Medina e Mineirinho atropelam rivais na 3ª fase em Fiji; Filipinho é eliminado
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Medina e Mineirinho atropelam rivais na 3ª fase em Fiji; Filipinho é eliminado






MUNDIAL DE SURFE


Jadson André elimina Italo Ferreira, Gabriel domina Banting, Adriano bate Keanu e Wiggolly se beneficia de interferência para vencer Coffin, avançando para a 4ª fase




Por
Tavarua, Ilhas Fiji


  1. baterias da terceira fase
Gabriel Medina na vitória sobre o australiano Matt Banting pela terceira fase nas Ilhas Fiji (Foto: WSL / Kelly Cestari)Gabriel Medina mostrou leitura perfeita das ondas nas Ilhas Fiji (Foto: WSL / Kelly Cestari)


Após oito dias sem competição, o mar de Fiji renasceu nesta terça-feira. Sorte dos fãs do surfe e de Gabriel Medina, Adriano de Souza e Jadson André, que emplacaram belos tubos e manobras de borda nas ondas de cerca de 2m para vencerem suas baterias pela terceira fase da quinta etapa do Circuito Mundial de 2016. Com o largo triunfo por 14.50 a 4.33 sobre o australiano Matt Banting no início do dia, Medina assegurou sua vaga no round 4 e terá duas chances para avançar às quartas de final no evento em que ele busca seu segundo caneco. Situação semelhante ocorre com Wiggolly Dantas, Jadson, algoz de Italo Ferreira, e Mineirinho . O atual campeão também brilhou ao derrotar o havaiano Keanu Asing em uma apresentação de gala, com direito a nota 9.10. Outra esperança do Brasil nos tubos perfeitos de Cloudbreak, Filipe Toledo não encontrou os canudos que lhe dariam boas notas foi eliminado por Dusty Payne, se despedindo em 13º lugar no arquipélago do Oceano Pacífico.

- Estou feliz de ter pego vários tubos. Foi muito divertido. Os dias sem competição estavam chatos, mas as ondas estão de volta. Estou amarradão por ter vencido e avançado à próxima fase - comemorou Medina após a vitória.


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Quem também avançou foi Wiggolly Dantas, que contou com a sorte para superar Conner Coffin. O americano vencia até os instantes finais, mas cometeu uma interferência na onda de Guigui, com a prioridade, e foi punido. Ele perdeu a segunda nota (4.37) e ficou apenas com a primeira (6.83), o que não foi suficiente para desbancar o paulista de Ubatuba, com 6.94 (5.17 + 1.77). Wiggolly mal comemorou a vitória. Alejo Muniz e Miguel Pupo são os outros membros do Brazilian Storm que estarão em ação nesta terceira fase.
Gabriel Medina pega tubaço na vitória sobre o australiano Matt Banting pela terceira fase nas Ilhas Fiji (Foto: WSL / Kelly Cestari)
Gabriel Medina pega tubaço na vitória sobre 
o australiano Matt Banting na 3ª em Fiji 
(Foto: WSL / Kelly Cestari)


Dois surfistas ainda podem tirar o australiano Matt Wilkinson da liderança do ranking após a etapa de Fiji: o potiguar Italo Ferreira, vice-líder, e o havaiano John John Florence, terceiro lugar, Isso só acontecerá caso eles cheguem à final e Matt seja eliminado antes das quartas. Wilkinson encara o argentino naturalizado brasileiro Alejo Muniz na bateria 12 do round 3.


Mineirinho brilha com nota 9.10


O havaiano Keanu Asing entrou confiante e colocou fogo na disputa ao pegar duas ondas, assumindo a liderança, com 8.83 pontos (4.83 + 4.00). Mineirinho passeou pelo cilindro e mandou uma manobra bem longa e ganhou 6.17, mas ainda estava atrás do rival. O paulista do Guarujá não demorou para ter a dianteira do placar. Ganhou um 3.00 e, logo em seguida, um 4.87, ampliando para 11.04. Keanu respondeu com um tubo difícil, muito apertado. Recebeu nota 5.60 e encostou no atual campeão mundial 10.43. Foi o suficiente para Adriano deslanchar.

