Deivid critica falta de ambição do Cruzeiro no Horto e vê mérito em eficiência do América
Com revés, time celeste é obrigado a vencer por dois ou mais gols de diferença
Gustavo Andrade /Superesportes
Até enfrentar o América neste sábado, o Cruzeiro acumulava nove jogos de invencibilidade. Dono da melhor campanha na fase inicial do Campeonato Mineiro, o time celeste agora se vê obrigado a derrotar o Coelho por pelo menos dois gols de diferença, para não cair nas semifinais. Ao analisar a derrota por 2 a 0, neste sábado, no primeiro jogo do duelo decisivo pelo Estadual, o técnico Deivid apontou méritos do rival em sua eficiência.
“Faltou ter mais ambição. Na hora de fazer o gol, tenho de dar os parabéns ao América por ter feito dois gols e vencido a partida. Futebol se resume em gol, e o América fez dois”, disse. “Você tem de ver onde perdeu, para consertar. Não adianta ficar lamentando. Já acabou. Ninguém é culpado. Todos estamos no mesmo processo. Não adianta falar. Vai ganhar jogando. Tivemos controle do jogo. Temos o segundo jogo, e temos de reverter”, acrescentou.
Saiba mais
Para o treinador cruzeirense, a superioridade do América deve ser atribuída ao placar do jogo, mas não ao comportamento das equipes em campo. “O melhor é em cima do resultado. Não vejo esse melhor do América. O América foi mais eficiente no contra-ataque. Jogou o tempo todo do meio para trás, conseguiu se defender bem, roubou a bola e fez o gol. Tenho de ver onde erramos, para tirar essa vantagem. Vou receber críticas. Estou há 18 anos no futebol. Não adianta ficar falando aqui. Temos de procurar onde erramos, para fazer um jogo perfeito no Mineirão”, analisou.
Vitorioso no Independência, o América pode até perder por um gol de diferença no Mineirão para alcançar uma vaga na final do Campeonato Mineiro. Os dois times se reencontrarão no próximo domingo, às 16h, no Mineirão.
Nova falha em bola parada
Neste sábado, o Cruzeiro dominou a posse de bola no primeiro tempo, mas teve dificuldades para criar chances de gol. Nos minutos finais, o zagueiro Adalberto aproveitou indecisão da defesa do time celeste e abriu o placar. Já na etapa final, o Coelho conseguiu equilibrar as ações e marcar novamente, com o atacante Victor Rangel.
Em sua avaliação, Deivid apontou domínio do Cruzeiro também na etapa final. “No segundo tempo, tivemos mais controle que o América. É só ver o gol. O América jogou do meio para trás. Não vi esse baile todo do América. O América conseguiu vencer por méritos. Perdemos a posse de bola, e o América fez o segundo gol. Baile, para mim, é o time jogar no campo do adversário, e o adversário não passar do meio de campo. Esse baile, eu não vi”, disse o treinador, que lamentou a forma como o América abriu o placar.
“Começamos bem a partida, conseguimos controlar o jogo, mas tomamos um gol aos 42 minutos. Não podíamos tomar. Tomamos mais uma vez gol de bola parada. Ela não termina no primeiro lance. Temos de acompanhar até tirar da área. Agora é ter tranquilidade, esfriar a cabeça, ver onde erramos, para domingo poder reverter”, acrescentou.
Portões fechados
Durante a preparação para o jogo contra o América, Deivid impediu o acesso da imprensa a todos os treinamentos táticos. Após a derrota no Independência, ele minimizou o efeito de ter comandado atividades com os portões da Toca da Raposa II fechados.
“Já perdi vários títulos por portão fechado ou aberto. Isso não tem nada a ver. Isso é futebol. Não quer dizer que foi por ter fechado o portão que ganhei do Atlético. A mesma estratégia, eu fiz. Dominamos o jogo todo, o América foi lá duas vezes e fez os gols. Vamos trabalhar, para tentar resolver em casa”, observou.
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