A situação do Botafogo, que já era difícil, se tornou ainda mais dramática após mais uma derrota, desta vez para o Palmeiras, por 1 a 0, no Maracanã, na noite desta quarta-feira. O resultado ruim contra mais um concorrente direto empurrou a equipe para a lanterna do Campeonato Brasileiro, com 26 pontos (assista aos principais lances no vídeo acima).
Apesar do péssimo momento, o técnico Vagner Mancini garantiu que não vai pedir demissão. Aconteça o que acontecer. Apesar do abatimento, Mancini tentou adotar um discurso de otimismo para que os alvinegros não joguem a toalha.
– Não, não penso em desistir. De maneira alguma. Sabemos a aflição do torcedor, e entendo a posição. Estamos brigando com todas as forças, contra uma série de dificuldades. Uns saíram, outros estão reaparecendo... Isso nos custa caro. Não é depois de uma derrota que vamos jogar a toalha. Agora é refletir, pensar. Ainda faltam 11 rodadas, e as seis vitórias podem acontecer. Vamos unir força. Se todo mundo desacreditar, quem quer que seja, fica sempre mais difícil.
Em sua entrevista, Vagner Mancini comentou um problema recente que teve com Wlson Gottardo, gerente de futebol, e o fato de ter visto alguns sinais de conformismo no time contra o Palmeiras. No próximo sábado, o Botafogo enfrenta o Corinthians na Arena da Amazônia, às 18h30, pela 28ª rodada do Brasileiro.
Futuro no cargo e aprendizado com os problemas
A entrega do cargo foi quando o presidente disse que faria as mudanças. Aí disse que meu cargo estava à disposição, mas ele afirmou que não haveria mudança na comissão até o fim do campeonato. Para todos que vivem o Botafogo hoje, seja funcionário ou jogador, existe uma série de aprendizados. Todos têm que dar as mãos nessa hora. O que importa é como vamos reagir. Diante do Palmeiras, vi um time que reagiu pouco, por isso teve inúmeras dificuldades.
Mal-entendido com Gottardo e garantia dada por Assumpção
Eu disse que vou até o fim do campeonato, aconteça o que acontecer. Ganhar e perder faz parte do jogo. Ficou uma coisa dita ou não dita. Sentei com o Gottardo, e conversamos. Já nos conhecemos há muito tempo, jogamos juntos. Foi um mal-entendido. Se existem outras pessoas que querem me tirar, não vão ter força para isso. O presidente já falou neste microfone que não vou sair. No mundo do futebol as pessoas falam o que querem. Eu tenho que ter a calma necessária e a postura correta. Caráter é para ser usado.
Problemas do time na partida. Conformismo?
Hoje achei que bateu um pouco de conformismo. Vi que a equipe entendeu que isso (rebaixamento) pode acontecer. Mas não pode acontecer. Temos que dar exemplos e mais exemplos de equipes consideradas superiores que venceram. Cada um dos atletas se superou em algum momento da vida. Sabemos o quanto é difícil. Vamos brigar até o fim sem deixar a peteca cair. A luta não está faltando, está faltando um pouco de futebol.
Prejuízo causado por problemas fora do campo
Já estão atrapalhando faz tempo. Hoje alguns atletas sentiram o jogo, o desempenho não foi igual ao do jogo contra o Vitória (derrota por 2 a 1, sábado passado, no Barradão). Fomos inferiores. No segundo tempo fomos na base da vontade, porque isso não faltou em momento algum. Ter que ganhar uma partida nessas condições é mais complicado. O peso é excessivo.
Saída de Airton
O Airton pediu substituição aos dois minutos do segundo tempo, e segurei até os 20. Não foi por opção. Perdemos o jogador para a próxima partida.
Os quatro dispensados fizeram falta?
Se eu disser que sim ou que não, não vai mudar o que temos que fazer. Se esses atletas estivessem aí... Não sei, não tem como saber. Claro que perder peças deixa o time enfraquecido, mas dá chance a outros também. Quantas vezes o futebol nos mostra isso, times vencendo na superação. O jogo de Manaus pode servir para isso.
