Quando pisou no solo para o início de sua apresentação, Daiane dos Santos carregava nas costas o peso de outras cinco ginastas. Mais experiente do conjunto brasileiro ao lado de Daniele Hypolito, a gaúcha entrou com a pressão de conseguir uma boa nota na primeira subdivisão da disputa por equipes dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Dois passos em falso e uma queda tornaram o sonho de um pódio mais complicado. Mas a falha não foi individual. Com uma apresentação repleta de erros, a equipe de ginástica artística terminou em quinto lugar. Foi a primeira vez que o Brasil ficou fora do pódio desde os Jogos de 1995, em Mar del Plata, na Argentina. O ouro foi para as americanas, enquanto a prata ficou com as canadenses. O México, no impulso de sua torcida, que lotou o ginásio, levou o bronze.
Depois de ficar atrás do Canadá na primeira subdivisão, o Brasil precisava secar as rivais. Nem mesmo as duas quedas da campeã olímpica Shawn Johnson na trave adiantaram. As americanas, favoritas desde o princípio, levaram o ouro com sobras, com 219.750 pontos. E pior. Daiane e companhia ainda viram mexicanas (214.325) e colombianas (209.825) superarem sua pontuação e empurrarem a equipe para o quinto lugar, com 209.805.
A esperança, agora, vai para as finais individuais. Daniele estará na disputa geral, no salto e no solo. Adrian Nunes estará apenas no salto, Bruna Leal, na geral, e Priscila, nas traves. Daiane não se classificou para nenhuma prova decisiva. Nesta terça, é a vez dos homens tentarem por equipe
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- Não estou frustrada, estou chateada. Na verdade, não estou acreditando que eu errei o (movimento) duplo grupado. Mas, ali, não tinha o que fazer. Só se eu fosse mágica. Se fosse uma disputa individual, eu estaria menos chateada. Sabia que as meninas precisavam de mim. Era impossível não ficar atrás delas (canadenses), com tantas quedas – lamentou Daiane, pouco depois de deixar a disputa.
Outra referência da equipe, Daniele Hypolito, que contou com a torcida do irmão, Diego, no ginásio, também lamentou os erros da equipe na estreia na competição. A ginasta, com uma queda na trave, afirmou que o cansaço pela maratona da equipe pesou.
- Não foi o solo que eu queria fazer. Foi um solo bonito, mas ainda foi longe do que eu queria. Mas também tenho que ver que estou com 27 anos, acabamos de voltar do Mundial, agora o Pan. Não é fácil. Tive minhas falhas, não sou perfeita, quem me dera ser. Mas tenho que entender meu corpo também.
Estreante da equipe e chamada às pressas para substituir Jade Barbosa, Gabriela Soares se disse satisfeita com a primeira exibição, apesar dos erros.
- Não foi o esperado, mas está todo mundo de parabéns. Eu não esperava vir para cá. Mas acho que fiquei mais nervosa ontem do que hoje – disse Gabriela.
Brasileiras começam bem no salto
E coube à própria novata abrir a participação brasileira no Pan. E o início foi promissor. Gabriela não sentiu a pressão e, com boa técnica, conseguiu bom somatório no salto sobre a mesa. Com Priscila Cobello fora do primeiro aparelho, Adrian Nunes, Daiane dos Santos e Bruna Leal brilharam na sequência e deixaram o Brasil na liderança da subdivisão após a primeira rotatória.
No segundo aparelho, as barras assimétricas, Daiane abriu as exibições brasileiras. A ginasta do Pinheiros voltou a ir bem, assim como Daniele Hypolito. Um erro de Priscila, porém, tirou alguns pontos do somatório geral da equipe. Ainda assim, o Brasil seguia com as melhores notas na classificação.
Foi Priscila quem abriu o caminho para o Brasil na trave, arrancando aplausos da torcida. Na sequência, Adrian perdeu pontos ao pisar em falso e cair, assim como Daniele. As principais rivais, porém, também cometiam erros, como a canadense Kristina Vaculik, que falhou nas barras assimétricas. Com Daiane fora do aparelho, Gabriela encerrou as exibições do Brasil, que se manteve à frente no somatório, mas com uma disputa a mais do que o Canadá.
Daiane cai no solo, e Brasil se complica
No solo, última disputa brasileira, Priscila cometeu poucos erros e arrancou uma boa nota dos juízes. Em seguida, Bruna, única da equipe sem quedas nos aparelhos, encerrou sua apresentação sob aplausos da torcida.
Ao som de um tango argentino, Adrian começou bem, com boas manobras e precisão nos movimentos, mas uma queda tirou pontos preciosos. Na sequência, Daiane começou bem. O mix de músicas latinas empolgaram no início, mas em sua terceira manobra, um duplo grupado, foi ao chão. Daniele fechou a exibição brasileira com uma apresentação regular.
