Após lesão, Toledo defende a coroa no Rio e quer mais um recorde de público
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Após lesão, Toledo defende a coroa no Rio e quer mais um recorde de público




MUNDIAL DE SURFE



Paulista de Ubatuba abdicou das etapas de Bells e Margaret para tratar lesão sofrida durante a semifinal na Gold Coast: "Estou uns 90% bom e quero chegar ao Rio 110%"





Por
Rio de Janeiro




Aéreo nota 10 de Filipe Toledo na final do Rio Pro (Foto: Divulgação / WSL)Aéreo nota 10 de Filipe Toledo na final do Rio Pro do ano passado (Foto: Divulgação / WSL)


Após abdicar das etapas de Bells Beach e Margaret River, na Austrália, para tratar de uma lesão sofrida durante a semifinal na abertura do Circuito Mundial de 2016, na Gold Coast, Filipe Toledo freia a ansiedade para o retorno. Defensor do título da etapa brasileira, no Rio de Janeiro, o paulista de Ubatuba volta ao mar depois de quase dois meses fora de combate, com sessões diárias de fisioterapia. Atualmente, Filipinho se considera 90% recuperado da lesão coxo-femural, diz que espera evoluir ainda mais nos próximos dias e conta com o apoio da torcida local. No ano passado, a etapa teve um recorde histórico. Mais de 120 mil pessoas foram às areias da Barra da Tijuca para acompanhar os tops da elite no Postinho, sendo 40 mil apenas na final.

Filipinho terá pela frente na primeira bateria do round 1 o estreante americano Conner Coffin e o australiano Adam Melling, que herdou a vaga do compatriota Taj Burrow, aposentado em Margaret River - a despedida será nas Ilhas Fiji.

Até o momento, os 10 representes do Brazilian Storm na elite estão confirmados. A disputa terá ainda dois convidados a serem definidos - um será indicado pela Liga Mundial de Surfe (WSL) e o outro entra na disputa através de uma triagem. A janela da quarta de 11 paradas do Tour fica aberta de 10 a 21 de maio.

- Estou uns 90% bom e quero chegar ao Rio 110% preparado fisicamente e tecnicamente. Me sinto bastante confiante e espero poder defender meu título com todas as minhas forças, pois vencer em casa tem um gosto especial. Eu nunca tinha visto nada igual no surfe em toda minha vida e imagino como como vai estar esse ano. Nós contamos com toda torcida possível na areia, pois ela fez toda diferença no ano passado - lembrou Filipinho.

Estou uns 90% bom e quero chegar ao Rio 110% preparado fisicamente e tecnicamente. Me sinto bastante confiante e espero poder defender meu título com todas as minhas forças, pois vencer em casa tem um gosto especial. Eu nunca tinha visto nada igual no surfe em toda minha vida e imagino como como vai estar esse ano. Nós contamos com toda torcida possível na areia"
Filipe Toledo

No ano passado, Toledo liquidou os rivais com aéreos arrojados e modernos, incluindo o que lhe rendeu nota 10 na final contra o australiano Bede Durbidge, afastado por uma lesão no quadril. O veterano sofreu múltiplas fraturas na bacia em uma vaca durante o Pipeline Masters e já anunciou que perdera boa parte da temporada. Foi justamente ao aterrissar de um aéreo que Filipe se machucou em março deste ano, na semifinal contra o aussie Matt Wilkinson, atual líder do ranking mundial e campeão na Gold Coast e em Bells Beach. O filho do ex-surfista Ricardinho Toledo contou que sofreu ao ter de assistir as últimas etapas pela televisão.

- Não foi nada fácil ficar só assistindo os eventos da perna australiana, principalmente porque deu altas ondas e eu já tinha saído com um bom resultado (terceiro lugar) na Gold Coast. Mas, são ossos do ofício -  disse o ubatubense, que mora na Califórnia (EUA) com a família.

- Eu tive uma lesão na cartilagem que envolve a cabeça do fêmur e também no músculo da coxa. É uma lesão delicada que requer bastante atenção, caso contrário, só cirurgia. Estou tratando diariamente com o doutor Mark Kozuki, fisioterapeuta e osteopata. Ele já me conhece desde que lesionei meu tornozelo no ano passado, então fica mais fácil - explicou Filipinho.

Rio Pro recebeu mais de 100 mil pessoas ao longo dos cinco dias de competição, recorde histórico de público (Foto: Reprodução/Facebook)
Rio Pro recebeu mais de 120 mil pessoas ao longo 
dos cinco dias de competição, recorde 
histórico de público (Foto: 
Reprodução/Facebook)


O Rio Pro continua com seu palco principal montado no Postinho, na Barra da Tijuca. A estrutura alternativa será na Praia de Grumari, que poderá receber os tops da elite quando as condições estiverem mais favoráveis. Em uma área de natureza exuberante, Grumari fica situada no Parque Municipal dentro de uma Área de Preservação Ambiental (APA). Com o acesso limitado, o lugar terá um esquema especial para o transporte, com vans levando o público desde a entrada da Prainha quando esgotar a quantidade de carros no estacionamento.

As areias das praias do Postinho e de Grumari irão se transformar em uma arquibancada do surfe. Não será necessário comprar ingressos para assistir ao espetáculo no mar, basta encontrar um espaço em meio à multidão de torcedores. A prioridade é para os atletas e seus acompanhantes, staff técnico e imprensa, mas o público também poderá entrar de carro até preencher o limite do estacionamento no local, como já é feito durante a "Operação Verão", no Rio de Janeiro. A partir daí, os veículos ficam no Recreio dos Bandeirantes. As vans estarão disponíveis desde a entrada da Prainha até Grumari.

