- MAIS INFORMAÇÕES
saiba mais
- Ansiosas por desafio, duplas do Brasil esquentam rivalidade com os EUA
- Melhores do Mundo: confira regulamento, valores das premiações e horários das partidas
- Com desafio no Rio na mira, Juliana
se encanta em visita ao Pão de Açúcar - Após se tornar mãe, Jen Kessy volta
a jogar aos 37 anos de olho em 2016
Campeão das Olimpíadas de Pequim, em 2008, do Mundial em 2007, do Circuito Mundial em 2010 e do Circuito Americano no mesmo ano, Phil Dalhausser é o atual número 1 do mundo pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB) e tido como um dos maiores de todos os tempos do vôlei de praia nos Estados Unidos. De 26 de fevereiro a 1 de março, o esportista estará na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para o desafio Melhores do Mundo, que põe frente a frente as melhores duplas americanas e as mais fortes parcerias do Brasil. Ídolo na atualidade, ele iniciou no esporte bem longe das areias e com uma bolinha muito menor que a de voleibol. O jogador de 35 anos começou no tênis, mas acabou na praia por sugestão de um professor.
- Eu cresci jogando tênis. Quando fiz 17 anos, comecei a jogar vôlei. Foi meu professor de matemática, que era técnico de vôlei. Ele me perguntou: "Por que você não vem tentar? Você é alto, pode dar certo". Na época, eu jogava beisebol também, mas estava cansado disso, era muito chato para mim e não tenho saudades. Tentei o vôlei e, como jogava tênis, tudo veio naturalmente: o jogo de pés, o saque, tudo veio bem fácil. Adoro tênis e não jogo hoje para não me machucar. Posso torcer meu tornozelo, machucar o joelho... Mas quando me aposentar, vou jogar - relatou Dalhausser.
Phil Dalhausser está no Rio para o desafio
Melhores do Mundo (Foto: Gabriel Fricke)
No Rio, ele terá a oportunidade de encarar de frente duplas de alto nível, como Emanuel e Ricardo. Os dois, aliás, são muito elogiados por Dalhausser. Apesar de reconhecer o primeiro como o maior jogador de todos os tempos no vôlei de praia, revela que sua inspiração é o segundo. Afinal, os dois são atletas de bloqueio.
(Ricardo) era o melhor bloqueador quando comecei a jogar, então sempre me inspirei nele
Dalhausser
Quando questionado sobre a possibilidade de se aposentar após as Olimpíadas do Rio, em 2016, Dalhausser cita Emanuel novamente. Apesar de admitir que, no momento, vê a edição carioca dos Jogos como sua última participação olímpica, usa o paranaense como exemplo para mostrar que, às vezes, um planejamento pode mudar.
- A preparação com o (Sean) Rosenthal é ótima. Estamos jogando bem e tentando ficar na melhor forma para a temporada, mas se eu chegar aos Jogos no próximo ano, com 36 anos, será minha ultima edição. Não sei se vou jogar até os 40 anos, acho difícil. Ficar longe da minha família é complicado. Se eu estiver vencendo torneios aos 37, 38, talvez eu siga jogando, assim como foi com o Emanuel. Acho que se você perguntasse a ele aos 35 se continuaria jogando, ele provavelmente daria a mesma resposta. Estando no topo, é difícil parar - disse o jogador, lembrando que Emanuel pensou em parar, mas seguiu de olho em 2016.
Atualmente, Dalhausser atua ao lado de Rosenthal, mas foi com Todd Rogers que ele conquistou a medalha olímpica em Pequim 2008 e também o Mundial de Gstaad em 2007. A parceria começou por obra do destino. Quando Phil substituiu Sean Scott em uma única etapa do Circuito Americano (AVP) em 2005, Rogers percebeu que o jovem poderia se tornar um dos maiores jogadores de vôlei de praia do planeta.
Dalhausser atuando com Todd Rogers
(Foto: Agência AP)
Os dois passaram a jogar juntos, e Rogers assumiu também a função de treinador, tanto é que ganhou o apelido de "The Professor" (ou "O Professor"). Deu mais do que certo. Por isso, Dalhausser fala do ex-companheiro com admiração. Ele conta que, antes de atuar ao lado do californiano, já era talentoso, mas faltava profissionalismo.
- Quando começamos a jogar juntos, eu era um bom atleta, tinha habilidades boas, mas não sabia o que era ser um profissional. Ele me ensinou a ir na academia, me alongar, fazer massagem... Ele meio que ajustou minhas habilidades, me tornou mais técnico - falou Dalhausser, pai de Sebastian, de 1 ano e oito meses, e Sophia, de seis.
mais informações
Rosenthal e Dalhausser jogam juntos no desafio Melhores do Mundo (Foto: FIVB)
Nos dois primeiros dias do desafio Melhores do Mundo (quinta e sexta), cada dupla enfrenta as adversárias do país rival, totalizando 32 partidas. Na quinta, o evento acontece de 13h às 21h45 (de Brasília). Na sexta-feira, de 12h45 às 21h30. As parcerias mais bem classificadas de cada país em cada gênero fazem as finais do domingo, a partir das 11h. As segundas duplas mais bem classificadas de cada país disputam o bronze no sábado, a partir das 12h.
Além de Phil Dalhausser e Sean Rosenthal, o time americano conta com a tricampeã olímpica Kerri Walsh e sua parceira April Ross, atual vice-campeã olímpica. Também prata em Londres, Jennifer Kessy faz dupla com Emily Day. Lauren Fendrick/Brooke Sweat e Jennifer Fopma/Summer Ross completam o time. As outras duplas americanas são, além de Jake Gib/Casey Patterson, Theo Brunner/Nick Lucena e John Hyden/Tri Bourne.
- Jogamos nesse formato no Arizona em 2009, vencemos (o Brasil) e foi muito legal torcer e jogar ao lado dos americanos. Vai ser parecido e, dessa vez, será em um lugar muito mais legal.
Não havia muitos fãs no Arizona, mas no Rio vai estar cheio de fãs doidos pelo evento. Ricardo e Emanuel, Alison, Pedro e outros jogaram. Os caras que jogaram vão querer vingança, especialmente em casa. Vamos ver o que acontece. Prevejo ótimas partidas e esperamos ganhar.
Eu amo jogar contra os brasileiros, porque tem uma rivalidade histórica, e os dois times jogam com vontade. Acho que será maravilhoso para nós e para os fãs - finalizou Dalhausser.
Confira detalhes como regulamento, premiação, horários e tabela
O Brasil terá Ricardo e Emanuel, Larissa (bronze em Londres 2012) e Talita, Juliana (bronze em Londres 2012) e Maria Elisa, Maria Clara e Carol, Evandro e Pedro Solberg, Thiago e Bruno Schmidt, Ágatha e Bárbara Seixas e Álvaro Filho e Vítor Felipe.