De folga na última rodada, as brasileiras viram as canadenses brilharem no solo. Com quase 3.500 pontos de vantagem, as rivais desbancaram o país da liderança. A torcida contra as rivais da segunda subdivisão também não deu certo. As americanas confirmaram o favoritismo, apesar de duas quedas de Shawn Johnson na trave. Já o México foi no embalo da torcida e ficou com o bronze para si. Depois de 16 anos, o Brasil estava fora do pódio.
FONTE
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/com-quedas-de-daiane-e-daniele-brasil-precisa-secar-rivais-por-podio.html
Depois de ficar atrás do Canadá na primeira subdivisão, o Brasil precisava secar as rivais. Nem mesmo as duas quedas da campeã olímpica Shawn Johnson na trave adiantaram. As americanas, favoritas desde o princípio, levaram o ouro com sobras, com 219.750 pontos. E pior. Daiane e companhia ainda viram mexicanas (214.325) e colombianas (209.825) superarem sua pontuação e empurrarem a equipe para o quinto lugar, com 209.805.
A esperança, agora, vai para as finais individuais. Daniele estará na disputa geral, no salto e no solo. Adrian Nunes estará apenas no salto, Bruna Leal, na geral, e Priscila, nas traves. Daiane não se classificou para nenhuma prova decisiva. Nesta terça, é a vez dos homens tentarem por equipe
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Daiane dos Santos cai no solo durante apresentação (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)
Outra referência da equipe, Daniele Hypolito, que contou com a torcida do irmão, Diego, no ginásio, também lamentou os erros da equipe na estreia na competição. A ginasta, com uma queda na trave, afirmou que o cansaço pela maratona da equipe pesou.
- Não foi o solo que eu queria fazer. Foi um solo bonito, mas ainda foi longe do que eu queria. Mas também tenho que ver que estou com 27 anos, acabamos de voltar do Mundial, agora o Pan. Não é fácil. Tive minhas falhas, não sou perfeita, quem me dera ser. Mas tenho que entender meu corpo também.
Estreante da equipe e chamada às pressas para substituir Jade Barbosa, Gabriela Soares se disse satisfeita com a primeira exibição, apesar dos erros.
- Não foi o esperado, mas está todo mundo de parabéns. Eu não esperava vir para cá. Mas acho que fiquei mais nervosa ontem do que hoje – disse Gabriela.
Daniele durante sua exibição no solo em
Guadalajara (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)
Guadalajara (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)
E coube à própria novata abrir a participação brasileira no Pan. E o início foi promissor. Gabriela não sentiu a pressão e, com boa técnica, conseguiu bom somatório no salto sobre a mesa. Com Priscila Cobello fora do primeiro aparelho, Adrian Nunes, Daiane dos Santos e Bruna Leal brilharam na sequência e deixaram o Brasil na liderança da subdivisão após a primeira rotatória.
No segundo aparelho, as barras assimétricas, Daiane abriu as exibições brasileiras. A ginasta do Pinheiros voltou a ir bem, assim como Daniele Hypolito. Um erro de Priscila, porém, tirou alguns pontos do somatório geral da equipe. Ainda assim, o Brasil seguia com as melhores notas na classificação.
Foi Priscila quem abriu o caminho para o Brasil na trave, arrancando aplausos da torcida. Na sequência, Adrian perdeu pontos ao pisar em falso e cair, assim como Daniele. As principais rivais, porém, também cometiam erros, como a canadense Kristina Vaculik, que falhou nas barras assimétricas. Com Daiane fora do aparelho, Gabriela encerrou as exibições do Brasil, que se manteve à frente no somatório, mas com uma disputa a mais do que o Canadá.
Daiane cai no solo, e Brasil se complica
No solo, última disputa brasileira, Priscila cometeu poucos erros e arrancou uma boa nota dos juízes. Em seguida, Bruna, única da equipe sem quedas nos aparelhos, encerrou sua apresentação sob aplausos da torcida.
Ao som de um tango argentino, Adrian começou bem, com boas manobras e precisão nos movimentos, mas uma queda tirou pontos preciosos. Na sequência, Daiane começou bem. O mix de músicas latinas empolgaram no início, mas em sua terceira manobra, um duplo grupado, foi ao chão. Daniele fechou a exibição brasileira com uma apresentação regular.
De folga na última rodada, as brasileiras viram as canadenses brilharem no solo. Com quase 3.500 pontos de vantagem, as rivais desbancaram o país da liderança. A torcida contra as rivais da segunda subdivisão também não deu certo. As americanas confirmaram o favoritismo, apesar de duas quedas de Shawn Johnson na trave. Já o México foi no embalo da torcida e ficou com o bronze para si. Depois de 16 anos, o Brasil estava fora do pódio.
FONTE
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/com-quedas-de-daiane-e-daniele-brasil-precisa-secar-rivais-por-podio.html