O Vasco poderia ter continuado sem grandes preocupações na zona de  classificação do Campeonato Carioca com um mero empate em São Januário  diante da Cabofriense. Mas não conseguiu.  De virada, o time da Região  dos Lagos venceu por 2 a 1, se firmou na terceira colocação e deixou  para o rival a obrigação de vencer na próxima rodada, na quinta-feira,  contra o Madureira em Conselheiro Galvão, já que Nova Iguaçu e Botafogo  passaram a ameaçar o posto cruz-maltino no G-4. A Cabofriense, por sua  vez, pegará o Fluminense em Macaé, na quarta-feira, em igualdade de  pontos (22). Se vencer, assumirá a vice-liderança da competição - existe  até uma remota chance de a equipe alcançar a primeira posição, hoje do  Flamengo, que tem 25 pontos e uma vantagem de oito gols de saldo. O jogo  teve cinco bolas na trave, sendo três dos anfitriões.  saiba mais
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 Autor do gol do Vasco, Edmílson pediu mais atenção ao time. Lamentou os  pontos perdidos em casa e afirmou que, para conseguir a classificação, o  Vasco não pode errar tanto.
 - Não pode perder ponto. Não é tirar o mérito deles, é uma equipe muito  boa, soube aproveitar os nossos erros. O campeonato é complicado,  difícil, não podemos vacilar mais. (Erros) No passe, marcação, chances  de gol que não fizemos, tudo... O coletivo. De trás para frente e de  frente para trás. Faltam quatro ou cinco jogos, quem quer classificar  não pode errar tanto assim.   Toma lá, dá cá Cabofriense comemora gol da virada sobre o 
Vasco em São Januário (Foto: Márcio 
Alves / O Globo)
 
 O técnico Adilson Batista teve dois problemas para a partida: o  zagueiro Rodrigo, ainda com dores na coxa esquerda, resultado da pancada  no clássico contra o Flamengo, foi substituído por Jomar. Na frente,  Everton Costa, também lesionado, deu lugar a Montoya. No time da Região  dos Lagos, a dúvida de Alexandre Barroso era o goleiro Jefferson, que se  machucou contra o Bonsucesso. Luis Cetin foi confirmado em seu lugar - e  teve boa atuação.  O jogo começou truncado, com ambas as equipes procurando não dar espaço  e dificultar a troca de passes. Logo aos dois minutos, o Vasco  conseguiu furar o bloqueio e Douglas acertou a trave, após cruzamento de  Diego Renan. Pouco depois, em contra-ataque, a zaga da Cabofriense  impediu a conclusão da tabela entre Montoya e Edmílson, que sobraria  livre na área. O Vasco parecia dominar as ações nos primeiros minutos,  mas o troco veio com Fabrício Carvalho. Ele bateu para boa defesa de  Martín Silva, que espalmou para a linha de fundo. Na sequência, após  cobrança de escanteio, o mesmo atacante finalizou de cabeça, na trave,  no lance de maior perigo até então.  O Vasco teve nova boa oportunidade aos 15 minutos. Jomar, que  substituiu Rodrigo, tentou de cabeça para grande defesa de Cetin. Na  tentativa também de cabeça de Edmílson, o goleiro reserva da Cabofriense  nada pôde fazer: 1 a 0. Mas não deu nem tempo de a torcida comemorar.  Menos de dois minutos depois, Jomar furou, e Fabrício Carvalho ajeitou  para Pará bater de fora da área com precisão e empatar a partida em São  Januário.  O Vasco teve nova grande chance com Fellipe Bastos, em cobrança de  falta da intermediária, novamente parando na trave de Cetin. Aos 26,  porém, as balizas não impediram a virada da Cabofriense. Em cochilo da  zaga, Fabrício Carvalho recebeu livre na frente e completou em chute  cruzado, sem chance para Martín Silva: 2 a 1. Fellipe Bastos e Edmílson  ainda fizeram Cetin trabalhar e, nos minutos finais, o ritmo diminuiu. O  lance mais polêmico da partida aconteceu aos 44 minutos: Fabrício  Carvalho recebeu livre no ataque e foi derrubado por Jomar. Último homem  antes do goleiro Martín Silva, o zagueiro recebeu somente o cartão  amarelo.   Vasco domina etapa final, mas não marca Douglas tenta levar o Vasco ao ataque 
(Foto: Márcio Mercante/O Dia/Agência Estado)
 
 No intervalo, Adílson Batista trocou o volante Aranda pelo atacante  William Barbio, tentando lançar o Vasco à frente. A Cabofriense voltou  sem mudanças. Logo aos três minutos, o time da casa teve chance em belo  passe de calcanhar de Douglas. Pará ficou imóvel e Diego Renan recebeu  livre na esquerda. Cruzou rasteiro mas Edmílson não alcançou. Mais  ofensivo, o Vasco trocava passes no ataque, mas criava pouco. A  Cabofriense apostava em chutões e sobras para tentar surpreender. A  chance do empate veio aos 11 minutos, com Montoya, que bateu para fora.  O técnico do Vasco chamou então Bernardo no lugar de Douglas, cansado,  mandando o time de vez ao ataque, já que no segundo tempo a Cabofriense  pouco, ou nada, ameaçava. Em uma das poucas tentativas de contra-ataque  dos rivais, Luan acabou recebendo cartão amarelo e está fora da partida  contra o Madureira. Batista fez então a terceira alteração, sacando  Montoya para a entrada de Thalles.  Até os 30 minutos, apesar de um claro domínio do Vasco na etapa, foram  poucas as chances, com a Cabofriense toda no campo de defesa se  dedicando quase exclusivamente a impedir o empate. Aos 32, Luan, de  cabeça, também mandou na trave. Foi a terceira bola vascaína que parou  na baliza. Três minutos depois, a trave que antes prejudicou, ajudou.  Martín Silva saiu muito mal para afastar e a bola chegou a Keninha. Por  cobertura, ele mandou no travessão. Aos 40, falta perigosa para o Vasco  na entrada da área, mas Bernardo bateu para fora. Cada vez mais fechada,  a Cabofriense pouco atravessava a linha do meio de campo e conseguiu,  dessa forma, manter o resultado.