Competência e sorte costumam andar lado a lado. E quando uma falta, a  outra precisa aparecer. Foi assim com o São Paulo nesta quarta-feira. O  Tricolor teve qualidade para superar tropeço no primeiro tempo. E sorte  para compensar a apatia (provocada pelo cansaço) na etapa final. Mesmo  com a derrota por 3 a 2 para o Emelec, em Guayaquil, a equipe do Morumbi  está nas semifinais da Copa Sul-Americana.  saiba mais
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 Não faltou emoção para brasileiros e equatorianos. Depois de perder na  capital paulista por 4 a 2, o Emelec precisava de triunfo por 2 a 0.  Fez, então, um gol relâmpago, aos 20 segundos. Mas não segurou a  competência de Alan Kardec e Ganso. Mais tarde, dois gols de pênalti em  oito minutos. E muita pressão. O são-paulino tem de agradecer a Rogério  Ceni e à trave por não ter sido eliminado.
  O adversário do Tricolor na semifinal da Copa Sul-Americana será o  Nacional de Medellín, da Colômbia, que repetiu fora de casa o placar do  jogo de ida e bateu novamente o Universidad César Vallejo-PER por 1 a 0.  Pelo Brasileirão, o São Paulo (segundo colocado, com cinco pontos a  menos do que o líder Cruzeiro) volta a campo no domingo, às 17h, contra o  Vitória, no Barradão.
 Ganso e Kaká se abraçam na comemoração do 
segundo gol do Tricolor (Foto: AFP)
Susto relâmpago e virada
  Gol do Emelec! Com apenas 20 segundos de jogo, o time equatoriano  colocou uma pressão enorme sobre o São Paulo. O gol marcado por Bolaños,  após falha de Alvaro Pereira no meio de campo, deixou os donos da casa a  um gol da classificação para a semifinal. E até os 28 minutos só deu  Emelec. O volume foi grande, mas a efetividade nem tanto. Depois de se  mostrar perdido em campo, o Tricolor virou o jogo ainda no primeiro  tempo.
  E em grande estilo. Primeiro com Alan Kardec, que deixou sua marca nos  quatro últimos jogos do São Paulo. E depois com Ganso, em jogada genial  do ataque são-paulino. A bola que sobrou para atacante empatar aos 28  minutos veio de desvio de cabeça de Paulo Miranda após falta cobrada por  Michel Bastos. E o gol de maestro, aos 39, foi fruto de um  contra-ataque mortal. Michel avançou, tocou para Souza, que rolou para  Kaká, que deu lindo drible e serviu o camisa 10. Um golaço! Alan Kardec deixa sua marca pela quarta 
partida seguida do São Paulo (Foto: AFP)
Que sufoco!
  Oito minutos. Dois pênaltis. Dois gols. Tudo isso para o... Emelec. O  São Paulo que terminou o primeiro tempo em alta não foi o mesmo no  começo da etapa final. Paulo Miranda fez falta em Mondain na grande  área. Bolaños converteu a penalidade aos três – Rogério Ceni chegou a  encostar na bola. Pouco depois, após cruzamento de Bolaños, Alvaro  Pereira cortou com a mão. Em mais uma cobrança, Bolanõs fez o seu  terceiro gol na partida. A pressão do time equatoriano aumentou. E a  trave salvou o Tricolor.
  Assim como antes, o time de Muricy Ramalho não conseguia se encontrar.  Sem levar perigo à defesa da equipe equatoriana, o Tricolor dava espaços  para o Emelec ameaçar em busca do quarto gol, que levaria a decisão  para os pênaltis. Não fosse Rogério Ceni, a trave e um pouco de sorte...  Cansado e sem força para ir ao ataque, o São Paulo esperou o tempo  passar, tentou esfriar o jogo, correu riscos, mas terminou a partida com  a derrota que podia. O Tricolor está na semifinal. Denilson e Quiñonez disputam a bola durante 
o jogo em Guayaquil (Foto: AFP)