Os passos são dados sem pressa, entre as ruas mais tranquilas da segunda maior cidade de Minas Gerais. Em meio às quase 700 mil pessoas de Uberlândia, Mari tem tido dias de paz. Enquanto evita os holofotes e traça seu retorno às quadras, a campeã olímpica se distrai com uma vida simples. Passeia com seus cachorros, sai com os amigos, cozinha e assiste televisão.
Quando acertou com o Praia Clube para a nova edição da Superliga, a jogadora queria uma volta tranquila para casa. Depois de uma temporada turbulenta, Mari precisava respirar.
Foi encontrar paz no Praia Clube. Nos últimos anos, a equipe mineira passou a incomodar gigantes, como Rio de Janeiro e Osasco. Ao mesclar revelações, como as gêmeas Monique e Michelle, com veteranas, como a cubana Herrera, o time subiu de patamar e terminou a última temporada na quarta colocação.
Mari chega a Uberlândia como maior reforço e primeira campeã olímpica a jogar com a camisa do clube. Por isso, quer deixar todo o turbilhão que marcou seu corte da seleção às vésperas das Olimpíadas de Londres, no ano passado. A mágoa com o técnico José Roberto Guimarães ainda está lá. Ela, porém, aguarda dias melhores para, quem sabe, voltar a pensar em seleção.
- Torço para que ele (Zé Roberto) seja feliz. As decisões dele são dele, e ele que tem de saber se foi feliz ou não. Não cabe a mim julgar. Mas claro que nunca vou concordar com o corte. No momento, meu foco é o Praia Clube. Quanto à seleção, tenho tempo ainda para pensar – disse a jogadora, em entrevista por e-mail ao GLOBOESPORTE.COM.
Mari assistiu às Olimpíadas de casa. Acompanhou de longe a sofrida conquista do bicampeonato olímpico. Fora do grupo, torcia pelas antigas companheiras como se estivesse em quadra. “Sou brasileira como todos”, diz. Depois de Londres, acertou com o Fenerbahçe, mas uma grave lesão no joelho esquerdo impediu seu sucesso com a equipe turca. Enquanto se recuperava, passou a sonhar com a volta para casa. No Praia Clube, diz ter encontrado paz.
- Meu retorno foi ótimo, é sempre bom voltar para casa! Uberlândia é uma cidade muito bacana e tranquila, gosto muito daqui – afirma.
A jogadora tem trabalhado duro para acelerar seu retorno. Desde julho, quando acertou com seu novo time, encarou as últimas etapas da recuperação para voltar aos treinos com bola. O ritmo, no entanto, ainda não é o melhor. À medida que apressa os passos para jogar, tenta se manter tranquila.
- Nunca fico parada! Quando estou com algum problema físico estou malhando, tratando e treinando dentro do possível. O foco é sempre mantido, e o trabalho, sempre feito. Com isso, os frutos sempre são colhidos. Viver um dia depois do outro, assim que penso.
Mari se acostumou a jogar como ponteira. Antes dos Jogos de Londres, porém, passou a ser testada por Zé Roberta como oposto na seleção. No retorno ao Brasil, Spence Lee, seu novo técnico, afirmou que conta com a jogadora na mesma posição, embora abra espaço para que ela atue também como ponteira. Mari se diz à espera. Sem preferência, garante estar pronta para jogar em qualquer uma das funções.
- Jogo em qualquer posição, a versatilidade é uma vantagem que eu tenho! Mas claro que terei que treinar mais fixa na posição para voltar a ter a manualidade da posição – disse.
Pela primeira vez na história da Superliga, a competição feminina terá mais equipes que a masculina (14 contra 12). Mari acredita que, após a conquista do bi olímpico, a modalidade se valorizou entre as mulheres. E a jogadora festeja ter feito parte do processo.
- Sem dúvida é um esporte que só cresce! Vejo como um exemplo para muitos e isso nos traz benefícios e alegrias. Hoje, acredito que seja o segundo esporte no país. Isso me deixa muito orgulhosa, pois foram longos anos e muito trabalho de muita gente para chegarmos a esse nível de vôlei e campeonato.
No retorno ao Brasil, Mari encontrará rivais de peso. Rio, Osasco, Campinas e Sesi aparecem como maiores favoritos ao título, reforçados por jogadoras de seleção e contratações internacionais. Mas, ao lado de companheiras como Michelle, Monique e Herrera, espera que o Praia Clube consiga ir ainda mais longe na Superliga.
