Clap, clap, clap. De pé.
Muita coisa ainda vai acontecer no escândalo sexual de Feliciano. Os poderosos farão um esforço incrível para transformar a vítima em culpada.
Mas uma coisa é certa: Feliciano jamais será o mesmo. As pessoas rirão dele. Escarnecerão dele. Terão vontade de gargalhar ou de vomitar a cada vez que ele fizer um pronunciamento moralista em defesa da família cristã.
Feliciano virou, seja qual for o desfecho do caso, um morto vivo na política, uma piada ambulante, um símbolo eterno de hipocrisia e de corrupção moral.
Homens como ele levaram a política nacional a um estado de degradação jamais visto. Feliciano só não é tão deletério quanto Eduardo Cunha porque tem menos poder.
A menina que ousou denunciá-lo é uma heroína. Mesmo que, intimidada, assustada, encurralada, aterrorizada, recue, ela já prestou um serviço inestimável à sociedade.
Expôs um câncer. Ou, para usar as palavras dela, um pintinho capaz de enormes, descomunais safadezas.
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