Erika quer medalha após dois quintos lugares em mundiais (Foto: Marcio Rodrigues / FOTOCOM.NET)
Aos 26 anos, Erika Miranda vai para o seu quarto Mundial. Sexta colocada no ranking, a brasiliense, apesar da idade, conta com a experiência para buscar o pódio. Ela, porém, assim como Eleudis Valentim, 20ª do ranking Mundial, não terá vida fácil. Se a campeã olímpica Kum Ae An, da Coreia do Sul, está fora da disputa, estão confirmadas no Mundial as cinco primeiras do ranking mundial: a líder de Kosovo Majlinda Kelmendia, a cubana Yanet Acosta (vice em Londres), a romena Andreea Chitu, a finlandesa Jaana Sundberg e a japonesa Yuki Hashimoto. Na estreia, Erika terá pela frente a vencedora do combate entre Esther Sando, de Zâmbia, e Birgit Ente, da Holanda.
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- Dei uma olhada nas inscritas. A categoria está muito forte. É o meu quarto Mundial e fiz um planejamento para estar em cima do pódio. Não vejo uma adversária como a favorita ou como a mais difícil. Não há um nome específico. Todas são muito difíceis e merecem respeito. Tenho certeza que cada luta será como uma final e é com esse sentimento que chego no Mundial - frisa Erika Miranda, prata no Pan de Guadalajara, no México, em 2011, e ouro nos Jogos Militares e no Pan-Americano deste ano, além da prata no Grand Prix de Judô 2013.
Eleudis Valentim entra como a número 20 do mundo, mas quer surpreender (Foto: Thierry Gozzer)
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Segunda opção da CBJ para o peso até 52kg, Eleudis debuta na segunda maior competição do mundo, atrás apenas das Olimpíadas. Natural de São Paulo, a atleta vê as medalhistas olímpicas na frente, mas não descarta brigar por um pódio dentro de casa. Para isso, cita um exemplo que a motiva. Quando disputou o Mundial Júnior, anos atrás, Eleudis venceu Majlinda Kelmendia, de Kosovo e primeira do ranking mundial.- Sarah leva bronze no primeiro dia
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- Acredito que tenho muitas chances de brigar pelo pódio. Pelos resultados que venho conquistando no ano, e pelo o que consegui no sênior. A atleta de Kosovo é a favorita, é a líder do ranking mundial. Mas eu já a venci em um Mundial Júnior. E quero repetir a dose. Ela é o meu foco. E a torcida, claro, vai ajudar bastante. Gosto de lutar em casa, dá um nervosismo a mais, mas é muito bom - garante Eleudis, que estreia contra a argentina Abi Betsabe Cardozo Madaf.
Chibana conquistou quatro medalhas em eventos internacionais em 2013 (Foto: Thierry Gozzer)
Entre os homens, Charles Chibana, 23, chega como sétimo do ranking mundial. E, apesar de estrear em mundiais, está credenciado pelo título do Grand Slam de Moscou, na Rússia, na categoria até 66kg. Além disso, o torcedor do Corinthians e atleta do Clube Pinheiros é o brasileiro com o maior número de medalhas nas competições internacionais do ano, com quatro pódios: três ouros e uma prata. O adversário da estreia será Rasul Abdusharipov, do Tadjiquistão.
- A expectativa é grande. Estou ansioso pela estreia dentro de casa. E acredito que entro com chances de medalha. Todos treinamos muito, inclusive no clube, e o trabalho vem sendo bem feito e dando resultados em 2013. Encaro com naturalidade o fato de entrar como o brasileiro que mais medalhou no ano. Mostra que estou no caminho certo. Além disso, conto com a torcida para conseguir aquela força a mais em busca do pódio.
Líder do ranking mundial na categoria até 66kg, Tumurkhuleg Davaadorj, da Mongólia, está confirmado na disputa, assim como o campeão olímpico, o georgeano Lasha Shavdatuashvili, e o francês David Larose, segundo do mundo. Para Luiz Revite, de 26 anos, que carrega na bagagem um Mundial por equipes, mas estreia no individual, existem chances de medalha, apesar de sua 11ª colocação no ranking mundial.
- É claro que na teoria os favoritos são os medalhistas olímpicos. Mas estou em um ano muito bom, venci vários atletas de nível. Estou em uma fase crescente na minha carreira e não me vejo como azarão. Vou brigar por medalha. O georgeano (Lasha Shavdatuashvili) está inscrito, é o atual campeão olímpico, mas com a torcida a favor e o Maracanãzinho lotado, tudo pode acontecer - finaliza o judoca brasileiro, que encara na primeira luta o sul-coreano Jun-Ho Cho.
Luis Revite (esq), sabe que não terá vida fácil e mira campeão olímpico georgeano (Foto: Thierry Gozzer)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/judo/noticia/2013/08/erika-estreia-no-mundial-e-acredita-em-podio-cada-luta-sera-como-uma-final.html