No ano passado, mais de 120 mil pessoas passaram pelo evento durante os sete dias de disputa, sendo 40 mil só na final, um recorde histórico de público. Se a organização da WSL optar por levar a competição para o palco alternativo, em Grumari, serão emitidos avisos pela mídia com antecedência e haverá um esquema especial para controlar o acesso até a praia, como já existe em locais como em Bells Beach, na Austrália, e Trestles, nos Estados Unidos.


Confira as baterias da 1ª fase no Rio:
1.a: Filipe Toledo (BRA), Conner Coffin (EUA), Adam Melling (AUS)
2.a: Gabriel Medina (BRA), Michel Bourez (TAH), Jack Freestone (AUS)
3.a: Julian Wilson (AUS), Kanoa Igarashi (EUA), Alex Ribeiro (BRA)
4.a: Italo Ferreira (BRA), Stu Kennedy (AUS), Leonardo Fioravanti (ITA)
5.a: Matt Wilkinson (AUS), Kai Otton (AUS), wildcard
6.a: Adriano de Souza (BRA), Davey Cathels (AUS), wildcard
7.a: Nat Young (EUA), Josh Kerr (AUS), Ryan Callinan (AUS)
8.a: Joel Parkinson (AUS), Kelly Slater (EUA), Alejo Muniz (BRA)
9.a: Jordy Smith (AFR), Wiggolly Dantas (BRA), Matt Banting (AUS)
10: Jeremy Flores (FRA), Adrian Buchan (AUS), Keanu Asing (HAV)
11: Kolohe Andino (EUA), John John Florence (HAV), Jadson André (BRA)
12: Sebastian Zietz (HAV), Caio Ibelli (BRA), Miguel Pupo (BRA)


Baterias da 1ª fase feminina no Rio:

1.a: Sally Fitzgibbons (AUS), Bianca Buitendag (AFR), Laura Enever (AUS)
2.a: Tatiana Weston-Webb (HAV), Malia Manuel (HAV), Keely Andrew (AUS)
3.a: Courtney Conlogue (EUA), Bronte Macaulay (AUS), Silvana Lima (BRA)
4.a: Tyler Wright (AUS), Nikki Van Dijk (AUS), Coco Ho (HAV)
5.a: Carissa Moore (HAV), Sage Erickson (EUA), Chelsea Tuach (BRB)
6.a: Stephanie Gilmore (AUS), Johanne Defay (FRA), Alessa Quizon (HAV)


Campeões da etapa brasileira masculina na capital do Rio de Janeiro:

WSL 2015 - Filipe Toledo (BRA) - Postinho da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 2014 - Michel Bourez (TAH) - Postinho da Barra da Tijuca - Rio de Janeiro (RJ)
WCT 2013 - Jordy Smith (AFR) - Postinho da Barra da Tijuca - Rio de Janeiro (RJ)
WCT 2012 - John John Florence (HAV) - Postinho da Barra e Arpoador - Rio de Janeiro (RJ)
WCT 2011 - Adriano de Souza (BRA) - Barra da Tijuca e Arpoador - Rio de Janeiro (RJ)
WCT 2002 - Taj Burrow (AUS) - Praia de Itaúna, Saquarema (RJ)
WCT 2001 - Trent Munro (AUS) - Móvel no Rio de Janeiro e finais no Arpoador (RJ)
WCT 2000 - Kalani Robb (HAV) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 1999 - Taj Burrow (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 1998 - Peterson Rosa (BRA) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 1997 - Kelly Slater (EUA) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 1996 - Taylor Knox (EUA) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 1995 - Barton Lynch (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 1994 - Shane Powell (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 1993 - Dave Macaulay (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 1992 - Damien Hardman (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
ASP 1991 - Flávio Padaratz (BRA) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
ASP 1990 - Brad Gerlach (EUA) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
ASP 1989 - Dave Macaulay (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
ASP 1988 - Dave Macaulay (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
IPS 1982 - Terry Richardson (AUS) - Praia do Arpoador, Rio de Janeiro (RJ)
IPS 1981 - Cheyne Horan (AUS) - Arpoador e Prainha, Rio de Janeiro (RJ)
IPS 1980 - Joey Buran (EUA) - Praia do Arpoador, Rio de Janeiro (RJ)
IPS 1978 - Cheyne Horan (AUS) - Praia do Arpoador, Rio de Janeiro (RJ)
IPS 1977 - Daniel Friedman (BRA) - Praia do Arpoador, Rio de Janeiro (RJ)
IPS 1976 - Pepê Lopes (BRA) - Praia do Arpoador, Rio de Janeiro (RJ)


Campeãs da etapa brasileira feminina na capital do Rio de Janeiro:
WSL 2015 - Courtney Conlogue (EUA) - Postinho da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 2014 - Sally Fitzgibbons (AUS) - Postinho da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 2013 - Tyler Wright (AUS) - Postinho da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 2012 - Sally Fitzgibbons (AUS) - Postinho da Barra e Arpoador, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 2011 - Carissa Moore (HAV) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 2008 - Melanie Bartels (HAV) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 1999 - Andréa Lopes (BRA) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 1998 - Pauline Menzer (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 1997 - Pauline Menczer (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 1994 - Pauline Menczer (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 1993 - Neridah Falconer (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 1992 - Wendy Botha (AFR) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
IPS 1977 - Margo Oberg (AUS) - Praia de Ipanema, Rio de Janeiro (RJ)


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/radicais/surfe/mundial-de-surfe/noticia/2016/04/apos-lesao-filipinho-defende-coroa-no-rio-estou-90-e-quero-chegar-110.html



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