O jornal “Marca”, da Espanha, estampou em sua capa: “The end”. Outro periódico do país, o “As”, colocou em seu site: “Foi bonito enquanto durou”. O tom de despedida das mensagens não faz referência apenas à eliminação precoce da Fúria na Copa do Mundo de 2014. Trata também do fim de uma geração. Mais do que isso: da maior geração que o país já teve no futebol.
Não será um corte radical. O elenco não será devastado. Mas jogadores centrais começam a se despedir. Alguns casos são certos – David Villa e Xavi, por exemplo, não estarão no próximo Mundial, e o atacante já confirmou que nem para a Euro vai. E a presença de outros, dado o insucesso no Brasil, se torna incerta – nomes como Casillas, Sergio Ramos, Piqué, Xabi Alonso, Fernando Torres, até Iniesta. A Espanha terá que se renovar.
E esse processo vem sendo lento. Dos 23 jogadores presentes no Brasil para a Copa, apenas seis não estavam no título de 2010, na África do Sul. Alguns medalhões já começaram a perder espaço durante o Mundial. Villa, titular na última Copa, virou a última opção do ataque agora. Xavi, enorme protagonista nos títulos, foi para a reserva contra o Chile.
O tamanho da renovação é incerto. A próxima grande competição da Fúria é a Eurocopa de 2016. Alguns desses nomes mais experientes ainda podem estar presentes, mas outros não terão a mesma oportunidade.
- Não vejo como um fim. Há jogadores aqui que certamente ainda serão usados pela seleção no futuro – disse o técnico Vicente del Bosque.
O zagueiro Sergio Ramos, um dos principais líderes do elenco, também preferiu rechaçar a ideia de fim de uma geração. Ele tenta dar tom de naturalidade ao fracasso.
- Não posso crer que seja o fim de um ciclo. Confio em todos os jogadores. O futebol é resultado, não deixa de ser um jogo, e chegaria o dia em que seríamos eliminados antes da hora. Aconteceu agora. Vivemos anos históricos, que marcaram época – comentou.
A necessidade de mudança é também tática. A Copa do Mundo deixou a impressão de esgotamento de alternativas para a Espanha. Além disso, ela chegou ao Mundial com um elenco rodado, com média de idade de quase 28 anos, e sua capacidade física foi questionada nas derrotas para Holanda e Chile.
A Fúria se despede da Copa na próxima segunda-feira, contra a Austrália, em Curitiba. O jogo é apenas para cumprir tabela.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecoes/espanha/noticia/2014/06/fracasso-no-brasil-antecipa-mudancas-em-geracao-historica-da-espanha.html
I
niesta e Casillas deixam o gramado após derrota
da Espanha para o Chile (Foto: Getty Images)
E esse processo vem sendo lento. Dos 23 jogadores presentes no Brasil para a Copa, apenas seis não estavam no título de 2010, na África do Sul. Alguns medalhões já começaram a perder espaço durante o Mundial. Villa, titular na última Copa, virou a última opção do ataque agora. Xavi, enorme protagonista nos títulos, foi para a reserva contra o Chile.
O tamanho da renovação é incerto. A próxima grande competição da Fúria é a Eurocopa de 2016. Alguns desses nomes mais experientes ainda podem estar presentes, mas outros não terão a mesma oportunidade.
- Não vejo como um fim. Há jogadores aqui que certamente ainda serão usados pela seleção no futuro – disse o técnico Vicente del Bosque.
Sergio Ramos ao final da partida contra o Chile que
decretou a eliminação da Espanha (Foto: AFP)
- Não posso crer que seja o fim de um ciclo. Confio em todos os jogadores. O futebol é resultado, não deixa de ser um jogo, e chegaria o dia em que seríamos eliminados antes da hora. Aconteceu agora. Vivemos anos históricos, que marcaram época – comentou.
A necessidade de mudança é também tática. A Copa do Mundo deixou a impressão de esgotamento de alternativas para a Espanha. Além disso, ela chegou ao Mundial com um elenco rodado, com média de idade de quase 28 anos, e sua capacidade física foi questionada nas derrotas para Holanda e Chile.
A Fúria se despede da Copa na próxima segunda-feira, contra a Austrália, em Curitiba. O jogo é apenas para cumprir tabela.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecoes/espanha/noticia/2014/06/fracasso-no-brasil-antecipa-mudancas-em-geracao-historica-da-espanha.html