Filme repetido. De comédia romântica para o Atlético-MG. De terror para  o Flamengo. Duas semanas depois da classificação marcante na semifinal  da Copa do Brasil, o Galo deu continuidade ao caso de amor com o  torcedor, que deixou o Horto rindo à toa dos 4 a 0 sobre o Rubro-Negro,  na noite desta quarta-feira, pela 35ª rodada do Brasileirão. Sem poupar  ninguém, Levir Culpi mandou para campo força máxima e atropelou os  cariocas em ensaio para decisão contra o Cruzeiro, daqui a uma semana.  saiba mais
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  Carrasco rubro-negro, Luan marcou duas vezes e deixou o campo  ovacionado após chocar a trave ao marcar o terceiro gol. Diego Tardelli e  Dodô completaram o placar para um Atlético-MG que finalizou 15 vezes e  foi ameaçado apenas duas. No lado do Flamengo, o clima de férias por  conta da salvação matemática do rebaixamento não justifica atuação tão  apática. No sistema defensivo, apenas Paulo Victor se salvou e evitou  tragédia ainda pior. De quebra, os rubro-negros tiveram que aturar 90  minutos de gozação ao som de "freguês" e "eliminado".
  Com a vitória, o Galo volta ao G-4, na quarta posição, com 61 pontos -  depende do resultado de Grêmio x Cruzeiro, nesta quinta, para manter a  posição. No sábado, o rival será o Internacional, às 19h30m (de  Brasília), no Beira-Rio, em partida que deve contar somente com  reservas. O Flamengo caiu para a décima colocação, com 47 pontos, e pega  o Criciúma, domingo, às 17h, no Castelão, em São Luís do Maranhão. Luan voa para comemorar seu gol: carrasco do 
Flamengo (Foto: Luiz Costa / Hoje em Dia 
/ Agência Estado)
Galo acelera e atropela o Fla no primeiro tempo
  Podia não valer nada para o Flamengo, podia ser uma espécie de treino  para o Galo visando à decisão da Copa do Brasil - já que no fim de  semana apenas os reservas devem entrar em campo -, mas o jogo começou a  mil por hora. Fazendo valer da velocidade que lhe é característica, o  Rubro-Negro marcou a saída de bola e se mandou para cima. Pico, em  cobrança de lateral na área, deixou Marcelo em boa condição. O zagueiro  furou. Nixon, em boa jogada pela direita, cruzou rasteiro. Gabriel  furou. E foi só para os cariocas, que sofreram com uma avalanche mineira  a partir do décimo minuto.
  Com muito espaço para atacar pelo lado esquerdo de ataque, o Galo  também apostou na velocidade e aproveitou a noite ruim dos defensores  rivais. Douglas Santos acertou o travessão, Carlos obrigou Paulo Victor a  fazer uma defesa incrível, mas a pressão não demorou para surtir  efeito. Aos 24, Dátolo cobrou escanteio, Marcelo desviou mal para trás  no primeiro pau, e Luan aproveitou desatenção de Léo Moura para escorar  no segundo pau. O carrasco da Copa do Brasil aprontava de novo. O  Atlético-MG praticamente não saía do campo de ataque, e na nona  finalização, contra nenhuma do Fla, fez 2 a 0. Diego Tardelli cobrou  forte penalidade de Léo Moura em Douglas Santos.   Sem fazer força, Galo aplica goleada
 Diego Tardelli festeja: gol e mais uma vitória 
diante do Fla (Foto: Denilton Dias 
/ Agência estado)
 Sem forças para reagir, o Flamengo voltou com Amaral no lugar de Lucas  Mugni para evitar uma tragédia. Não deu certo. Solto, o Galo era  envolvente no campo de ataque e chegava com facilidade ao gol de Paulo  Victor. O goleiro, coitado, tentava se virar de todas as maneiras, mas  tudo tem limite. Carlos aproveitou cruzamento da direita para fazer o  terceiro na pequena área e teve o gol mal anulado. A esta altura, o  torcida já gritava "olé" no Horto diante de um rival atordoado. Não  restava dúvidas: o terceiro gol era questão de tempo.
  Inseparáveis fora de campo, Luan e Dátolo reafirmaram a grande fase que  vivem na reta final de temporada. O argentino cruzou da esquerda, e o  carrasco rubro-negro escorou livre para colocar 3 a 0 no placar, aos 17.  Dez minutos depois, o quarto. Cérebro atleticano, Dátolo tabelou com  Dodô e deixou o garoto na frente de PV. Chute forte, por baixo das  pernas do goleiro, e goleada consolidada. Duas semanas de depois do 4 a 1  da Copa do Brasil, o Galo voltou a dar um baile no Flamengo. A trilha  sonora foi a mesma: "Eliminado! Eliminado! Eliminado".