- É um time promissor e cheio de novidades, incentivado pela torcida e com uma estrutura invejável! A comissão técnica é muito respeitosa e trabalha muito bem, estou muito feliz aqui! Acho que, assim que estivermos com o time todo pronto fisicamente, temos elenco para brigar com todos os times da Superliga. Porém, ainda não temos o mesmo entrosamento dos rivais.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/09/espera-do-retorno-mari-deixa-rixa-com-ze-para-tras-que-seja-feliz.html
Quando acertou com o Praia Clube para a nova edição da Superliga, a jogadora queria uma volta tranquila para casa. Depois de uma temporada turbulenta, Mari precisava respirar.
Foi encontrar paz no Praia Clube. Nos últimos anos, a equipe mineira passou a incomodar gigantes, como Rio de Janeiro e Osasco. Ao mesclar revelações, como as gêmeas Monique e Michelle, com veteranas, como a cubana Herrera, o time subiu de patamar e terminou a última temporada na quarta colocação.
Mari chega a Uberlândia como maior reforço e primeira campeã olímpica a jogar com a camisa do clube. Por isso, quer deixar todo o turbilhão que marcou seu corte da seleção às vésperas das Olimpíadas de Londres, no ano passado. A mágoa com o técnico José Roberto Guimarães ainda está lá. Ela, porém, aguarda dias melhores para, quem sabe, voltar a pensar em seleção.
Mari se diz ansiosa para voltar às quadras na Superliga (Foto: Divulgação)
Mari assistiu às Olimpíadas de casa. Acompanhou de longe a sofrida conquista do bicampeonato olímpico. Fora do grupo, torcia pelas antigas companheiras como se estivesse em quadra. “Sou brasileira como todos”, diz. Depois de Londres, acertou com o Fenerbahçe, mas uma grave lesão no joelho esquerdo impediu seu sucesso com a equipe turca. Enquanto se recuperava, passou a sonhar com a volta para casa. No Praia Clube, diz ter encontrado paz.
- Meu retorno foi ótimo, é sempre bom voltar para casa! Uberlândia é uma cidade muito bacana e tranquila, gosto muito daqui – afirma.
Mari em trabalho de recuperação na piscina do Praia Clube: retorno está próximo (Gullit Pacielle)
- Nunca fico parada! Quando estou com algum problema físico estou malhando, tratando e treinando dentro do possível. O foco é sempre mantido, e o trabalho, sempre feito. Com isso, os frutos sempre são colhidos. Viver um dia depois do outro, assim que penso.
Mari se acostumou a jogar como ponteira. Antes dos Jogos de Londres, porém, passou a ser testada por Zé Roberta como oposto na seleção. No retorno ao Brasil, Spence Lee, seu novo técnico, afirmou que conta com a jogadora na mesma posição, embora abra espaço para que ela atue também como ponteira. Mari se diz à espera. Sem preferência, garante estar pronta para jogar em qualquer uma das funções.
- Jogo em qualquer posição, a versatilidade é uma vantagem que eu tenho! Mas claro que terei que treinar mais fixa na posição para voltar a ter a manualidade da posição – disse.
Pela primeira vez na história da Superliga, a competição feminina terá mais equipes que a masculina (14 contra 12). Mari acredita que, após a conquista do bi olímpico, a modalidade se valorizou entre as mulheres. E a jogadora festeja ter feito parte do processo.
Mari conversa com a cubana Herrera durante treino do Praia Clube (Foto: Gullit Pacielle)
No retorno ao Brasil, Mari encontrará rivais de peso. Rio, Osasco, Campinas e Sesi aparecem como maiores favoritos ao título, reforçados por jogadoras de seleção e contratações internacionais. Mas, ao lado de companheiras como Michelle, Monique e Herrera, espera que o Praia Clube consiga ir ainda mais longe na Superliga.
- É um time promissor e cheio de novidades, incentivado pela torcida e com uma estrutura invejável! A comissão técnica é muito respeitosa e trabalha muito bem, estou muito feliz aqui! Acho que, assim que estivermos com o time todo pronto fisicamente, temos elenco para brigar com todos os times da Superliga. Porém, ainda não temos o mesmo entrosamento dos rivais.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/09/espera-do-retorno-mari-deixa-rixa-com-ze-para-tras-que-seja-feliz.html