Esporte
Pato marca em pênalti após falha tricolor, e Timão vence o São Paulo
 
 
Corinthians  vira clássico no fim após erro de Toloi e dividida entre Pato e Rogério  Ceni. Vitória põe fim à sina dos empates. Agora, é Libertadores
   A CRÔNICA  
         Luis Fabiano, Guerrero, Jadson, Sheik, Ganso, Danilo, Osvaldo, Pato,  Rogério Ceni, Paulinho... Se em um domingo de Páscoa um clássico com  tantos bons jogadores terminasse 0 a 0, o Paulistão teria de ser  benzido. Mas inesperado mesmo é que a vitória fosse decidida por um  erro, em vez do talento de um deles. Rafael Toloi recuou a bola de  maneira absurda para Rogério Ceni, que teve de dividir com Alexandre  Pato. E aí? O goleiro chutou o pé do atacante, ou o atacante entrou de  sola no goleiro? O árbitro deu pênalti.
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  Pato bateu e decidiu. Virada do Corinthians, que nem foi melhor no  jogo, não foi brilhante, mas não perdeu as oportunidades que teve e  errou menos. Vitória que mantém uma escrita de sete anos sem perder para  os donos da casa no Morumbi. E que coloca o Timão em situação de menos  aperto na tabela do Paulistão: está em quarto, com 29 pontos. O Tricolor  segue líder, seis pontos à frente do rival e com um jogo a menos. O  jogo teve público total de 20.930 pessoas, com renda de R$ 708.080,00.
  O São Paulo foi melhor no primeiro tempo, criou ótimas jogadas e contou  com talento e dedicação de seus jogadores. Jadson marcou logo no  início, e o time controlava o jogo até Danilo, sempre ele, letal nos  Majestosos, acertar um lindo chute de pé direito e salvar sua má  atuação. Na etapa final, fez diferença a consistência do Corinthians,  que nem se esforçou muito para ganhar, mas não cometeu nenhum erro grave  como o de Toloi.
  Pausa no Paulistão. A Libertadores vem aí. O São Paulo está em situação  muito ruim. Vai jogar na quinta-feira na tão temida altitude de La Paz  contra o Strongest. Se não vencer, corre o risco de ir para a última  rodada precisando derrotar o Atlético-MG no Morumbi, e ainda dependendo  de outros resultados para se classificar. Já o atual campeão  Corinthians, em posição mais confortável, terá o Millonarios pela  frente, na quarta, em Bogotá. Se vencer, praticamente carimba sua vaga.  Do contrário, ainda poderá fazer isso diante do frágil San José, na  última rodada, no Pacaembu.   Chuta, Ganso? Chuta, Danilo!
  Paulo Henrique Ganso fez um bom primeiro tempo. Com movimentação,  dedicação de saltar aos olhos na marcação, ótimos passes, inteligência,  mas... Teve três chances para chutar a gol, e em todas preferiu tentar  encontrar um companheiro. Danilo, por outro lado, tinha atuação pífia  até receber com liberdade do lado esquerdo, ajeitar para o pé direito  e... Gol! Golaço! Não era o pé bom, mas não importa. Danilo tem talento,  tem estrela nos duelos entre São Paulo e Corinthians, onde já fez  muitos gols com as duas camisas. Ganso também tem talento. Precisa  usá-lo mais.
  Quem chutou, e também marcou, foi Jadson, o melhor jogador do São Paulo  desde que Lucas se foi. Logo no começo do Majestoso, para afastar  qualquer suspeita de um novo 0 a 0 em clássicos no Paulistão. Uma jogada  ótima, que teve o drible e o passe de Osvaldo, a visão de Ganso ao  deixar a bola passar, e a calma do camisa 10. Com um sistema de marcação  frágil, apenas Denilson como volante e Maicon mais recuado, o Tricolor  foi melhor, muito por conta da dedicação dos homens de frente.
