A mãe sempre disse que a vida de atleta era muito sofrida. Apesar das orientações, Giulia e Gianmarco não conseguiram fugir dela. Resolveram experimentar o caminho antes percorrido pelo pai. A pressão por carregarem o sobrenome Gávio já não surte mais tanto efeito. Atletas do Flamengo, os filhos do bicampeão olímpico Giovane só querem poder fazer o que gostam: jogar vôlei. O pai serve como inspiração, mas o casal 20 das quadras também dá sua contribuição.
Jaqueline e Murilo são exemplos dentro e fora de quadra para os dois.
- Eu gosto do jeito dela em quadra, da história de superação depois de tudo o que passou (sequências de lesões, cirurgias e caso de doping). Fico imaginando como deve ser ganhar uma medalha olímpica. Sei que ainda tenho muito caminho pela frente. Quem sabe nos Jogos de 2020? - disse Giulia.
No ano passado, ela experimentou a sensação de vestir a camisa da seleção brasileira infantil. Aos 16 anos e com 1,82m, a filha mais velha de Giovane só lamentou o fato de não ter treinado no CT de Saquarema no mesmo período em que, as agora bicampeãs olímpicas, estavam por lá. Mas sentiu a presença do pai todos os dias. Giulia acredita que o caminho dele, que atualmente comanda a equipe masculina do Sesi-SP e já tem um título da Superliga no currículo, será outra vez defendendo o verde-amarelo, só que desta vez como treinador.
- Quando entrei senti emoção o tempo inteiro. Estava ali, no lugar onde meu pai passou praticamente a vida dele toda. Acho que ele tem tudo para virar técnico da seleção daqui a alguns anos. Está trabalhando para isso. Acho que se for na feminina, eu não teria como treinar com ele. Às vezes ele dá treino para mim e para o meu irmão quando vamos a São Paulo. Não ia dar certo. Sou teimosa - riu.
Ela e Gianmarco, de 14 anos e 1,85m, brincam e dizem que seria mais fácil encarar Bernardinho e José Roberto Guimarães. Lembram que seus treinadores na Gávea também são tão exigentes quanto os dois. Nesta temporada, as dúvidas que vez ou outra tomam conta dos pensamentos dos irmãos, viraram certeza. Os 20 anos da conquista da medalha de ouro nos Jogos de Barcelona 1992 fizeram Giovane contar mais histórias, reviver aqueles dias que marcaram sua carreira. Das brincadeiras feitas pelo grupo a trajetória inesquecível até o pódio, tudo foi ouvido com atenção por Giulia e Gianmarco. Pouco depois, o bicampeonato da seleção feminina e a prata da masculina nos Jogos de Londres reforçaram o desejo dos mais velhos dos quatro herdeiros de Giovane em ganhar a vida na quadra.
- Às vezes eu penso em fazer Economia e minha irmã Medicina. Mas ficamos muito motivados com as Olimpíadas. Fico imaginando como deve ser jogar uma - disse Gianmarco, que já defendeu a seleção carioca.
O ídolo sabe bem. Sempre que pode, durante as idas a São Paulo para visitar o pai, Gianmarco não perde a oportunidade de acompanhar os treinos e conversar com Murilo a respeito de vôlei ou qualquer outro assunto. Diz que se identifica muito com o ponteiro do Sesi-SP e da seleção.
Tímido, se diverte agora com os comentários dos amigos da família que o veem cada vez mais parecido fisicamente com Giovane. Giulia concorda e admite além da admiração ao pai, uma pontinha de ciúme também.
- Ele sempre foi muito humilde e tratou muito bem os fãs. Nunca deixou o sucesso subir à cabeça. Sempre lembro disso. É, ele era muso da geração e as mães de amigas minhas falam que ele está mais gato. Eu só não gosto daquelas fãs mais ousadas na hora de tirar fotos, sabe? - riu.
Jaqueline e Murilo são exemplos dentro e fora de quadra para os dois.
Gianmarco e Giulia sonham com medalha olímpica (Foto: Marcelo de Jesus)
No ano passado, ela experimentou a sensação de vestir a camisa da seleção brasileira infantil. Aos 16 anos e com 1,82m, a filha mais velha de Giovane só lamentou o fato de não ter treinado no CT de Saquarema no mesmo período em que, as agora bicampeãs olímpicas, estavam por lá. Mas sentiu a presença do pai todos os dias. Giulia acredita que o caminho dele, que atualmente comanda a equipe masculina do Sesi-SP e já tem um título da Superliga no currículo, será outra vez defendendo o verde-amarelo, só que desta vez como treinador.
Giulia durante treino da seleção infantil em
Saquarema (Foto: Alexandre Arruda/CBV)
Saquarema (Foto: Alexandre Arruda/CBV)
Ela e Gianmarco, de 14 anos e 1,85m, brincam e dizem que seria mais fácil encarar Bernardinho e José Roberto Guimarães. Lembram que seus treinadores na Gávea também são tão exigentes quanto os dois. Nesta temporada, as dúvidas que vez ou outra tomam conta dos pensamentos dos irmãos, viraram certeza. Os 20 anos da conquista da medalha de ouro nos Jogos de Barcelona 1992 fizeram Giovane contar mais histórias, reviver aqueles dias que marcaram sua carreira. Das brincadeiras feitas pelo grupo a trajetória inesquecível até o pódio, tudo foi ouvido com atenção por Giulia e Gianmarco. Pouco depois, o bicampeonato da seleção feminina e a prata da masculina nos Jogos de Londres reforçaram o desejo dos mais velhos dos quatro herdeiros de Giovane em ganhar a vida na quadra.
Jaqueline e Murilo inspiram os irmãos Gávio
(Foto: Danielle Rocha / Globoesporte.com)
(Foto: Danielle Rocha / Globoesporte.com)
O ídolo sabe bem. Sempre que pode, durante as idas a São Paulo para visitar o pai, Gianmarco não perde a oportunidade de acompanhar os treinos e conversar com Murilo a respeito de vôlei ou qualquer outro assunto. Diz que se identifica muito com o ponteiro do Sesi-SP e da seleção.
Tímido, se diverte agora com os comentários dos amigos da família que o veem cada vez mais parecido fisicamente com Giovane. Giulia concorda e admite além da admiração ao pai, uma pontinha de ciúme também.
- Ele sempre foi muito humilde e tratou muito bem os fãs. Nunca deixou o sucesso subir à cabeça. Sempre lembro disso. É, ele era muso da geração e as mães de amigas minhas falam que ele está mais gato. Eu só não gosto daquelas fãs mais ousadas na hora de tirar fotos, sabe? - riu.
Giovane com Giulia, Tiago e Gianmarco após a conquista do título da Superliga 2010/2011 (Foto: Danielle Rocha / Globoesporte.com)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2012/12/casal-20-do-volei-inspira-filhos-do-bicampeao-olimpico-giovane-gavio.html