Mostrando um conhecimento profundo nas ondas de Cloudbreak, Mineirinho encontrou uma onda incrível na entrada da barreira de corais, sumiu em um tubaço e ganhou nota 9.10. Ele chegou a 15.27 pontos contra 11.00 do havaiano. Com 5.60 e 5.40, Keanu precisava de um 9.67 para voltar à ponta, uma missão duríssima diante do surfista visto por todos como um competidor nato. Adriano de Souza seguiu em grande estilo. Encaixou boas manobras, encontrou mais um tubo e ficou profundo, mas acabou perdendo o equilíbrio no fim e caiu na saída. O havaiano passu a lutar também contra o tempo, mas o adversário perigoso parecia insaciável. Mineirinho pegou outra só para constar e despachou com muita categoria Keanu, por 15.27 a 11.00.


Filipe Toledo é eliminado por havaiano

Após ver Dusty Payne cair na primeira onda, Filipe Toledo ficou com a prioridade e pegou uma onda mediana para encaixar algumas manobras, sem grande potencial, levando 3.00 para assumir a liderança. Mas os juízes queriam ver os surfistas desaparecerem em tubos. Quanto mais profundo, melhor. As condições estavam difíceis, e a leitura era fundamental em busca de notas altas. O paulista de Ubatuba tentou mais uma vez, mas desistiu ao perceber que não encontraria nenhuma caverna em meio à espuma (0.50). A experiência em Fiji é fundamental, afinal, sem uma boa leitura da onda, é praticamente impossível estar no lugar certo. A bateria começou devagar, com ambos os atletas com dificuldades para achar uma boa oportunidade.
Filipe Toledo enfrenta havaiano Dusty Payne nas Ilhas Fiji - quinta etapa do Circuito Mundial (Foto: Reprodução/Twitter WSL)
Filipe Toledo teve dificuldades com o mar e foi 
eliminado pelo havaiano Dusty Payne (Foto: 
Divulgação/Twitter WSL)


O havaiano demorou para arriscar, mas não achou os tubos que queria, ganhando notas 0.87 e 2.70, chegando a 3.57. Precisava de apenas 1.08 para virar o placar. Filipinho tentou ampliar, porém, a onda não tinha potencial, e ele voltou atrás, aguardando uma nova chance. Ainda assim, ia liderando, por 3.77 a 3.57. Mas não por muito tempo. Payne conseguiu finalmente encontrar um tubo e saiu de forma limpa para ganhar 4.50, assumindo a ponta: 7.20 pontos contra 3.77 de Toledo. A falta de ondas era preocupante. No entanto, o paulista de Ubatuba não se intimidou. Esperou mais de 10 minutos e foi em outra, mas conseguiu só emplacar duas manobras, sem tubo, o que elevaria a pontuação. Ele precisava de 4.21 para recuperar a dianteira, conseguiu 3.50 e passou a lutar por um 3.71, a seis minutos para o fim.

O paulista remou, tentou mudar de posição, mas não encontrava uma boa onda. O tempo ia se esgotando, deixando a situação dramática para Filipe. Com a prioridade, Payne fazia uma marcação cerrada, como uma sombra atrás do rival. Toledo esperou, mas o cronômetro zerou e ele não teve como reagir, perdendo a disputa por 7.20 a 6.50.

