Raphael Martins
Publicada em 08/12/2011 às 10:40 
Rio de Janeiro (RJ)
                                     
O Mundial de Clubes começou nesta quinta-feira. Começou  formalmente, diga-se de passagem, porque a partida entre Kashiwa Reysol e  Auckland City foi um castigo. O atual campeão japonês venceu por 2 a 0 e  agora enfrentará o Monterrey pelo direito de enfrentar o Santos na  semifinal.
A Nova Zelândia é um país conhecido mundialmente  pela seleção de rúgbi, que inclusive foi campeã mundial neste ano, mas  com a bola redonda literalmente não existe. O Auckland City pode ser o  campeão da Oceania, mas é uma equipe totalmente limitada, que faz  refletir sobre a validez de se ampliar esse Mundial.
O  Kashiwa Reysol também não fica muito atrás. Tirando os brasileiros  Leandro Domingues e Jorge Wagner, o atual campeão japonês é um time  limitado. Antigamente se dizia que "japonês" era aquele cara ruim de  bola, pois o Kashiwa é literalmente um punhado de "japoneses".
Mais  uma vez a reflexão: de que adianta encher o Mundial de Clubes com essas  equipes de futebol ignoto, sem qualquer competitividade? Ganha-se no  argumento de democratização do futebol, mas convenhamos que o aspecto  técnico fica totalmente em segundo plano.
  | 
| Jorge  Wagner e Leandro Domingues, figurinhas conhecidas do futebol  brasileiro, comemoram o gol de Tanaka, camisa 18 (FOTO: Kim  Kyung-Hoon/Reuters) | 
O jogo foi  fraquíssimo. Um castigo para quem foi obrigado a assisti-lo. O primeiro  gol saiu somente aos 36 minutos, com Tanaka, que fez um giro sobre o  zagueiro neozelandês e bateu forte para abrir o placar. Quatro mais  tarde e Kudo aproveitou rebote de bola na trave e marcou o segundo.
Seria  o início de uma goleada? A porteira do Auckland abriu? Nada disso, o  Kashiwa ficou satisfeito com a vantagem e pronto, esperou o tempo  passar.
Prova disso é que o nível conseguiu cair ainda mais no  segundo tempo. Os japoneses corriam de um lado para o outro com a bola,  sem produzir qualquer jogada que servisse para algo, enquanto os  neozelandeses, que deveriam estar jogando rúgbi ao invés de se meter  jogar futebol, não conseguiam produzir nada.
Para não ser injusto,  com meia hora do segundo tempo o Auckland teve duas boas chances. Uma  delas em bela cobrança de falta de Mullingan. Mas o goleiro Sugeno  estava esperto e fez duas grandes defesas.
E foi só. Essa foi a  partida formal de abertura do Mundial de Clubes da Fifa, que na verdade  só começará mesmo quando Santos e Barcelona entrarem em campo. Aliás, o  Peixe joga na próxima quarta-feira contra o vencedor de Monterrey e  Kashiwa Reysol, que se enfrentam no domingo.
FICHA TÉCNICA
KASHIWA REYSOL 2 X 0 AUCKLAND CITYLocal: Toyota Stadium, Toyota (JAP)
Data-Hora: 08/12/2011 - 08h45 (de Brasília)
Árbitro: Nicola Rizzoli (ITA)
Auxiliares: Renato Faverani (ITA) e Andrea Stefani (ITA)
Cartões amarelos: Kondo (KAS)
Cartões vermelhos: -
Gols: Tanaka 36'/1ºT (1-0) e Kudo 40'/1ºT (2-0)
KASHIWA REYSOL: Sugeno,  Kondo, Sakai (Mizuno 21'/2ºT), Masushima e Otani; Barada (Kurisawa  36'/2ºT), Hashimoto, Leandro Domingues e Tanaka (Kitajima 39'/2ºT);  Jorge Wagner e Kudo - Técnico: Nelsinho Baptista.
AUCKLAND CITY: Spoonley, Hogg, Berlanga, Pritchett e Mullingan; Exposito, Feneridis  (Corrales 3'/2ºT), Dickinson (Tade 22'/2ºT) e Vicelich; Riera (Koprivcic  24'/2ºT) e Andreu - Técnico: Ramon Tribulietx.