Gabriel Medina durante o WCT de Teahupoo (Foto: Kirstin Scholtz/ASP)
- É incrível viver tudo isso, estou num momento mágico. Mas procuro sempre manter os pés no chão, porque não tem nada ganho – afirmou o brasileiro que viajou do Taiti diretamente para a Califórnia depois de ser campeão em Teahupoo para se preparar melhor para a etapa de Trestles, que tem início previsto para esta terça-feira.
Faltando quatro etapas para o fim da temporada, Medina afirma que "precisa ficar ligado" com muitos rivais perigosos. Por isso, mantém a política de "evitar as tentações" e não tem a atenção desviada nem mesmo pelo assédio feminino. Que naturalmente aumentou ainda mais nesta temporada.
- Difícil mesmo é resistir! Mas faz parte. Tenho que me poupar agora e me concentrar neste momento para nas férias poder curtir.
O <b>GloboEsporte.com</b> conversou com o surfista brasileiro, que a partir de terça-feira entrar no mar para defender a liderança do ranking mundial.
Globoesporte.com: Você tem noção da repercussão que o título em Teahupoo teve aqui no Brasil?
Gabriel Medina - Como não voltei ao Brasil, não tive a real noção. Mas sei que repercutiu muito no Brasil. Que bom, o surfe precisa disso.
Faltando 30s para acabar a bateria, o Kelly Slater consegue uma onda. O que passou pela sua cabeça naquele momento?
- Xi... dei mole! Na espera das notas, fiquei aguardando o pior já. Mas graças a Deus deu tudo certo.
Kelly Slater é hexacampeão em Trestles. Você, apesar de já ter vencido um WQS lá, ainda não conseguiu um grande resultado neste pico pelo WCT. Como mudar a história nesse ano?- Vou continuar fazendo meu trabalho. Cheguei bem antes aqui na Califórnia para ir treinando e tentar fazer um bom resultado.
Gabriel Medina comemora o título
conquistado em Teahupoo
(Foto: Divulgação / ASP)
Você considera que o Kelly Slater é o seu maior rival na briga pelo título ou acha que nomes como Joel Parkinson, Mick Fanning e Taj Burrow ainda estão na briga?- Cara, todos são muito perigosos! Preciso ficar ligado. Temos 40 mil pontos em jogo ainda e muita coisa pode mudar.
Como você analisa as quatro últimas etapas? Onde você acha que pode ter mais facilidade e qual você considera a mais difícil?- Acho que na Europa tenho chances de fazer melhores resultados, porque já tive resultados bons no passado tanto na França como em Portugal. E Pipeline é sempre difícil.
Você chegou cedo à Califórnia. Como foi sua programação até a competição e como isso pode te ajudar a ter um bom desempenho na etapa? Como é a estrutura que você tem aí?- Bom treinar todos os dias, procurar pegar diferentes tipos de ondas no pico e continuar minha concentração. Hoje estou em hotel e tenho todo suporte dos meus patrocinadores, com pranchas, carros, acessórios e roupas. Enfim, está tudo certo.
Você tem uma legião de fãs, patrocinadores importantes e um incrível talento. Tudo isso com 20 anos. E já ganhou algumas vezes do Pelé de sua modalidade, Kelly Slater. Como você vem lidando com todo esse glamour? - É incrível viver tudo isso, estou num momento mágico. Mas procuro sempre manter os pés no chão, porque não tem nada ganho!
Você consegue se comunicar muito bem com os fãs pelas redes sociais. Como é essa troca de energia?
- É muito bom receber o carinho de todos. Acho que isso me passa uma energia boa e me deixa mais confiante.
Você já disse que está tentando "evitar as tentações" e se concentrar mais, principalmente durante as etapas. Mas o assédio feminino sempre é grande. É difícil fugir da mulherada? - Difícil mesmo é resistir! Mas faz parte. Tenho que me poupar agora e me concentrar neste momento para nas férias poder curtir.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/radicais/surfe/noticia/2014/09/de-olho-no-titulo-medina-mantem-foco-e-foge-do-assedio-dificil-e-resistir.html