No Pacaembu, Raposa joga melhor, cria chances, mas não consegue sair do zero com um Corinthians que, em crise, já não vence há seis jogos
A CRÔNICA
por Leandro Canônico
O Cruzeiro queria ter disparado ainda mais na liderança. E disparou um pouquinho. O Corinthians queria estancar a crise. Mas não estancou. O empate sem gols entre paulistas e mineiros neste domingo, no estádio do Pacaembu, pela 23ª rodada do Brasileirão, teve efeitos bem diferentes para os dois lados. Bom para a Raposa, péssimo para o Timão.
Agora há seis jogos sem vencer (dois empates e quatro derrotas) e com 31 pontos, a equipe do técnico Tite segue sem se encontrar. E o ataque, sem marcar. Nesse período em que reencontrou a crise, o Corinthians fez apenas um gol, na derrota para o Goiás. Passou em branco contra Inter, Náutico, Botafogo, Ponte e novamente neste domingo, contra o Cruzeiro.
Na quarta-feira, o Corinthians dá um tempo no Campeonato Brasileiro e recebe o Grêmio, no Pacaembu, pela partida de ida das quartas de final da Copa do Brasil. No fim de semana, pelo Brasileirão, encara a Portuguesa, domingo, às 16h. No mesmo dia, só que às 18h30, o Cruzeiro visita o Internacional.
Raposa para em Cássio
Dono do melhor ataque do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro mostrou logo de cara como conquistou esse status. Destemido, o time de Belo Horizonte foi para cima do Corinthians, na tentativa de testar a melhor defesa da competição. Apostando na linha de impedimento, a zaga alvinegra falhou. Mas Cássio salvou.
O goleiro do Timão foi o melhor em campo no primeiro tempo, como já havia sido no meio de semana, na derrota por 2 a 0 para a Ponte Preta. Muito exigido, Cássio fez importantes defesa. Uma em cabeçada à queima-roupa de Nilton, outra em chute de Willian quase da pequena área e também em arremate de Egídio.
Do outro lado, porém, Fábio não teve trabalho. Não mesmo. O Corinthians não fez nada, absolutamente nada, para criar perigo ao Cruzeiro. Mesmo com dois meias de criação em campo (Douglas e Danilo), o Timão manteve a apatia das últimas rodadas, errou muitos passes e pouco finalizou (apenas três vezes). Pato, artilheiro do time com sete gols, estava no banco. E Romarinho e Sheik não conseguiam segurar a bola no ataque.
Mais entrosado e embalado pela liderança isolada do Brasileirão, o Cruzeiro tentou de todas as maneiras furar o bloqueio feito por Cássio. Mas não conseguiu. Com 57% de posse de bola no primeiro tempo, a Raposa foi muito superior aos donos da casa. Faltou o gol para coroar a boa atuação cruzeirense.
Poderia até ter tido uma chance mais clara se o árbitro tivesse visto pênalti de Gil em Borges. Mas nada foi marcado no lance em que o zagueiro acertou o atacante na área.
Timão acorda, mas nem tanto...
A postura do Corinthians no início do segundo tempo foi bem diferente. Ainda que um pouco desorganizado, mas com mais agressividade, os donos da casa por pouco não abriram o placar aos cinco minutos. Igor fez ótima jogada pela esquerda e cruzou para Emerson Sheik, sozinho na pequena área, cabecear por cima do gol.
Com mais vontade, o Timão pressionou, relembrando um passado não muito distante, quando colocava medo em seus adversários no Pacaembu. Douglas, por exemplo, arriscou de fora da área, aos 12 minutos, e obrigou Fábio a executar linda defesa. Em pouco tempo, aliás, o goleiro trabalhou mais do que na etapa inicial.
Sem se importar muito com a pressão alvinegra, o Cruzeiro não abandonou o estilo ofensivo. Até por isso abriu mais espaços para o Corinthians. Mas o Timão não conseguia aproveitar. Principalmente por conta dos seguidos erros de passe dos seus armadores. A bola não chegava ao ataque para finalização.
Tite, então, colocou Pato em campo no lugar de Emerson. Mas a primeira impressão não foi boa. Logo de cara, o atacante pisou na bola e caiu no gramado. Pouco depois, ele deu lindo corte em Bruno Rodrigo e bateu da entrada da área, mas o chute saiu forte demais e passou por cima do gol de Fábio.
Os minutos finais do confronto foram de tentativas frustradas para ambos os lados. Contra-ataques desperdiçados, passes errados, tropeços... Pelo primeiro tempo, o Cruzeiro merecia ter vencido, mas, pelo que ambos apresentaram na etapa final, o 0 a 0 foi justo.
