Um clima hostil. Muita pressão. Um verdadeiro alçapão. Não será amistoso o ambiente para o Inter no Independência, a partir das 22h desta quarta-feira. A torcida do Atlético-MG, como de hábito, jogará junto para empurrar o time de Levir Culpi em busca da vitória. Porém, os colorados não parecem abalados. Mesmo que o retrospecto seja negativo. Confiantes, os gaúchos garantem estar prontos para voltar a Porto Alegre com um bom resultado, que encaminhe a classificação para as quartas de final da Libertadores. A receita está pronta e reside no talento de seus melhores jogadores. Ou seja, a ideia é mudar o famoso ditado e sair vivo do Horto.
Inaugurado em 1950, palco da Copa do Mundo daquele ano, o estádio passou a ser casa do América-MG em 1989. Tem como recorde de público 32.721 pessoas, na partida Seleção Mineira 1 x 0 Seleção Carioca, em 27 de janeiro de 1963. Hoje, a capacidade é bem inferior. "Apenas" 23.950 torcedores são permitidos. A diminuição decorre da modernização de 2008.
Se o estádio é confortável, não traz tranquilidade ao visitante. Pelo contrário. A arquitetura lembra La Bombonera, o mítico estádio do argentino Boca Juniors. Vertical, apresenta três lances de arquibancada. No último nível, os fãs permanecem em pé. A acústica privilegia a pressão. A massa canta e o som reverbera.
Essa conjunção de fatores casou com o Atlético-MG. Apesar de o América-MG ser o dono do estádio com direito a símbolo estampado, quem mostra sua força lá é o Galo. O fanatismo da torcida parece ter casado com o estádio, que contagia ainda mais os jogadores. O principal cântico dá o tom de que os visitantes não são bem vindos e, geralmente, sofrem: "caiu no Horto, está morto". O Horto é o bairro no qual está encravado o Independência. O diretor de futebol Carlos Pellegrini comentou sobre como será a acolhida.
- O público estará todo em cima. Provavelmente, dará um eco violento, é todo fechado. Mas gostei do lugar. É mais um desafio. O estádio é muito belo, confortável. Não será um grande público pelo tamanho, mas fará muito barulho. É perfeito para a Libertadores.
> As três quedas do Inter no Horto:
Com o apoio das arquibancadas, o Inter acredita que o Galo se atire ao ataque nos primeiros momentos. O que pode virar trunfo gaúcho, em função da velocidade de nomes como Valdívia e Eduardo Sasha, como vislumbra o presidente Vitorio Piffero:
- Eles atacam bastante. E tomara que façam isso contra nós. Temos jogadores de velocidade. Se fizerem isso, sofrerão com nossa principal arma, o contra-ataque. O Inter sairá vivo. Estamos preparados. O empate fora sempre é bom. Com gols, melhor ainda.
Na noite da última terça-feira, o Inter realizou o reconhecimento do estádio. Diego Aguirre tinha programado um trabalho com os portões fechados, mas foi demovido da ideia pela cúpula. A razão? Apenas a imprensa ficaria sem os segredos do time, já que o Atlético-MG é o mandante. Piffero chegou a brincar que esperava no mínimo 12 espiões no local.
O jeito foi despistar. Nada de esboçar a equipe. Porém, comissão técnica, grupo de jogadores e direção tiraram suas impressões. A altura e a forma chamava a atenção dos presentes. O fisiologista Luiz Crescente por alguns segundos, mirava para cima, em misto de contemplação com estudo. O gramado não está nas suas melhores condições em razão do show ocorrido no Dia do Trabalho, mas nada que prejudique a partida. Aguirre, que "deu de ombros" para a mística do Galo, mantém o estilo tranquilo e confiança em seus pupilos.
- Sou estrangeiro. Não sei nada disso. Será complicado, como todo jogo da Libertadores quando se é visitante. Vamos enfrentar um time difícil. Os respeitamos. Temos que fazer um bom jogo. Teremos dificuldades, mas vamos atuar como temos feito - pondera o treinador.
O estilo sereno de Aguirre contrasta com o histórico Colorado com o Galo no Horto. São três derrotas em três partidas. Apenas dois gols anotados e seis sofridos. A primeira dessa incômoda sequência ocorreu em 2012. Na ocasião, os gaúchos tomaram 3 a 1. Durante a partida, D’Alessandro foi expulso. Não bastasse isso, o placar custou o emprego de Dorival Júnior.
