se enfrentem na final do Mundial: ‘Amor pela família supera qualquer coisa’
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Um corintiana louca e fiel...ao marido. Faltando menos de uma semana para a estreia no Mundial de Clubes, cerca de 30 milhões de torcedores do Timão ao redor do mundo contam as horas para a partida contra Al Ahly ou Sanfrecce Hiroshima, quarta-feira, em Toyota. Islana Nascimento, por sua vez, é exceção. Justamente nas semanas mais importantes da história do clube do coração, ela tirou férias da condição de torcedora para desempenhar com muito orgulho uma outra função: a de mulher de Ramires. Sendo assim, o preto e branco dá lugar ao azul do Chelsea.- Fã da geração do tetra, Cech afirma: 'Mundial é importante para o Chelsea'
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Garantindo ser daquelas torcedoras que acompanham tudo que acontece com o Corinthians, mesmo morando fora do país há mais de três anos, primeiro em Lisboa e agora em Londres, Islana guarda na memória até mesmo como começou a relação com o Timão. Com viagem marcada para o Japão, a catarinense de Joinville ainda reforçará a Fiel na semifinal do Mundial. Mas caso o esperado encontro com o Chelsea aconteça na decisão, não há dúvidas de por quem o coração baterá mais forte.
- Meu pai me levou a um jogo do Corinthians quando eu tinha 12 anos. Desde aquele momento, não deixei mais de torcer pelo clube. Sou daquelas bem fanáticas mesmo. Acompanho os jogos, sei de tudo... Mas o amor pelo Ramires e pela minha família superam qualquer coisa. Minha torcida por ele vem em primeiro lugar, incondicionalmente. Tomara que as duas equipes se encontrem na final, mas a camisa do Corinthians vai ficar guardada no armário (risos). Vou tirar uma folga de torcedora do Timão por uma causa nobre, depois tudo volta ao normal.
Ramires, o filho Davi e a esposa Islana posam em casa (Foto: Divulgação)
- Minha esposa já foi mais fanática, ficava brava. Hoje, ela é mais tranquila. Mas a situação agora é diferente, já era assim no Brasil, quando eu jogava no Cruzeiro. Ela torce por mim, pelo meu clube. Não vai ser diferente dessa vez.
Ramires apoiou o Timão na Libertadores
Eu torci pelo Corinthians na semi, porque na época todos só falavam que o Santos venceria, ia passar por cima, e lembrei um pouco da nossa partida contra o Barça"
Ramires
- Eu torci pelo Corinthians na semifinal, porque na época todo mundo só falava que o Santos ia vencer, ia passar por cima, e lembrei um pouco da nossa partida contra o Barcelona. Depois, na final, eu não ia torcer para um time argentino, né? Fui brasileiro e Corinthians.
A troca de gentilezas não permitirá nem mesmo que Ramires se divirta provocando a amada em caso de conquista azul no Japão. Lembrando um passado de brincadeiras no início do relacionamento, o camisa 7 dos Blues diz que o momento é de compartilhar as emoções e apoio mútuo.
- Não sei se vai ter provocação (risos). Ela não fica me provocando tanto, de ficar falando as coisas toda hora. Era mais quando eu torcia mais pelo Flamengo e ela pelo Corinthians. Rolava uma provocação maior, mas hoje não tem mais isso. Até por eu ser mais cruzeirense atualmente.
Ramires, David Luiz e Oscar comemoram gol do Chelsea (Foto: AFP)
- Seja em redes sociais ou nas ruas, sempre chega um corintiano e provoca, fala “Vai, Corinthians”. Estamos vivendo isso desde quando eles ganharam a Libertadores. Não tem como não viver. A relação conosco é diferente. Por isso, sempre conversamos que temos que ganhar, que queremos ganhar. Se antes a torcida já está assim, imagina depois. Ou vamos ficar marcados como os carrascos para o resto da vida, ou seremos zoados para sempre (risos). Até a minha família mesmo cobra: “Olha, tem que ganhar do Corinthians”. A maioria lá em casa é Flamengo.
Mundial de 2006: recordação mais forte e lição
Ramires lembra do Mundial em que o Internacional
superou o Barça (Foto: Fellipe Arnold / Divulgação)
superou o Barça (Foto: Fellipe Arnold / Divulgação)
- Nós queremos vencer. Sempre foi o meu sonho, desde molequinho. Quando vi o Inter ganhando do Barcelona, jogava no Joinville, e fiquei pensando se um dia teria essa oportunidade. Hoje eu tenho. Lembro bem de 2006, fiquei bem ligado. O Barcelona tinha o Ronaldinho, era o grande time do momento, ele era o rei do mundo. Parei para assistir e quando o Internacional ganhou foi uma coisa que impressionou, me marcou.
Vice-campeão da Libertadores em 2008, com o Cruzeiro, Ramires citou a força da competição sul-americana para pregar respeito ao Corinthians, e lembrou a própria decisão de 2006 para dizer que espera um compromisso equilibrado em uma hipotética final.
- Sei o quão difícil é a Libertadores. Eu joguei e perdi em casa com o Cruzeiro. O Corinthians é muito forte e não dá para ir pensando: “Ah, vamos chegar lá e ganhar”. É complicado mesmo. Temos que respeitá-los bastante. Muitos diziam que o Barcelona ia atropelar o Inter, e não foi o que aconteceu. É preciso encarar o time deles de igual para igual.
Por fim, o camisa 7 do time inglês apontou os pontos fortes do Timão e mais uma vez comparou o momento dos paulistas com o do Chelsea na trajetória do título europeu.
- O Paulinho é o melhor volante atuando no Brasil. Sempre o admirei. O vejo em campo e lembro um pouco minha época de Cruzeiro. É um jogador muito perigoso, assim como o Emerson é rodado, malandro. É preciso ter cuidado com os contra-ataques. Jogamos dessa forma contra o Barcelona. Esperando e matamos no contragolpe. E esse é um ponto forte deles, essa saída rápida para o ataque.
Caso vençam suas semifinais, Chelsea e Corinthians se enfrentam no dia 16, às 8h45m (de Brasília), em Yokohama. Antes, os brasileiros pegam Al Ahly, do Egito, ou Hiroshima, do Japão, dia 12, enquanto os ingleses fazem no dia seguinte confronto com o vencedor de Ulsan, da Coreia do Sul, e Monterrey, do México.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/mundial-de-clubes/noticia/2012/12/louca-pelo-marido-corintiana-mulher-de-ramires-reforca-torcida-do-chelsea.html