Após quase abandonar vôlei, Juciely deslancha na seleção aos 34: "Sonho"
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Após quase abandonar vôlei, Juciely deslancha na seleção aos 34: "Sonho"


Principal pontuadora do Brasil nas finais do Grand Prix, central teve começo tardio no esporte, aos 17 anos, e demorou para conquistar um lugar ao sol: "Nunca imaginei"



Por
Direto de Omaha, Estados Unidos


Juciely, Brasil x Rússia - Grand Prix de vôlei (Foto: Divulgação / FIVB)Juciely, Brasil x Rússia - Grand Prix de vôlei (Foto: Divulgação / FIVB)


Um começo tardio e o desejo de dar adeus precocemente. Por muito pouco, a seleção brasileira não deixou de contar com o seu principal destaque no Grand Prix de 2015, em que o Brasil busca a reabilitação nesta sexta-feira, às 17h10 (de Brasília), contra o Japão, em Omaha (EUA). Maior pontuadora da seleção nesta parte da competição, a central Juciely iniciou no esporte apenas aos 17 anos e já em um time profissional. Ela não teve a formação de base, tão importante para treinar os fundamentos. Os primeiros anos foram muito complicados e ela pensou em desistir. Mas, hoje, aos 34 anos, vive o auge da sua carreira, na seleção e no Rio de Janeiro, com o qual é tricampeã consecutiva da Superliga feminina.

- Eu comecei minha trajetória tarde, com 17 anos. Um olheiro me viu e me levou para o Ipatinga (MG). Eu não tive a base no vôlei, mas ao longo desse tempo eu tive a chance de um lugarzinho ao seu no vôlei. É a minha primeira sequência como titular da seleção em uma competição e estou muito feliz. Eu nunca imaginei que poderia chegar onde cheguei, é um sonho mesmo. Eu não posso deixar isso passar. Eu pensei em desistir do vôlei, mas continuei e consegui chegar na seleção, ir bem no clube - disse Juciely.

Em grande fase nos bloqueios e no ataque, a principal pontuadora do Brasil nas finais do Grand Prix, com 26 pontos, assegura não ficar pensando nas estatísticas. Mas ela dá um sorrisão quando é questionada sobre seus belos números.

- Eu procuro não ver os números para que essas coisas não atrapalhem essas coisas externas. Mas a gente sabe da missão dura aqui, com os melhores times e vamos fazer o nosso trabalho.

Juciely brinca com estátua na frente da arena em Omaha (Foto: David Abramvezt)
Juciely brinca com estátua na frente da arena 
em Omaha (Foto: David Abramvezt)


Com a meta de disputar as Olimpíadas do Rio 2016, Juciely sabe que precisa jogar sempre em alto nível com a camisa canarinho em uma posição na qual se destacam as bicampeãs olímpicas Fabiana e Thaísa, que estão ausentes do Grand Prix, a primeira porque pediu descanso e a segunda por conta de cirurgias nos dois joelhos. Nada que tire da cabeça dela o desejo intenso de brigar por uma vaga olímpica.

- Eu tenho fazer o meu melhor na seleção, mesmo porque os grandes destaques da seleção na minha posição não estão aqui hoje, a Fabiana e a Thaísa. Eu tenho que fazer o meu trabalho para cobrir um pouco da falta que elas fazem. Elas são as principais centrais do mundo. A gente sempre tem que pensar no amanhã, nas Olimpíadas. Meu foco hoje é fazer o meu melhor aqui no Grand Prix para ter chance de ir às Olimpíadas.

Para brilhar com a camisa da seleção brasileira, Juciely tem contado com o entrosamento com a companheira de posição Carol, também atleta do Rio de Janeiro.

- O entrosamento é uma coisa que a gente traz do clube. É muito bacana, a gente se completa. A Carol é uma jogadora que bloqueia muito, e eu ataco mais. A coisa está mais equilibrada.


Agenda de jogos do Brasil nas finais do Grand Prix

Quarta-feira - Brasil3 x 1 China - (23/25, 25/20, 25/16 e 25/14)
Quinta-feira - Brasil 0 x 3 Rússia - (19/25, 26/28 e 19/25)
Sexta-feira - 17h10* - Brasil x Japão - SporTV
Sábado - 19h* - Brasil x Estados Unidos - SporTV
Domingo - 17h10* - Brasil x Itália - SporTV
* Horário de Brasília

FONTE:
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