Para o confronto desta quarta, o Inter é todo mistério. Aguirre evitou confirmar a formação. O uruguaio perdeu Geferson, que passou por uma artroscopia no joelho direito, e Nilmar, com uma lesão muscular na coxa direita. A tendência é que sejam utilizados Alan Ruschel e Lisandro López, respectivamente. A provável formação colorada tem Alisson; William, Ernando, Juan e Alan Ruschel; Rodrigo Dourado, Aránguiz, Valdívia, D'Alessandro e Eduardo Sasha.
Confira as notícias do esporte gaúcho em www.globoesporte.com/rs
FONTE:
http://glo.bo/1H0wcuE?utm_source=link&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar
Independência tem sido palco de derrotas do
Inter desde sua reforma (Foto: Tomás
Hammes / GloboEsporte.com)
Se o estádio é confortável, não traz tranquilidade ao visitante. Pelo contrário. A arquitetura lembra La Bombonera, o mítico estádio do argentino Boca Juniors. Vertical, apresenta três lances de arquibancada. No último nível, os fãs permanecem em pé. A acústica privilegia a pressão. A massa canta e o som reverbera.
Essa conjunção de fatores casou com o Atlético-MG. Apesar de o América-MG ser o dono do estádio com direito a símbolo estampado, quem mostra sua força lá é o Galo. O fanatismo da torcida parece ter casado com o estádio, que contagia ainda mais os jogadores. O principal cântico dá o tom de que os visitantes não são bem vindos e, geralmente, sofrem: "caiu no Horto, está morto". O Horto é o bairro no qual está encravado o Independência. O diretor de futebol Carlos Pellegrini comentou sobre como será a acolhida.
- O público estará todo em cima. Provavelmente, dará um eco violento, é todo fechado. Mas gostei do lugar. É mais um desafio. O estádio é muito belo, confortável. Não será um grande público pelo tamanho, mas fará muito barulho. É perfeito para a Libertadores.
> As três quedas do Inter no Horto:
queda de doriva
lEm 2012, o Inter perdeu para o Galo por 3 a 1
derrota em 2013
Em 2013, o Colorado tomou 2 a 1 do Atlético-MG
novo revés em 2014
Ano passado, a história se manteve e o Inter perdeu por 1 a 0
- Eles atacam bastante. E tomara que façam isso contra nós. Temos jogadores de velocidade. Se fizerem isso, sofrerão com nossa principal arma, o contra-ataque. O Inter sairá vivo. Estamos preparados. O empate fora sempre é bom. Com gols, melhor ainda.
Na noite da última terça-feira, o Inter realizou o reconhecimento do estádio. Diego Aguirre tinha programado um trabalho com os portões fechados, mas foi demovido da ideia pela cúpula. A razão? Apenas a imprensa ficaria sem os segredos do time, já que o Atlético-MG é o mandante. Piffero chegou a brincar que esperava no mínimo 12 espiões no local.
Banco de reservas fica muito perto das cadeiras;
arquitetura é vertical (Foto: Tomás
Hammes/GloboEsporte.com)
- Sou estrangeiro. Não sei nada disso. Será complicado, como todo jogo da Libertadores quando se é visitante. Vamos enfrentar um time difícil. Os respeitamos. Temos que fazer um bom jogo. Teremos dificuldades, mas vamos atuar como temos feito - pondera o treinador.
O estilo sereno de Aguirre contrasta com o histórico Colorado com o Galo no Horto. São três derrotas em três partidas. Apenas dois gols anotados e seis sofridos. A primeira dessa incômoda sequência ocorreu em 2012. Na ocasião, os gaúchos tomaram 3 a 1. Durante a partida, D’Alessandro foi expulso. Não bastasse isso, o placar custou o emprego de Dorival Júnior.
Para o confronto desta quarta, o Inter é todo mistério. Aguirre evitou confirmar a formação. O uruguaio perdeu Geferson, que passou por uma artroscopia no joelho direito, e Nilmar, com uma lesão muscular na coxa direita. A tendência é que sejam utilizados Alan Ruschel e Lisandro López, respectivamente. A provável formação colorada tem Alisson; William, Ernando, Juan e Alan Ruschel; Rodrigo Dourado, Aránguiz, Valdívia, D'Alessandro e Eduardo Sasha.
Confira as notícias do esporte gaúcho em www.globoesporte.com/rs
FONTE:
http://glo.bo/1H0wcuE?utm_source=link&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar