Deco será suspenso preventivamente por um mês pelo TJD/RJ e irá a julgamento (Foto: Photocamera)
No entanto, isso não vai acontecer. O diretor executivo Rodrigo Caetano fez questão de passar a informação, para aliviar de antemão o turbilhão pelo qual atravessa o jogador.
- Não há possibilidade nenhuma, isso (Deco jogar) está descartado. Não tem nem cabeça para isso. Precisamos preservar o jogador e o ser humano - avisou.
Defesa se baseará em análise do laboratório
A equipe de Deco enviou amostras da vitamina que ele toma para serem analisadas por um laboratório. A estratégia de defesa dele será feita em cima do resultado dessa análise. A substância encontrada foi a Furosemida, um diurético.
O camisa 20 tricolor declarou-se inocente e estuda processar o laboratório que produz as vitaminas que ele toma, sob a alegação de contaminação. Aos 35 anos, Deco divulgou nota oficial ressaltando que em 18 temporadas como profissional no futebol jamais teve seu nome ligado a um episódio do tipo e destacou que irá atrás de justiça no caso até as últimas consequências.
De acordo com o procedimento, o tribunal apresentará uma denúncia, e a defesa do jogador terá cinco dias para se manifestar. A partir de então será marcado um julgamento em cerca de 15 dias. A punição pode chegar a dois anos, como em casos recentes do esporte. Neste cenário, sua carreira muito provavelmente seria abreviada, já que o meia considera a possibilidade de pendurar as chuteiras em dezembro, quando acaba seu contrato.
Em nota oficial, o Fluminense divulgou que o atleta contratou um advogado particular para defendê-lo e respeita a decisão, embora tenha colocado todo o departamento jurídico à disposição de Deco.
Cielo e Dodô: casos semelhantes com fins diferentes
Em outros casos de doping no Brasil, os nadadores Cesar Cielo, Henrique Barbosa e Nicholas dos Santos foram apenas advertidos em 2011 pela Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça, pelo uso da mesma substância Furosemida. O tribunal atribuiu o doping à contaminação de um suplemento alimentar manipulado pela farmácia Anna Terra, de Santa Bárbara D'Oeste, em São Paulo. Na ocasião, o estabelecimento assumiu a culpa, enviando relatório no qual avisava sobre a contaminação das cápsulas por falta de limpeza no balcão onde as pílulas são produzidas.
Já o caso de Dodô, em 2007, foi bem diferente. Quando o jogador foi flagrado com a substância femproporex, o Botafogo inicialmente culpou cápsulas de cafeína produzidas por uma farmácia de manipulação. O atacante chegou a ser absolvido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva, mas o caso foi parar no CAS, que suspendeu o atleta por dois anos.
No atual Campeonato Carioca, o meia Carlos Alberto, do Vasco, também foi pego no exame antidoping pelo uso de substâncias hidroclorotiazida e carboxi-tamoxifeno, uma combinação incomum, de acordo com os médicos especialistas. O jogador foi suspenso preventivamente pelo TJD-RJ por 30 dias e aguarda seu julgamento. Ele alega inocência.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2013/05/contraprova-de-deco-da-positivo-e-meia-sera-suspenso-preventivamente.html