Santistas, esqueçam as más atuações nas primeiras rodadas e os gestos  obscenos de Oswaldo de Oliveira. Agora, há muitos motivos para  comemorar. No primeiro clássico do Campeonato Paulista, o Peixe deu um  show de bola nesta quarta-feira. E logo contra seu maior rival, o  Corinthians. Goleada por 5 a 1 na Vila Belmiro, com direito a “olé”.  Melhor durante toda a partida, o Santos exterminou qualquer chance de  reação do Timão. Com gols de Arouca, Gabriel, Thiago Ribeiro (dois) e  Bruno Peres, a equipe da Vila Belmiro empolgou seu torcedor (o público  foi de 8.050 pagantes) e chegou a dez pontos na liderança do Grupo C. O  Corinthians é vice-líder no B.  Nesse processo de reconstrução das duas equipes, com novos treinadores,  o Santos usou o clássico para dar um passo à frente. E o Timão deu um  passo atrás. Principalmente pelos erros cometidos pelo setor que parecia  mais seguro: a zaga. Para piorar, o Corinthians voltou a perder um  clássico depois de mais de um ano.  saiba mais
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  Antes desta quarta-feira, a última vez que o Corinthians havia sido  superado num jogo desses foi na última rodada do Brasileirão de 2012,  contra o São Paulo. No ano passado, ainda sob o comando de Tite, foram  12 clássicos. Nenhuma derrota. Por 5 a 1? Não acontecia desde 2005, para  o Tricolor do Morumbi.  Na próxima rodada, o Santos joga mais uma vez na Vila Belmiro. Dessa  vez contra o Botafogo-SP, sábado, às 19h30. E o Corinthians, por sua  vez, atua novamente fora. O desafio de domingo, às 17h, será contra a  Ponte Preta, em Campinas. Santistas comemoram a goleada sobre o rival 
Corinthians, na Vila Belmiro (Foto: Marcos Ribolli)
 
Clássico de verdade  Três gols, boas defesas, finalizações perigosas, bronca de treinador...  Se fosse levada em consideração apenas a etapa inicial, o primeiro  clássico do Campeonato Paulista já poderia receber o rótulo de “bom  jogo”. Santos e Corinthians não deixaram a monotonia tomar conta do  torcedor. Pelo contrário. Danilo teve dificuldade em armar para o Timão
 (Foto: Marcos Ribolli)
 
 Melhor nos primeiros minutos de partida, o Peixe sufocou o Timão. Só  precisou de 22 minutos para abrir 2 a 0. Aos 12, mesmo depois de linda  defesa de Walter em cabeçada de Alan Santos, a bola sobrou para Arouca  bater de fora da área e marcar – havia três jogadores em impedimento,  mas só Alan Santos atrapalhava o goleiro.  Dez minutos depois, Arouca deu belo cruzamento para Gabriel ampliar de  cabeça. Na comemoração, dancinha. Antes disso, o técnico Mano Menezes,  insatisfeito com a atuação do Corinthians, ameaçou tirar Romarinho de  campo por falha na cobertura do chileno Mena. Mas antes mesmo de nova  reclamação, o Timão reagiu.  Com chute de fora da área de Guilherme, aos 24 minutos, o Corinthians  diminuiu a desvantagem. E a partir daí igualou a posse de bola. As  melhores chances para o empate foram de Guerrero. O peruano, aliás,  ficou inconformado com a não marcação de pênalti em cima dele no final  da etapa. Cicinho, pelo Santos, também. Sem banana pra torcida: Oswaldo de Oliveira 
vibra com vitória do Peixe (Foto: Marcos Ribolli)
 
E o clássico continuou clássico...  A volta para o segundo tempo foi tensa para o Corinthians. Dentro e  fora de campo. Da arquibancada, xingamentos da Fiel contra Pato e Sheik.  E no gramado, mais um gol do Santos, o terceiro. Logo aos dois minutos,  Gabriel recebeu na esquerda e cruzou. A bola passou por Bruno Peres e  sobrou para Thiago Ribeiro marcar.  Da mesma maneira que no primeiro tempo, o peruano Paolo Guerrero era o  homem mais perigoso do Timão. Olhando para o céu, como se conversasse  com alguém, ele lamentou brilhante defesa de Aranha após sua cabeçada  aos dez minutos. Mais avançado, o Corinthians não reagiu. E deu espaço  para o Peixe ampliar.  Geuvânio fez bela jogada pela direita e deixou Bruno Peres na cara do  gol para marcar o quarto gol do Santos. Virou goleada. Fato que deixou  os jogadores do Corinthians irritados. Sheik e Guerrero perderam a  cabeça em lances de falta e foram advertidos com cartão amarelo, um  seguido do outro.  Da torcida santista, os gritos de “olé” davam o tom de como o clássico  foi dominado pelo time da Vila Belmiro. E Thiago Ribeiro, pela segunda  vez no jogo, aumentou essa comprovação. Aos 32 minutos, o atacante  passou por Guilherme e tocou na saída do goleiro Walter, para dar  números finais ao clássico paulista. Polêmica! Guerrero é derrubado na área, mas 
árbitro não assinala pênalti  (Foto: Marcos Ribolli)