- A SEMANA DE BACH NO RIO
Depois de uma semana de visitas a obras e reuniões relacionadas aos preparativos dos Jogos Rio 2016, dentre outras atividades, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, teve um último compromisso na cidade olímpica. Neste domingo, ele compareceu à arena montada na praia de Copacabana para acompanhar as finais masculina e feminina do desafio Melhores do Mundo de vôlei de praia. Ao lado do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, o dirigente ficou na área VIP. Sob o forte calor de 35°C, ele deixou o terno de lado e apareceu de boné e camisa de manga curta ao local, onde serão disputadas as partidas da modalidade nas Olimpíadas. Além de Nuzman, o ex-jogador de vôlei Bernard Rajzman, que é membro do COI, esteve ao lado do dirigente. Marcus Vinicius Freire, superintendente do COB, também compareceu à área VIP.
- Isso aqui está ótimo. É a atmosfera brasileira e o que a gente espera para o próximo ano, para os Jogos. Esse será o espírito olímpico do Brasil. É o melhor lugar que você pode imaginar. Copacabana e o vôlei de praia são a mesma coisa. Todo o mundo vai olhar para Copacabana, para o Rio e para o Brasil - disse Bach.
Thomas Bach, presidente do COI, no desafio
Melhores do Mundo de Vôlei de Praia, na
praia de Copacabana, no Rio de Janeiro
(Foto: Gabriel Fricke)
Nas Olimpíadas, algumas partidas do vôlei de praia vão começar à meia-noite. A decisão foi tomada em dezembro do ano passado durante a 127ª assembleia do Comitê Olímpico Internacional (COI), em Mônaco. O objetivo é acomodar a transmissão da modalidade na TV americana detentora dos direitos de transmissão dos Jogos. Durante os Jogos, o horário de Brasília estará uma hora à frente em relação ao da costa leste dos Estados Unidos.
Desde quinta-feira, o evento colocou frente a frente as melhores duplas de Brasil e Estados Unidos. Por conta do sistema de pontos do torneio, o país garantiu de forma antecipada o título do desafio, considerado pelos atletas uma prévia dos Jogos Olímpicos, com a vitória de Bruno Schmidt e Thiago na disputa do terceiro lugar contra Casey Patterson e Jake Gibb, no sábado. Únicas atletas invictas na competição, Larissa e Talita encaram Jennifer Fopma e Summer Ross na decisão do feminino. Entre os homens, Pedro Solberg e Evandro lutam pelo ouro contra Tri Bourne e John Hyden.
A SEMANA DE BACH NO RIo
A semana de Thomas Bach no Rio de Janeiro foi bastante movimentada. Antes do desafio de vôlei de praia neste domingo, o presidente do Comitê Olímpico Internacional voltou aos tempos de esgrimista no sábado. Campeão olímpico por equipes nos Jogos de Montreal 1976, Thomas Bach fez uma demonstração do florete para crianças de um projeto social no Club Municipal, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. Depois disso, deu coletiva em um hotel na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Do lado de fora do hotel, ativistas ecológicos protestaram contra as obras do campo de golfe e o corte de 300 árvores na Marina da Glória. Uma mulher chegou a invadir o lobby do hotel aos berros dizendo que a reserva de Marapendi, na Barra da Tijuca, havia sido devastada para as obras do campo de golfe. Durante a saída, Mark Adams, diretor de comunicações do COI, disse que integrantes da entidade receberam os ativistas conversar. Bach afirmou que deixaria a cidade-sede "inspirado", mas que não há tempo a perder.
Thomas Bach deu uma demonstração de
esgrima no sábado (Foto: Divulgação/IOC)
Antes disso, na quinta-feira, ele foi à sede do Comitê Rio 2016 para uma conversa com mais de 100 universitários no Rio de Janeiro. No evento, o mandatário foi questionado sobre o posicionamento diante de eventuais casos de racismo ou preconceito e mostrou repúdio a esse tipo de situação. Ele lembrou o caso dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi 2014, quando o COI teve que lidar com a polêmica lei antigay da Rússia antes do evento.
Logo no início da estada no Rio, ele teve uma reunião com membros do COI e da organização dos Jogos de 2016. No encontro na segunda-feira, Bach comentou o progresso da preparação brasileira após algumas críticas internacionais em abril do ano passado, assim como tópicos específicos sobre o legado para a cidade, como a despoluição da Baía de Guanabara e obras no metrô.
FONTE:
http://glo.bo/1E5XcFS