  Luis Fabiano, por exemplo, apareceu em duas boas finalizações que  Cássio defendeu, mas também em desarmes e entradas firmes. Firmes, não  violentas. Leais. Mas o Timão, sabendo de sua fama, fez de tudo para  enervá-lo e jogá-lo contra o árbitro. Por sinal, reclamaram demais os  corintianos, que cercaram Leandro Marinho em dois lances: pediram falta  em Alessandro no lance que originou o gol são-paulino, e reclamaram do  empurrão de Gil no Fabuloso. Em nenhum deles tinham razão.
  Tite começou a partida com Romarinho na direita, Danilo centralizado e  Sheik na esquerda. Nenhum deles ia bem, o que comprometia também a  atuação de Guerrero. A versatilidade dos atletas permite ao técnico  invertê-los. De repente, Emerson estava na direita, Romarinho pelo meio e  Danilo na esquerda, onde recebeu para fazer um senhor golaço. Quando  recebeu, aliás, o lateral-direito Paulo Miranda, que joga porque é  marcador, estava voltando lentamente no meio.
  Na jogada mais bonita do primeiro tempo, a bola passou pelos pés de  Ganso e Paulo Miranda até chegar em Jadson, e o meia fazer lindo passe  para Osvaldo, que bateu de primeira, para fora. Paulinho e Romarinho  também tiveram chances pelo Timão. Um clássico cheio de ótimos  jogadores, muito melhor do que os outros do Paulistão.
   Falta ou pênalti? Pênalti!  Ritmo mais lento. O segundo tempo não teve a intensidade do primeiro.  Um vai viajar para a Colômbia, o outro para a Bolívia. Era esperado.  Ainda assim, a qualidade dos jogadores em campo fazia com que chances  fossem criadas. Luis Fabiano recebeu dois bons passes e finalizou com  perigo, mas em ambas as vezes estava impedido.
  O banco do Corinthians era melhor. Sai Guerrero, entra Pato. Que time  tem esse privilégio? Foi o jovem quem ajeitou de cabeça para Paulinho e  causou o lance mais inusitado do jogo. Rogério Ceni, goleiro mais  talentoso com os pés, furou, mas se recuperou a tempo de evitar o  segundo gol corintiano.  Com a formação inicial, o São Paulo não tinha outra proposta além de  tentar a vitória. São jogadores fadados ao ataque. O contra-ataque,  então, ficou para o Timão. Mas nenhum time cumpriu sua proposta com  apetite suficiente. Por falar em apetite, uma cena que deve ter enchido  os dirigentes tricolores de orgulho: Ganso deu um carrinho, levantou  socando o ar de raiva pela marcação da falta, e levou cartão amarelo.  Corre sangue nas talentosas veias do meia.
  Tudo parecia caminhar para o quinto empate consecutivo em clássicos  quando Toloi, que havia acabado de desarmar Sheik e Pato com maestria,  errou o recuo para Rogério Ceni. O goleiro dividiu com Pato, ficou  caído, e ainda teve de amargar o pênalti e um cartão amarelo. Foi a vez  dos tricolores reclamarem demais com todos os árbitros possíveis.  Queriam uma falta do atacante, que antes do choque entre sua chuteira e a  do capitão são-paulino, já havia tocado na bola.
  Pato não tomou conhecimento das reclamações de Ceni. Bateu forte, no  canto superior direito do goleiro, e fez sinal pedindo silêncio na  comemoração. Shhhhhh! Um desabafo do jogador, que ouviu a torcida  adversária chamar os corintianos de "assassinos" em provocação pela  morte do garoto Kevin Espada, no jogo do Timão na Bolívia, pela  Libertadores. Torcedores do Corinthians estão presos em Oruro por serem  suspeitos de terem disparado o sinalizador que matou o menino.
  Sem pressão, o anfitrião tentou empatar no fim. Não conseguiu. Vitória   do Corinthians em um bom jogo, que poderá se repetir na fase final.     + EXPANDIR A CRÔNICA COMPLETA 
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/campeonato-paulista-2013/31-03-2013/sao-paulo-corinthians.html
   
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