Jobson
O Botafogo precisa do Jobson em campo, porque temos escassez de jogadores. O Ferreyra está afastado (problema físico). Ninguém colocou o Jobson acima da instituição. Diversas vezes já disse que, desde pequeno, sei a história do futebol e dessa estrela que usamos no peito. O Jobson hoje é importante para nós. Ele viaja para Manaus, independentemente de poder jogar ou não. Acho que 50, 60 minutos ele poderia suportar.
Lanterna e números ruins
Os números não são nada bons, não tem como esconder. São horríveis, por isso estamos em último. Daqui para frente, podemos reverter esse quadro. Mesmo se vencermos seis ou sete jogos, talvez os números ainda não sejam bons.
Como lidar com tanta pressão?
Eu sou um cara forte, se não fosse não estaria aqui falando depois de mais uma derrota. Já fui campeão, rebaixado, tive momentos de glória e momentos difíceis. Saí de casa muito cedo, a vida me ensinou muita coisa. Não é qualquer coisa que vai desviar meu caminho. Temos que ter força. Não é fácil no Botafogo hoje, mas ao mesmo tempo temos que lutar até o fim. É isso que temos feito, tentando aparar o que não vai indo bem.
Instabilidade emocional
Tentamos de toda maneira pensar como um grupo, arrumar o que está errado. Mas chega uma hora que é da individualidade. Não dá para entrar na cabeça do Carlos Alberto. A ausência do Ramírez já estava programada, ele não pode enfrentar o Corinthians. Contra o Bahia tínhamos a chance, e tudo aquilo aconteceu (após as expulsões de Emerson Sheik e Ramirez, o Tricolor baiano virou a partida vence por 3 a 2). Talvez estejamos falando de coisas que aconteceram a partir daquele jogo. É preciso ter equilíbrio.
Participação da torcida
A torcida tem feito o papel dela. Fica chateada. Vem ao estádio e não vê o que queria. O apoio deve existir, necessitamos disso. Se fosse uma situação diferente, isso aqui poderia estar um vulcão. Os torcedores nos respeitam sempre. Mesmo com algum descontentamento, sabem que estamos juntos com eles. Vamos lutar sempre para sair dessa situação.
FONTE:
http://glo.bo/1v4i6SQ
Apesar do péssimo momento, o técnico Vagner Mancini garantiu que não vai pedir demissão. Aconteça o que acontecer. Apesar do abatimento, Mancini tentou adotar um discurso de otimismo para que os alvinegros não joguem a toalha.
– Não, não penso em desistir. De maneira alguma. Sabemos a aflição do torcedor, e entendo a posição. Estamos brigando com todas as forças, contra uma série de dificuldades. Uns saíram, outros estão reaparecendo... Isso nos custa caro. Não é depois de uma derrota que vamos jogar a toalha. Agora é refletir, pensar. Ainda faltam 11 rodadas, e as seis vitórias podem acontecer. Vamos unir força. Se todo mundo desacreditar, quem quer que seja, fica sempre mais difícil.
Em sua entrevista, Vagner Mancini comentou um problema recente que teve com Wlson Gottardo, gerente de futebol, e o fato de ter visto alguns sinais de conformismo no time contra o Palmeiras. No próximo sábado, o Botafogo enfrenta o Corinthians na Arena da Amazônia, às 18h30, pela 28ª rodada do Brasileiro.
Futuro no cargo e aprendizado com os problemas
A entrega do cargo foi quando o presidente disse que faria as mudanças. Aí disse que meu cargo estava à disposição, mas ele afirmou que não haveria mudança na comissão até o fim do campeonato. Para todos que vivem o Botafogo hoje, seja funcionário ou jogador, existe uma série de aprendizados. Todos têm que dar as mãos nessa hora. O que importa é como vamos reagir. Diante do Palmeiras, vi um time que reagiu pouco, por isso teve inúmeras dificuldades.
