- baterias da terceira fase
Gabriel Medina mostrou leitura perfeita das ondas nas Ilhas Fiji (Foto: WSL / Kelly Cestari)
- Estou feliz de ter pego vários tubos. Foi muito divertido. Os dias sem competição estavam chatos, mas as ondas estão de volta. Estou amarradão por ter vencido e avançado à próxima fase - comemorou Medina após a vitória.
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Quem também avançou foi Wiggolly Dantas, que contou com a sorte para superar Conner Coffin. O americano vencia até os instantes finais, mas cometeu uma interferência na onda de Guigui, com a prioridade, e foi punido. Ele perdeu a segunda nota (4.37) e ficou apenas com a primeira (6.83), o que não foi suficiente para desbancar o paulista de Ubatuba, com 6.94 (5.17 + 1.77). Wiggolly mal comemorou a vitória. Alejo Muniz e Miguel Pupo são os outros membros do Brazilian Storm que estarão em ação nesta terceira fase.
Gabriel Medina pega tubaço na vitória sobre
o australiano Matt Banting na 3ª em Fiji
(Foto: WSL / Kelly Cestari)
Mineirinho brilha com nota 9.10
O havaiano Keanu Asing entrou confiante e colocou fogo na disputa ao pegar duas ondas, assumindo a liderança, com 8.83 pontos (4.83 + 4.00). Mineirinho passeou pelo cilindro e mandou uma manobra bem longa e ganhou 6.17, mas ainda estava atrás do rival. O paulista do Guarujá não demorou para ter a dianteira do placar. Ganhou um 3.00 e, logo em seguida, um 4.87, ampliando para 11.04. Keanu respondeu com um tubo difícil, muito apertado. Recebeu nota 5.60 e encostou no atual campeão mundial 10.43. Foi o suficiente para Adriano deslanchar.
Mostrando um conhecimento profundo nas ondas de Cloudbreak, Mineirinho encontrou uma onda incrível na entrada da barreira de corais, sumiu em um tubaço e ganhou nota 9.10. Ele chegou a 15.27 pontos contra 11.00 do havaiano. Com 5.60 e 5.40, Keanu precisava de um 9.67 para voltar à ponta, uma missão duríssima diante do surfista visto por todos como um competidor nato. Adriano de Souza seguiu em grande estilo. Encaixou boas manobras, encontrou mais um tubo e ficou profundo, mas acabou perdendo o equilíbrio no fim e caiu na saída. O havaiano passu a lutar também contra o tempo, mas o adversário perigoso parecia insaciável. Mineirinho pegou outra só para constar e despachou com muita categoria Keanu, por 15.27 a 11.00.
Filipe Toledo é eliminado por havaiano
Após ver Dusty Payne cair na primeira onda, Filipe Toledo ficou com a prioridade e pegou uma onda mediana para encaixar algumas manobras, sem grande potencial, levando 3.00 para assumir a liderança. Mas os juízes queriam ver os surfistas desaparecerem em tubos. Quanto mais profundo, melhor. As condições estavam difíceis, e a leitura era fundamental em busca de notas altas. O paulista de Ubatuba tentou mais uma vez, mas desistiu ao perceber que não encontraria nenhuma caverna em meio à espuma (0.50). A experiência em Fiji é fundamental, afinal, sem uma boa leitura da onda, é praticamente impossível estar no lugar certo. A bateria começou devagar, com ambos os atletas com dificuldades para achar uma boa oportunidade.
Filipe Toledo teve dificuldades com o mar e foi
eliminado pelo havaiano Dusty Payne (Foto:
Divulgação/Twitter WSL)
O paulista remou, tentou mudar de posição, mas não encontrava uma boa onda. O tempo ia se esgotando, deixando a situação dramática para Filipe. Com a prioridade, Payne fazia uma marcação cerrada, como uma sombra atrás do rival. Toledo esperou, mas o cronômetro zerou e ele não teve como reagir, perdendo a disputa por 7.20 a 6.50.
Dusty Payne começou devagar, mas venceu Filipe
Toledo, de virada, na terceira fase em Fiji
(Foto: WSL / Kelly Cestari)
Medina massacra australiano
Gabriel Medina acerta aéreo alley oop após pegar tubo (Foto: Reprodução/WSL)
Em combinação, o aussie percebeu que precisava se mexer, mas ele pecou na primeira investida e ganhou 0.57 após cair. Sedento, Medina pegou mais quatro ondas, mas nenhuma delas serviu para que ele aumentasse o seu somatório (4.57, 0.67, 0.50 e 0.43). O mar estava apresentando ondas boas, mas elas fechavam rapidamente, dificultando a vida dos surfistas. Bem conectado com as ondas de Cloudbreak, Gabriel não demorou muito para conseguir a melhor nota do dia. Após pegar mais um tubo para a esquerda, o jovem astro encaixou duas manobras bem forte de borda e fechou com tranquilidade para ganhar 7.33 e passar a somar 13.83 pontos contra 1.30 de Banting, que buscava 13.84 pontos para tirar Medina da frente. Faltavam 15 minutos.
Disposto a trocar suas notas, Gabriel tratou de se jogar em mais uma com potencial e surfou com categoria e boas manobras uma esquerda que lhe deu nota 7.17. O paulista passava a vencer por 14.50 a 4.33 – Matt falhara ao usar sua prioridade, interromper tubo de Medina e ganhar só 2.60. Restavam oito minutos e a vitória de Medina era questão de tempo. Mas quem disse que a fera aguenta esperar se pode ter uma vitória mais larga? Gabriel pegou um tubo largo não muito profundo, mas soube percorrer o canudo com velocidade e completou a onda com um aéreo alley oop para ganhar nota 6.97, média que não mudou o seu somatório, mas serviu para deixar claro que o camisa 10 está doido para brilhar mais uma vez em Fiji.
Medina detonou as ondas de Fiji em um festival
de tubos, um massacre sobre Matt Banting
(Foto: WSL / Kelly Cestari)
BATERIAS DA TERCEIRA FASE
2. Michel Bourez (TAH) 7.67 x Kanoa Igarashi (EUA) 5.46
3. Filipe Toledo (BRA) 6.50 x Dusty Payne (HAV) 7.20
4. Jordy Smith (AFS) 11.66 x Kelly Slater (EUA) 16.56
5. Wiggolly Dantas (BRA) 6.94 x Conner Coffin (EUA) 5.83
6. Adriano de Souza (BRA) 15.27 x Keanu Asing (HAV) 11.00
7. Italo Ferreira (BRA) 13.73 x Jadson André (BRA) 14.50
8. Jeremy Flores (FRA) x Josh Kerr (AUS)
9. Mick Fanning (AUS) x Adam Melling (AUS)
10. John John Florence (HAV) x Taj Burrow (AUS)
11. Adrian Buchan (AUS) x Miguel Pupo (BRA)
12. Matt Wilkinson (AUS) x Alejo Muniz (BRA)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/radicais/surfe/mundial-de-surfe/noticia/2016/06/medina-pega-bons-tubos-atropela-australiano-e-avanca-4-fase-em-fiji.html