Vestindo branco pela primeira vez nas finais do Grand Prix, a seleção brasileira buscava paz após ser atropelada pela Rússia na véspera e ver ficar mais complicada a sua busca pelo 11º título da importante competição anual. Superar a eficiente defesa do Japão não é uma das tarefas mais fáceis. Porém, um saque bem encaixado, um bloqueio ligado, a velocidade nas bolas e a concentração nos momentos decisivos fizeram a diferença, e o Brasil bateu nesta sexta-feira as japonesas por 3 sets a 0 (25/21, 25/23 e 25/16), no Century Link Center, em Omaha, nos Estados Unidos.
O Brasil soma agora seis pontos em três jogos, mesmo número de Estados Unidos e Rússia, que ainda só fizeram duas partidas e se enfrentam na noite desta sexta-feira. Restam agora duas partidas para as comandadas de Paulo Coco - a primeira delas contra os Estados Unidos, neste sábado, às 19h (de Brasília), com transmissão ao vivo do SporTV 2 e cobertura em Tempo Real do GloboEsporte.com. Depois virá a Itália. O Brasil tem de buscar mais dois triunfos seguidos e torcer contra russas e americanas e, por um placar de 3 sets a 2 no duelo entre elas, já que assim, o ganhador somaria dois e não três pontos.
- Nós mostramos que o vôlei brasileiro não desiste nunca de lutar por títulos. Agora, nós vamos encarar os Estados Unidos, que têm jogado o melhor vôlei do mundo, mas ninguém é invencível. Vamos lutar até o fim para tentar ser campeão - disse o técnico Paulo Coco.
Juciely, inspirada, ataca pelo meio
(Foto: Divulgação / FIVB)
Com grande distribuição de bolas no ataque, a levantadora Dani Lins conseguiu fazer com que as atacantes dividissem bem a pontuação, apesar da central Juciely, com 19 pontos, sendo oito de bloqueio. A seguir vieram a ponteira Natália e a central Carol, ambas com 13 pontos. Vale lembrar que a outra parte da seleção brasileira disputa os Jogos Pan-Americanos de Toronto, com o técnico José Roberto Guimarães no comando. As meninas lutarão pelo ouro, contra os Estados Unidos, na noite deste sábado.
- Entramos em quadra sabendo que precisamos vencer todos os jogos. Depois de jogar tão mal contra a Rússia, nós estávamos mais concentradas. Eu consegui distribuir bem o jogo mais uma vez e isso foi importante. Levantamos a cabeça e vamos em frente para buscar esse título, que ainda dá - afirmou Dani Lins.
O jogo
O Brasil começou ciente que as japonesas são extremamente aplicadas e defendem muito bem. O jeito era fazer a bola caminhar de forma veloz e investir bloqueio, já que as nipônicas não são tão altas. Porém, as orientais estavam preparadas para encarar a força das atuais bicampeãs olímpicas. Com um ritmo forte, Juciely e Natália se destacavam no ataque. A oposta Nagaoka respondia do outro lado. Era grande o equilíbrio. Concentrado, o Brasil conseguiu abrir 19/15, mas viu as japonesas darem um gás e encostarem. Em jornada inspirada, Juciely comandou o time rumo ao triunfo por 25/21.
Dani Lins aciona Carol (Foto: Divulgação / FIVB)
Concentradas e com o braço solto, as brasileiras dominaram amplamente a terceira parcial. Dani Lins variava bem as bolas para as atacantes. Natália, Juciely, Gabi e Carol se esbaldavam na rede. Viravam de tudo quanto é jeito. A defesa japonesa já não conseguia mais minimizar a força brasileira em busca de paz. Abrindo facilmente 16/8, o Brasil só controlou a partida até fechar em 25/16.
Agenda de jogos do Brasil nas finais do Grand Prix
Quarta-feira - Brasil 3 x 1 China - (23/25, 25/20, 25/16 e 25/14)
Quinta-feira - Brasil 0 x 3 Rússia - (19/25, 26/28 e 19/25)
Sexta-feira - Brasil 3 x 0 Japão - (25/21, 25/2 e 25/16)
Sábado - 19h* - Brasil x Estados Unidos
Domingo - 17h10* - Brasil x Itália - SporTV
* Horário de Brasília
FONTE:
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