Medina e Italo superam gringos na repescagem e seguem adiante em Fiji
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Medina e Italo superam gringos na repescagem e seguem adiante em Fiji





MUNDIAL DE SURFE



Com aéreo e tubo, campeão mundial despacha australiano Ryan Callinan, enquanto vice-líder do ranking vence Tevita Gukilau em duelo de poucas ondas, em Cloudbreak




Por
Tavarua, Ilhas Fiji


  1. baterias da primeira fase
  2. baterias da segunda fase


No top 10 do ranking do Circuito Mundial 2016, Gabriel Medina, o nono, e Italo Ferreira, o vice-líder, sabiam que não poderiam dar moleza na repescagem da etapa de Fiji, neste domingo (manhã de sábado na Oceania). Espertos, os dois entraram concentrados e sobraram diante dos seus adversários para avançarem à terceira fase do quinto evento da elite do surfe mundial neste ano. Medina pegou tubo e deu aéreo para somar 15.94 pontos e vencer o australiano Ryan Callinan (14.10), enquanto o potiguar não deu chances para o surfista local Tevita Gukilau e venceu pelo placar de 10.67 a 3.50, nas ondas de Cloudbreak, em Tavarua. Outro brasileiro a se dar bem na segunda fase foi Alejo Muniz, que derrotou o forte australiano Julian Wilson por 14.00 a 11.17.



Gabriel Medina repescagem aéreo Fiji (Foto: Divulgação/WSL)
Gabriel Medina executa aéreo durante sua 
vitória na repescagem da etapa de Fiji 
(Foto: Divulgação/WSL)


Mesmo com o mar não estando perfeito, a Liga Mundial de Surfe (WSL) decidiu colocar a competição na água pelo segundo dia consecutivo, após realizar no sábado toda a primeira fase, quando cinco brasileiros venceram suas baterias de estreia e avançaram diretamente para o round 3:

Filipe Toledo, Adriano de Souza, Jadson André, Miguel Pupo e Wiggolly Dantas. Outro membro do Brazilian Storm ainda entrará no mar nesta repescagem. É o paulista Caio Ibelli, que é o quinto do ranking da temporada e duelará na sétima bateria com o australiano Taj Burrow. A janela para a realização do Fiji Pro vai até o dia 16 deste mês.

- Foi uma bateria divertida contra o Ryan. Estou amarradão por ter conseguido passar adiante. Espero seguir mais longe e que venha uma grande ondulação para termos boas ondas nos próximos dias de competição - comentou Medina.

+Confira o ranking da temporada de 2016

- As ondas não estava vindo, mas eu consegui pegar uma onda que me deu 6.17 e acabou sendo importante. Estou feliz por ter vencido, porque eu quero ir o mais longe possível e melhor minha campanha do ano passado - disse Italo, quadrifinalista em Fiji, em 2015.
Além de Ferreira, outros três surfistas podem tirar Wilkinson do topo após a disputa nas Ilhas Fiji: os havaianos Sebastian Zietz e John John Florence e o paulista Caio Ibelli. A tarefa dos quatro postulantes poderia ter sido mais fácil, pois o australiano chegou a ficar boa parte da sua bateria de repescagem atrás de Alex Ribeiro, mas ele acabou batendo o brasileiro por 13.10 a 11.10 e seguiu adiante.


Medina mostra arsenal de manobras e bate Callinan
Medina começou com tudo o duelo contra o australiano Ryan Callinan. O campeão mundial de 2014 mandou um dos seus aéreos, mas rotação incompleta, e ganhou nota 6.83 dos juízes. Pouco depois, Gabriel pegou uma segunda onda e amealhou 4.83 para somar 11.66 pontos, passados seis minutos de bateria. O calouro aussie tentou responder, mas não fez nada demais em uma onda pequena e ganhou nota 2.67. Pouco depois, ele errou uma dropada e somou 1.10 para ficar com o total de 3.77.

Gabriel Medina repescagem Fiji (Foto: Reprodução/WSL)Medina pega tubo na repescagem contra Callinan(Foto: Reprodução/WSL)


Callinan surfou com qualidade sua terceira onda. Com boas batidas, ele ganhou 6.50 e diminuiu a desvantagem em relação ao brasileiro (11.66 a 9.18). Gabriel tratou de procurar os tubos no mar de Cloudbreak. O jovem astro enxergou um canudo e se jogou. Chegou a andar bastante dentro dele, mas não conseguiu sair: nota 1.60. Na segunda tentativa de entubar, Medina fez bonito. Em um tubo um pouco menor, ele ficou entocado e saiu de forma quase perfeita para receber a melhor nota do dia até então: 8.17. O atual número 9 do ranking passava a somar 15.00 pontos contra 9.17 de Callinan, que passava a buscar 8.50 para assumir a dianteira.

