De O Globo, o farol dos piratas:
BRASÍLIA — O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta terça-feira que não viu tentativa de obstrução da Justiça na fala do ex-ministro do Planejamento Romero Jucá. Em conversa divulgada na segunda pelo jornal "Folha de S.Paulo", Jucá sugeriu ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que seria necessário um pacto para "estancar a sangria" representada pela Operação Lava Jato, que investiga ambos. Depois de divulgado o diálogo, Jucá foi exonerado do cargo e reassumiu a cadeira no Senado.
— Não vi isso (tentativa de obstrução da Lava-Jato) — afirmou.
— (Vi) uma certa impropriedade em relação à referência ao Supremo. Sempre vem essa história: 'já falei com os juízes' ou coisa do tipo. Essa referência causa incômodo. Virou um mantra, um enredo que se repete — afirmou, concluindo: — Não há o que suspeitar do tribunal. O tribunal tem agido com muita tranquilidade, com muita seriedade, muita imparcialidade. A mim, me parece que não há nada para mudar o curso (da Lava-Jato).
Apesar de admitir uma relação de proximidade com Jucá, Gilmar negou que tenha sido procurado pelo senador para tratar da Lava-Jato:
— Sou uma pessoa que tenho bom relacionamento com o Jucá desde o governo Fernando Henrique e ele nunca me procurou sobre isso.
(...)
Não deixe de assistir a "uma nuvem densa e cinzenta pousou sobre o Supremo".
O Jucá disse que falou com "alguns" ministros que lhe disseram: se a Dilma nao cair essa porra nao para.
"Essa porra" é a Lava Jato.
Se fosse um ministro só o interlocutor dessa edificante negiociacao, era fácil de descobrir quem foi.
Mas, o Jucá falou em "alguns"...
É um pouco, um pouco mais difícil descobrir que quer acabar com "essa porra".
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PHA