica o alerta de que será preciso subir alguns degraus para chegar ao bicampeonato.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/07/quatro-anos-apos-pequim-brasil-vira-presa-facil-para-americanas-no-volei.html