Peter Siemsen precisou recorrer a um empréstimo
para pagar os salários atrasados de novembro(Foto: Bruno Haddad / FluminenseFC)
para pagar os salários atrasados de novembro(Foto: Bruno Haddad / FluminenseFC)
Segundo o presidente Peter Siemsen, a folha salarial do Fluminense gira em torno de R$ 2,2 milhões, sendo R$ 1,85 milhão referente apenas ao departamento de futebol. Os jogadores, por sua vez, recebem boa parte de seus vencimentos - normalmente entre 50% e 80% relativos ao direito de imagem - diretamente da Unimed, patrocinadora do clube. O empréstimo que permitiu o pagamento dos salários foi de cerca de R$ 1,1 milhão, uma vez que o Tricolor tinha em caixa o restante do dinheiro necessário.
- O problema são as penhoras, que acabam comprometendo a receita ordinária, do dia a dia, como a receita de TV, a mensalidade dos sócios, e atrapalham o pagamento mensal. Uma venda de jogador é receita extraordinária, não está prevista. Isso afeta nossa capacidade de cumprir com o fluxo das demandas mensais. Espero que até fevereiro tudo já esteja reorganizado - disse Peter na última sexta-feira, em café da manhã com jornalistas nas Laranjeiras, pouco antes de pagar os salários atrasados de seus funcionários.
Entenda o caso
Do montante de R$ 9 milhões a que o Fluminense tem direito pela conquista e ainda não recebeu, cerca de R$ 3 milhões foram penhorados pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) no início de novembro na 9ª Vara Federal de Execução Fiscal do Rio, poucos dias depois da confirmação do título brasileiro, por causa de uma dívida antiga do clube, contraída durante a gestão anterior (2007 a 2010).
O problema se deve em grande maioria ao não pagamento do Imposto de Renda retido na fonte e à apropriação indébita do INSS dos funcionários durante o período citado. A primeira notificação da penhora total, representada por um montante total de R$ 22 milhões, aconteceu em agosto passado e também atrapalhou o pagamento dos salários daquele mês. O Tricolor conseguiu resolver a situação ao obter uma liminar que liberou o recurso para colocar as contas em dia. Logo em seguida, no entanto, um desembargador exigiu a devolução do dinheiro, o que a diretoria conseguiu realizar durante o mês de novembro.
A verba devolvida era justamente a que seria utilizada para quitar os salários de novembro. A solução mais rápida seria pagar os vencimentos dos funcionários com o prêmio pelo título brasileiro, que sequer entrou nas contas do clube e também já foi penhorado em parte.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2012/12/apos-emprestimo-bancario-flu-paga-os-salarios-atrasados-de-novembro.html