Faltando 15 minutos, Gabriel tentou somar mais pontos em uma esquerda manobrável. Ele tentava trocar um 6.83, sua segunda melhor nota na bateria. Acelerando bastante e fazendo rasgadas bonitas, Medina fechou com um floater e uma rasgada. O objetivo foi cumprido e ele descolou 7.77 para chegar aos 15.94 pontos. Com 9.17, o aussie buscava 9.44.
Talentoso, Ryan demonstrou que iria fazer o possível para tentar passar Medina. Ele surfou com bastante estilo uma intermediária, com direito a uma aéreo e manobras boas, e tirou 7.60 para alcançar os 14.10 pontos. Mesmo assim, o gringo ainda precisava de 8.34 nos cinco minutos finais. Tranquilo, Gabriel tentou arriscar em algumas ondas, mas acabou não fechando nenhuma. Tocou a sirene após 35 minutos e o brasileiro mais famoso do surfe avançou à terceira fase.


Italo vence surfista local e segue na briga pelo topo
Italo começou a bateria de 35 minutos que abriu o dia tomando a iniciativa dentro da água. O potiguar pegou um tubo que tinha potencial, mas a onda acabou fechando e ele recebeu a média 4.50 dos juízes para sair na frente. Local de Fiji, Gukilau tentou pegar uma esquerda, mas acabou desistindo e ganhou 0.43 pela dropada.


Italo Ferreira Fiji surfe (Foto: Divulgação/WSL)
Italo Ferreira em ação no mar de 
Fiji (Foto: Divulgação/WSL)


Em busca de uma nota superior, Italo não demorou muito para encontrar outro tubinho. Mas, desta vez, ele completou a manobra e a onda abriu para ele aplicar boas batidas na parede e conseguir 6.17 para aumentar sua vantagem. Com 10.67 pontos, ele já deixava Tevita em combinação, com apenas 0.43 ponto. Passados 14 minutos, o surfista local enfim pegou sua primeira onda mais consistente.

Com velocidade, ele deu boas batidas e fechou com uma manobra funcional para levar 3.07
Com a vida tranquila, mesmo sem um grande somatório, Italo tratou de fazer uso da sua prioridade na escolha das ondas para esperar uma boa série na arrebentação. Tevita aceitou a marcação e também não pegou nenhuma esquerda. Assim, o tempo passou e nada de o placar mudar. Italo estava na terceira fase.



BATERIAS DA PRIMEIRA FASE

1: John John Florence (HAV) 10.33 x Davey Cathels (AUS) 8,60 x Alejo Muniz (BRA) 9.33
2: Filipe Toledo (BRA)13.76 x Jack Freestone (AUS) 12.56 x Ryan Callinan (AUS) 9.94
3: Gabriel Medina (BRA) 12.26 x Stuart Kennedy (AUS) 12.67 x Jadson André (BRA) 14.60
4: Matt Wilkinson (AUS) 12.56 x Josh Kerr (AUS) 10.26 x Keanu Asing (HAV) 13.04
5:Italo Ferreira (BRA) 15.10 x Miguel Pupo (BRA) 15.23 x Alex Ribeiro (BRA) 8.63
6: Adriano de Souza (BRA)11.73 x Kanoa Igarashi (EUA) 4.84 x Tevita Gukilau (FIJ) 8.17
7: Julian Wilson (AUS) 9.16 x Conner Coffin (EUA) 3.57 x Matt Banting (AUS) 10.34
8: Mick Fanning (AUS) 11.90 x Wiggolly Dantas (BRA)15.60 x Kai Otton (AUS) 8.47
9: Nat Young (EUA) 9.70 x Jeremy Flores (FRA) 12.67 x Dusty Payne (HAV) 8.46
10: Jordy Smith (AFS) 16.67 x Adrian Buchan (AUS) 15.44 x Taj Burrow (AUS) 10.44
11: Caio Ibelli (BRA) 8.60 x Michel Bourez (TAH) 11.14 x Adam Melling (AUS) 11.26
12: Sebastian Zietz (HAV) 12.60 x Kolohe Andino (EUA) 15.90 x Kelly Slater (EUA) 16.13



BATERIAS DA SEGUNDA FASE

1. Italo Ferreira (BRA) 10.67 x Tevita Gukilau (FIJ) 3.50
2. Matt Wilkinson (AUS) 13.10 x Alex Ribeiro (BRA)11.10
3. Gabriel Medina (BRA)15.94 x Ryan Callinan (AUS) 14.10
4. Julian Wilson (AUS) 11.17 x Alejo Muniz (BRA) 14.00
5. Mick Fanning (AUS) 16.10 x Kai Otton (AUS) 14.40
6. Nat Young (EUA) 14.67 x Dusty Payne (HAV) 16.50
7. Caio Ibelli (BRA) x Taj Burrow (AUS)
8. Sebastian Zietz (HAV) x Kanoa Igarashi (EUA)
9. Kolohe Andino (EUA) x Josh Kerr (AUS)
10. Michel Bourez (TAH) x Stuart Kennedy (AUS)
11. Adrian Buchan (AUS) x Jack Freestone (AUS)
12. Conner Coffin (EUA) x Davey Cathels (AUS)


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/radicais/surfe/mundial-de-surfe/noticia/2016/06/vice-lider-do-ranking-italo-bate-surfista-local-e-passa-pela-repescagem-em-fiji.html



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