A décima colocação ficou distante da meta da seleção masculina de polo aquático para o Mundial de Kazan. Após um inédito bronze na Liga Mundial deste ano e a medalha de prata no Pan de Toronto, o time desembarcou na Rússia sonhando em subir mais uma vez ao pódio. Mas a campanha terminou com apenas uma vitória em seis jogos. Na última partida do Brasil na competição, nesta quinta-feira, valendo o nono lugar, empataram em 7 a 7 com o Canadá no tempo normal, mas acabaram derrotados nos pênaltis (5 a 3).
Após se enfrentarem duas vezes nos últimos meses - vitória brasileira no Pan e do Canadá pela primeira fase do Mundial -, as duas seleções fizeram um duelo pegado, com faltas duras e provocação. Nos pênaltis, Guilherme Gomes teve a primeira cobrança defendida pelo goleiro canadense e não gostou quando o adversário fez sinal de não com a mão, deixando o clima ainda mais quente. Após a partida, houve até um pequeno bate-boca entre membros das duas comissões na arquibancada.
- É rivalidade. A gente ganhou deles no Pan-Americano na casa deles. Tiramos eles da briga pela vaga olímpica lá. Então eles vieram mordidos. Foram com vontade. Até que fizemos um jogo bom, conseguimos ficar na frente, mas foi para os pênaltis e pênaltis é loteria - afirmou o goleiro Vinícius.
Sem conseguir pegar nenhuma das cinco cobranças na disputa dos pênaltis, o goleiro brasileiro também lamentou a ausência Thyê Mattos. O reserva da posição voltou ao Brasil pouco antes do início do Mundial por conta da acusação de abuso sexual pela polícia do Canadá durante os Jogos Pan-americanos. Normalmente, era Thyê quem assumia o posto em decisões por pênaltis. Foi assim na conquista do inédito bronze contra os Estados Unidos, na Liga Mundial deste ano.
- O Thyê é maior. Então, quando vai para os pênaltis, ele entra. Até porque eu já agarrei o jogo inteiro, ele vem descansado do banco. Fica com a reação melhor. A gente estava em uma pareceria muito boa. Foi uma peça a menos que tivemos aqui, complicou um pouco, mas bola para a frente - concluiu Vinícius.
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Apesar do rendimento abaixo do esperado, o décimo lugar em Kazan foi o melhor da seleção masculina na história em Mundiais, superando a 12ª colocação de 1998. O Brasil iniciou a campanha na Rússia empatando com a China (9 a 9). Na sequência, derrotas para os campeões olímpicos da Croácia (10 a 9) e para os mesmos canadenses, algozes desta quinta (10 a 6). Ainda assim, os brasileiros foram às oitavas de final, onde sofreram mais uma derrota, para os Estados Unidos (7 a 3). Já sem chances de medalha, tiveram a única vitória da competição contra a África do Sul (16 a 5), jogo que classificou o time para a disputa do nono lugar.
- O nosso objetivo, o sonho, era grande. Ficar entre os oito, buscar uma medalha. Mas é muito difícil. São países com muita tradição. Acho que o saldo do ano é muito positivo. Esse 10º lugar é o melhor resultado do polo aquático brasileiro. Agora, a gente sabe que se não estiver muito, muito bem, é difícil entrar nesse grupo dos melhores do mundo - avaliou o capitão do time, Felipe Perrone.
O Jogo
O primeiro quarto começou bastante equilibrado, com as duas defesas levando a melhor sobre os ataques. O Brasil teve duas boas oportunidades de gol, mas foram os canadenses que abriram o placar, a três minutos do fim, com Kudaba. Em uma boa movimentação ofensiva, os brasileiros empataram rapidamente na sequência, com o capitão Felipe Perrone. Com o jogo pegado, os canadenses voltaram a marcar em cobrança de pênalti de John Conway, mas Grummy tratou deixar tudo igual antes do fim do período.
Na volta para o segundo quarto, o Brasil teve a chance de passar à frente logo no início, com Felipe Silva, mas ele parou no goleiro do Canadá, que aproveitou e, no ataque seguinte abriu 3 a 2 com mais um de Kudaba. Os brasileiros continuaram a perseguição. Em mais um ataque de boa movimentação, o croata naturalizado Josip Vrlic empatou novamente e partida foi para o intervalo com o placar de 3 a 3.
No primeiro minuto do terceiro quarto, a defesa brasileira cochilou e John Conaway fez mais um para os canadenses. O Brasil empatou pela quarta vez, com Adrian Delgado, e então Vrlic conseguiu mudar o roteiro. Em um contra-ataque, colocou o Brasil pela primeira vez na liderança: 5 a 4. Com duas boas defesas, Vinícius manteve a seleção brasileira na frente, e Adrian ampliou a vantagem. Mas o Canadá descontou no último segundo da parcial, em outra bobeada dos brasileiros: 6 a 5.
No último período, os canadenses começaram pressionando e empataram com Constantin, mas Adrian Delgado marcou seu terceiro no jogo e manteve o Brasil na frente. Na sequência, Felipe Silva foi punido com uma exclusão, aproveitada pelos canadenses, que no seis contra cinco, deixaram tudo igual: 7 a 7. Nos últimos segundos, Perrone ainda teve a chance de garantir a vitória, mas parou na trave.
Nas cobranças dos pênaltis, Guilherme Gomes perdeu logo a primeira pelo lado brasileiro. O goleiro canadense provocou e o brasileiro arremessou a bola contra ele, deixando o clima tenso na piscina. O desentendimento não foi adiante e, apesar de Grummy, Bernardo Gomes e Perrone terem convertido na sequência para o Brasil, os canadense foram impecáveis, acertando todo os cinco chutes e ficando com a vitória.