Dusty Payne começou devagar, mas acabou vencendo Filipe Toledo, de virada, na terceira fase em Fiji (Foto: WSL / Kelly Cestari)
Dusty Payne começou devagar, mas venceu Filipe 
Toledo, de virada, na terceira fase em Fiji 
(Foto: WSL / Kelly Cestari)


Medina massacra australiano



Gabriel Medina acerta aéreo alley oop após pegar tubo nas Ilhas Fiji (Foto: Reprodução/WSL)Gabriel Medina acerta aéreo alley oop após pegar tubo (Foto: Reprodução/WSL)


Vencedor da etapa de Fiji em 2014, ano em que conquistou o título inédito para o Brasil no surfe, Gabriel achou logo três tubos na primeira onda. Com velocidade e técnica, o paulista soube aproveitar muito bem uma esquerda sem grande tamanho. Apesar de extrair o melhor possível, desaparecendo atrás de um canudo, ele ganhou só 6.50 dos juízes, mas foi o suficiente para começar na liderança. Na sequência, Medina dropou outra, mas não completou e levou 1.60. À espera de uma onda boa na arrebentação, Matt Banting parecia não se importar com o gás do brasileiro nos cinco primeiros minutos dos 35 da bateria que abriu o dia.  Ligeiro, Gabriel voltou a surfar um tubo. Mas ele foi rápido e sem profundidade. Assim, o astro somou 5.00 pontos, passando a liderar por 11.50 a 0.00.

Em combinação, o aussie percebeu que precisava se mexer, mas ele pecou na primeira investida e ganhou 0.57 após cair. Sedento, Medina pegou mais quatro ondas, mas nenhuma delas serviu para que ele aumentasse o seu somatório (4.57, 0.67, 0.50 e 0.43). O mar estava apresentando ondas boas, mas elas fechavam rapidamente, dificultando a vida dos surfistas. Bem conectado com as ondas de Cloudbreak, Gabriel não demorou muito para conseguir a melhor nota do dia. Após pegar mais um tubo para a esquerda, o jovem astro encaixou duas manobras bem forte de borda e fechou com tranquilidade para ganhar 7.33 e passar a somar 13.83 pontos contra 1.30 de Banting, que buscava 13.84 pontos para tirar Medina da frente. Faltavam 15 minutos.

Disposto a trocar suas notas, Gabriel tratou de se jogar em mais uma com potencial e surfou com categoria e boas manobras uma esquerda que lhe deu nota 7.17. O paulista passava a vencer por 14.50 a 4.33 – Matt falhara ao usar sua prioridade, interromper tubo de Medina e ganhar só 2.60. Restavam oito minutos e a vitória de Medina era questão de tempo. Mas quem disse que a fera aguenta esperar se pode ter uma vitória mais larga? Gabriel pegou um tubo largo não muito profundo, mas soube percorrer o canudo com velocidade e completou a onda com um aéreo alley oop para ganhar nota 6.97, média que não mudou o seu somatório, mas serviu para deixar claro que o camisa 10 está doido para brilhar mais uma vez em Fiji.

Medina detonou as ondas de Fiji em um festival de tubos, um massacre sobre Matt Banting (Foto: WSL / Kelly Cestari)
Medina detonou as ondas de Fiji em um festival 
de tubos, um massacre sobre Matt Banting 
(Foto: WSL / Kelly Cestari)



BATERIAS DA TERCEIRA FASE

1. Gabriel Medina (BRA)14.50 x Matt Banting (AUS) 4.33
2. Michel Bourez (TAH) 7.67 x Kanoa Igarashi (EUA) 5.46
3. Filipe Toledo (BRA) 6.50 x Dusty Payne (HAV) 7.20
4. Jordy Smith (AFS) 11.66 x Kelly Slater (EUA) 16.56
5. Wiggolly Dantas (BRA) 6.94 x Conner Coffin (EUA) 5.83
6. Adriano de Souza (BRA) 15.27 x Keanu Asing (HAV) 11.00
7. Italo Ferreira (BRA) 13.73 x Jadson André (BRA) 14.50
8. Jeremy Flores (FRA) x Josh Kerr (AUS)
9. Mick Fanning (AUS) x Adam Melling (AUS)
10. John John Florence (HAV) x Taj Burrow (AUS)
11. Adrian Buchan (AUS) x Miguel Pupo (BRA)
12. Matt Wilkinson (AUS) x Alejo Muniz (BRA)


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/radicais/surfe/mundial-de-surfe/noticia/2016/06/medina-pega-bons-tubos-atropela-australiano-e-avanca-4-fase-em-fiji.html



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