Paulo André, zagueiro do Cruzeiro e membro do Bom Senso FC (Foto: Daniel Mundim)
- Talvez seja um passo, mas por que agora? Por que dessa forma? A gente está reclamando dessas mesmas coisas há quase dois anos e nunca fomos atendidos. Em um momento de fragilidade entregam uma mão para não perder o corpo todo – comentou o zagueiro.
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Paulo esteve no Rio de Janeiro para uma reunião com os dirigentes que participaram do encontro na sede da CBF. No entanto, com o evento na entidade, a conversa entre os clubes e o Bom Senso, foi esvaziada. Com voos marcados, alguns dirigentes permaneceram por pouco tempo na reunião, que foi marcada antes da assembleia na CBF.
- A CBF acabou sentindo que poderia haver uma tentativa de algum movimento e marcou uma reunião no mesmo dia e horário. A nossa reunião era em São Paulo, aí para não perder viagem, acabamos nos encontrando depois no Rio. Foi, pode-se chamar, uma coincidência – declarou.
Talvez seja um passo, mas por que agora? Por que dessa forma? A gente está reclamando dessas mesmas coisas há quase dois anos e nunca fomos atendidos
Paulo André
- O Conselho Técnico não muda em nada o poder na CBF, o que muda é o colégio eleitoral. Infelizmente, quem tem direito de mudar o estatuto são as federações. Como é que a pessoa que hoje comanda a CBF democratizaria o poder? Como é que as federações, que hoje comandam o colégio eleitoral com maioria, aceitariam essa democratização? Esse é o ponto. Infelizmente hoje os clubes não têm poder de voto, e de influência nesse quesito – reiterou.
Reunião com clubes
Apesar de não ter tido a adesão prevista, a reunião entre os clubes e o Bom Senso agradou Paulo André. A começar pelo convite feito pelos cartolas. A Medida Provisória 671 - conhecida como MP do Futebol ou Profut -, que renegocia as dívidas dos clubes com a União em troca de contrapartidas, e a criação de uma liga de clubes estiveram em pauta. No entanto, o zagueiro ainda vê um longo caminho a percorrer.
- Para propor a Liga é necessário aval da CBF. Quando não tem poder na entidade como negocia a ponto de conseguir com que a liga seja avalizada. É um processo longo, não é para amanhã. A gente está falando de uma gestão de 30, 40 anos. Nada vai resolver do dia para a noite. Evidentemente que a CBF vai tentar dar um ar de modernidade, limitar a reeleição, simplesmente para tentar passar esse momento de turbulência e tentar reconquistar aos poucos o apoio dos clubes e das federações. Para gente fica claro que o futebol brasileiro não pode esperar – avaliou.
Na próxima quinta, haverá uma assembleia na CBF que deve confirmar a limitação das reeleições no comando da entidade e a ampliação da autonomia dos clubes na organização dos campeonatos. Uma nova reunião está marcada para sexta-feira, também com os 20 participantes da Série A, para tratar exclusivamente da MP do futebol.
FONTE:
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