Borges, Ralf e Ricardo Goulart em disputa pelo alto (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
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Para o time mineiro, o empate não teve efeitos colaterais. Vindo de oito vitórias seguidas no Brasileirão, a Raposa não conseguiu vencer no Pacaembu, o que lhe renderia a quebra do recorde de triunfos do time na história da competição. Mas ampliou para oito pontos sua vantagem na ponta. Tudo por conta da derrota do Botafogo para o Bahia. Agora, com 50 pontos, o time mineiro vê os cariocas estacionados nos 42.- Confira o tempo real da partida
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Na quarta-feira, o Corinthians dá um tempo no Campeonato Brasileiro e recebe o Grêmio, no Pacaembu, pela partida de ida das quartas de final da Copa do Brasil. No fim de semana, pelo Brasileirão, encara a Portuguesa, domingo, às 16h. No mesmo dia, só que às 18h30, o Cruzeiro visita o Internacional.
Cassio foi um paredão diante do Cruzeiro no Pacaembu (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Dono do melhor ataque do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro mostrou logo de cara como conquistou esse status. Destemido, o time de Belo Horizonte foi para cima do Corinthians, na tentativa de testar a melhor defesa da competição. Apostando na linha de impedimento, a zaga alvinegra falhou. Mas Cássio salvou.
O goleiro do Timão foi o melhor em campo no primeiro tempo, como já havia sido no meio de semana, na derrota por 2 a 0 para a Ponte Preta. Muito exigido, Cássio fez importantes defesa. Uma em cabeçada à queima-roupa de Nilton, outra em chute de Willian quase da pequena área e também em arremate de Egídio.
Do outro lado, porém, Fábio não teve trabalho. Não mesmo. O Corinthians não fez nada, absolutamente nada, para criar perigo ao Cruzeiro. Mesmo com dois meias de criação em campo (Douglas e Danilo), o Timão manteve a apatia das últimas rodadas, errou muitos passes e pouco finalizou (apenas três vezes). Pato, artilheiro do time com sete gols, estava no banco. E Romarinho e Sheik não conseguiam segurar a bola no ataque.
Mais entrosado e embalado pela liderança isolada do Brasileirão, o Cruzeiro tentou de todas as maneiras furar o bloqueio feito por Cássio. Mas não conseguiu. Com 57% de posse de bola no primeiro tempo, a Raposa foi muito superior aos donos da casa. Faltou o gol para coroar a boa atuação cruzeirense.
Poderia até ter tido uma chance mais clara se o árbitro tivesse visto pênalti de Gil em Borges. Mas nada foi marcado no lance em que o zagueiro acertou o atacante na área.
Emerson Sheik e Ceará travaram duelo quente (Foto: JF Diorio / Agência Estado)
A postura do Corinthians no início do segundo tempo foi bem diferente. Ainda que um pouco desorganizado, mas com mais agressividade, os donos da casa por pouco não abriram o placar aos cinco minutos. Igor fez ótima jogada pela esquerda e cruzou para Emerson Sheik, sozinho na pequena área, cabecear por cima do gol.
Com mais vontade, o Timão pressionou, relembrando um passado não muito distante, quando colocava medo em seus adversários no Pacaembu. Douglas, por exemplo, arriscou de fora da área, aos 12 minutos, e obrigou Fábio a executar linda defesa. Em pouco tempo, aliás, o goleiro trabalhou mais do que na etapa inicial.
Sem se importar muito com a pressão alvinegra, o Cruzeiro não abandonou o estilo ofensivo. Até por isso abriu mais espaços para o Corinthians. Mas o Timão não conseguia aproveitar. Principalmente por conta dos seguidos erros de passe dos seus armadores. A bola não chegava ao ataque para finalização.
Tite, então, colocou Pato em campo no lugar de Emerson. Mas a primeira impressão não foi boa. Logo de cara, o atacante pisou na bola e caiu no gramado. Pouco depois, ele deu lindo corte em Bruno Rodrigo e bateu da entrada da área, mas o chute saiu forte demais e passou por cima do gol de Fábio.
Os minutos finais do confronto foram de tentativas frustradas para ambos os lados. Contra-ataques desperdiçados, passes errados, tropeços... Pelo primeiro tempo, o Cruzeiro merecia ter vencido, mas, pelo que ambos apresentaram na etapa final, o 0 a 0 foi justo.
Dedé, do Cruzeiro, na marcação do corintiano Douglas (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
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FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/brasileirao2013/22-09-2013/corinthians-cruzeiro.html