Mal-entendido com Gottardo e garantia dada por Assumpção
Eu disse que vou até o fim do campeonato, aconteça o que acontecer. Ganhar e perder faz parte do jogo. Ficou uma coisa dita ou não dita. Sentei com o Gottardo, e conversamos. Já nos conhecemos há muito tempo, jogamos juntos. Foi um mal-entendido. Se existem outras pessoas que querem me tirar, não vão ter força para isso. O presidente já falou neste microfone que não vou sair. No mundo do futebol as pessoas falam o que querem. Eu tenho que ter a calma necessária e a postura correta. Caráter é para ser usado.
Problemas do time na partida. Conformismo?
Hoje achei que bateu um pouco de conformismo. Vi que a equipe entendeu que isso (rebaixamento) pode acontecer. Mas não pode acontecer. Temos que dar exemplos e mais exemplos de equipes consideradas superiores que venceram. Cada um dos atletas se superou em algum momento da vida. Sabemos o quanto é difícil. Vamos brigar até o fim sem deixar a peteca cair. A luta não está faltando, está faltando um pouco de futebol.
Prejuízo causado por problemas fora do campo
Já estão atrapalhando faz tempo. Hoje alguns atletas sentiram o jogo, o desempenho não foi igual ao do jogo contra o Vitória (derrota por 2 a 1, sábado passado, no Barradão). Fomos inferiores. No segundo tempo fomos na base da vontade, porque isso não faltou em momento algum. Ter que ganhar uma partida nessas condições é mais complicado. O peso é excessivo.
Saída de Airton
O Airton pediu substituição aos dois minutos do segundo tempo, e segurei até os 20. Não foi por opção. Perdemos o jogador para a próxima partida.
Os quatro dispensados fizeram falta?
Se eu disser que sim ou que não, não vai mudar o que temos que fazer. Se esses atletas estivessem aí... Não sei, não tem como saber. Claro que perder peças deixa o time enfraquecido, mas dá chance a outros também. Quantas vezes o futebol nos mostra isso, times vencendo na superação. O jogo de Manaus pode servir para isso.
Jobson
O Botafogo precisa do Jobson em campo, porque temos escassez de jogadores. O Ferreyra está afastado (problema físico). Ninguém colocou o Jobson acima da instituição. Diversas vezes já disse que, desde pequeno, sei a história do futebol e dessa estrela que usamos no peito. O Jobson hoje é importante para nós. Ele viaja para Manaus, independentemente de poder jogar ou não. Acho que 50, 60 minutos ele poderia suportar.
Lanterna e números ruins
Os números não são nada bons, não tem como esconder. São horríveis, por isso estamos em último. Daqui para frente, podemos reverter esse quadro. Mesmo se vencermos seis ou sete jogos, talvez os números ainda não sejam bons.
Como lidar com tanta pressão?
Eu sou um cara forte, se não fosse não estaria aqui falando depois de mais uma derrota. Já fui campeão, rebaixado, tive momentos de glória e momentos difíceis. Saí de casa muito cedo, a vida me ensinou muita coisa. Não é qualquer coisa que vai desviar meu caminho. Temos que ter força. Não é fácil no Botafogo hoje, mas ao mesmo tempo temos que lutar até o fim. É isso que temos feito, tentando aparar o que não vai indo bem.
Instabilidade emocional
Tentamos de toda maneira pensar como um grupo, arrumar o que está errado. Mas chega uma hora que é da individualidade. Não dá para entrar na cabeça do Carlos Alberto. A ausência do Ramírez já estava programada, ele não pode enfrentar o Corinthians. Contra o Bahia tínhamos a chance, e tudo aquilo aconteceu (após as expulsões de Emerson Sheik e Ramirez, o Tricolor baiano virou a partida vence por 3 a 2). Talvez estejamos falando de coisas que aconteceram a partir daquele jogo. É preciso ter equilíbrio.
Participação da torcida
A torcida tem feito o papel dela. Fica chateada. Vem ao estádio e não vê o que queria. O apoio deve existir, necessitamos disso. Se fosse uma situação diferente, isso aqui poderia estar um vulcão. Os torcedores nos respeitam sempre. Mesmo com algum descontentamento, sabem que estamos juntos com eles. Vamos lutar sempre para sair dessa situação.
FONTE:
http://glo.bo/1v4i6SQ