Brasil e Canadá fizeram um jogo muito
equilibrado (Foto: Satiro Sodré/SMPRESS)
Após se enfrentarem duas vezes nos últimos meses - vitória brasileira no Pan e do Canadá pela primeira fase do Mundial -, as duas seleções fizeram um duelo pegado, com faltas duras e provocação. Nos pênaltis, Guilherme Gomes teve a primeira cobrança defendida pelo goleiro canadense e não gostou quando o adversário fez sinal de não com a mão, deixando o clima ainda mais quente. Após a partida, houve até um pequeno bate-boca entre membros das duas comissões na arquibancada.
- É rivalidade. A gente ganhou deles no Pan-Americano na casa deles. Tiramos eles da briga pela vaga olímpica lá. Então eles vieram mordidos. Foram com vontade. Até que fizemos um jogo bom, conseguimos ficar na frente, mas foi para os pênaltis e pênaltis é loteria - afirmou o goleiro Vinícius.
Goleiro Vinícius em ação contra o Canadá no Mundial de Kazan (Foto: Satiro Sodré / SSPress)
- O Thyê é maior. Então, quando vai para os pênaltis, ele entra. Até porque eu já agarrei o jogo inteiro, ele vem descansado do banco. Fica com a reação melhor. A gente estava em uma pareceria muito boa. Foi uma peça a menos que tivemos aqui, complicou um pouco, mas bola para a frente - concluiu Vinícius.
Mais do Mundial Técnico lembra atual fase de Cielo: "Vai ser pai, é uma situação nova"Por diferença de "uma unha", França termina fora do pódio nos 50m
"Como o foco é em 2016, optamos por cortá-lo", diz médico sobre Cielo
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Apesar do rendimento abaixo do esperado, o décimo lugar em Kazan foi o melhor da seleção masculina na história em Mundiais, superando a 12ª colocação de 1998. O Brasil iniciou a campanha na Rússia empatando com a China (9 a 9). Na sequência, derrotas para os campeões olímpicos da Croácia (10 a 9) e para os mesmos canadenses, algozes desta quinta (10 a 6). Ainda assim, os brasileiros foram às oitavas de final, onde sofreram mais uma derrota, para os Estados Unidos (7 a 3). Já sem chances de medalha, tiveram a única vitória da competição contra a África do Sul (16 a 5), jogo que classificou o time para a disputa do nono lugar.
- O nosso objetivo, o sonho, era grande. Ficar entre os oito, buscar uma medalha. Mas é muito difícil. São países com muita tradição. Acho que o saldo do ano é muito positivo. Esse 10º lugar é o melhor resultado do polo aquático brasileiro. Agora, a gente sabe que se não estiver muito, muito bem, é difícil entrar nesse grupo dos melhores do mundo - avaliou o capitão do time, Felipe Perrone.
Para Perrone, saldo do Mundial de Kazan foi
bastante positivo (Foto: Satiro Sodré / SSPress)
O Jogo
O primeiro quarto começou bastante equilibrado, com as duas defesas levando a melhor sobre os ataques. O Brasil teve duas boas oportunidades de gol, mas foram os canadenses que abriram o placar, a três minutos do fim, com Kudaba. Em uma boa movimentação ofensiva, os brasileiros empataram rapidamente na sequência, com o capitão Felipe Perrone. Com o jogo pegado, os canadenses voltaram a marcar em cobrança de pênalti de John Conway, mas Grummy tratou deixar tudo igual antes do fim do período.
Adrian Delgado foi o artilheiro da partida, com três gols (Foto: Satiro Sodré / SSPress)
No primeiro minuto do terceiro quarto, a defesa brasileira cochilou e John Conaway fez mais um para os canadenses. O Brasil empatou pela quarta vez, com Adrian Delgado, e então Vrlic conseguiu mudar o roteiro. Em um contra-ataque, colocou o Brasil pela primeira vez na liderança: 5 a 4. Com duas boas defesas, Vinícius manteve a seleção brasileira na frente, e Adrian ampliou a vantagem. Mas o Canadá descontou no último segundo da parcial, em outra bobeada dos brasileiros: 6 a 5.
No último período, os canadenses começaram pressionando e empataram com Constantin, mas Adrian Delgado marcou seu terceiro no jogo e manteve o Brasil na frente. Na sequência, Felipe Silva foi punido com uma exclusão, aproveitada pelos canadenses, que no seis contra cinco, deixaram tudo igual: 7 a 7. Nos últimos segundos, Perrone ainda teve a chance de garantir a vitória, mas parou na trave.
Nas cobranças dos pênaltis, Guilherme Gomes perdeu logo a primeira pelo lado brasileiro. O goleiro canadense provocou e o brasileiro arremessou a bola contra ele, deixando o clima tenso na piscina. O desentendimento não foi adiante e, apesar de Grummy, Bernardo Gomes e Perrone terem convertido na sequência para o Brasil, os canadense foram impecáveis, acertando todo os cinco chutes e ficando com a vitória.
Brasil e Canadá fizeram jogo quente na disputa
pelo nono lugar (Foto: Satiro Sodré / SSPress)
FONTE;
http://globoesporte.globo.com/polo-aquatico
/noticia/2015/08/em-jogo-quente-brasil-perde
-para-o-canada-nos-penaltis-e-termina-em
-10.html