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libertadores - Torcida empurra, Tricolor bate Galo e, com ajuda do Arsenal, se classfica
 
 
Empurrado por 50 mil pessoas, São Paulo vence o Atlético-MG por 2 a 0,  gols de Ceni e Ademilson, e avança; nas oitavas, times vão se  reencontrar
   A CRÔNICA  
  por    Carlos Augusto Ferrari    
         
 Uma noite que fez renascer o mito do "clube da fé", como o São Paulo é  chamado pelos mais velhos em terras paulistas. A tarefa era complicada.  Afinal, não bastava vencer o melhor time da fase de classificação da  Taça Libertadores da América. Era preciso ganhar e ainda torcer por uma  vitória do Arsenal no confronto diante do Strongest, na Argentina.  Cinquenta mil vozes fizeram sua parte nas arquibancadas do Morumbi e  empurraram o Tricolor rumo à segunda fase do torneio sul-americano. Sem  ser brilhante, mas com muita raça, a equipe de Ney Franco fez o  suficiente para bater o Galo por 2 a 0 e, ajudado pelo triunfo argentino por 2 a 1, garantiu a segunda colocação do Grupo 3, com sete pontos, mesma pontuação do Arsenal, mas com vantagem no saldo de gols.
  O mais irônico: São Paulo e Atlético-MG vão se reencontrar nas oitavas,  com o Galo decidindo a vaga em Belo Horizonte. Para o time de Cuca, a  única motivação no Morumbi era arrancar um empate que eliminaria um  rival forte. Não deu. Com uma atuação bem abaixo da média recente, o  Atlético-MG vê o São Paulo resssurgir das cinzas. Promessa de mais dois  duelos eletrizantes nas oitavas de final.
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  Com Luis Fabiano suspenso pela sua infantil expulsão ocorrida no empate  com o Arsenal e Jadson suspenso, coube ao capitão Rogério Ceni ser um  dos protagonistas da noite ao converter o pênalti sofrido por Aloísio.  Ademilson, após assistência de Osvaldo, marcou o segundo e garantiu a  vitória são-paulina.
  Enquanto a Conmebol não confirma as datas dos confrontos, as duas  equipes voltarão o foco para seus estaduais no fim de semana. O São  Paulo, que já tem a primeira colocação assegurada, fechará a fase de  classificação diante do Mogi Mirim, domingo, no interior. Já o  Atlético-MG, vice-líder no mineiro, terá o Vila Nova pela frente no  mesmo dia.
  
Jogadores do São Paulo comemoram o gol marcado por Rogério Ceni no Morumbi  (Foto: Marcos Ribolli) 
Pouca emoção na etapa inicial 
  Muita marcação, algumas jogadas ríspidas e pouca criatividade das  equipes. É dessa maneira que pode ser analisado o primeiro tempo do  duelo no Morumbi. Os dois treinadores fizeram suspense até o último  instante. No São Paulo, Ney Franco, que fechou os dois treinos que  antecederam a partida, voltou a usar o esquema 4-2-3-1, com Douglas na  linha ofensiva pela direita como substituto do suspenso Jadson. No Galo,  Cuca abriu mão do esquema com três atacantes. Com um problema na coxa  direita, Diego Tardelli foi vetado após um teste no vestiário. Com  Guilherme como substituto imediato, o treinador preferiu reforçar a  marcação com a entrada do volante Serginho para ajudar na marcação sobre  Osvaldo.
  
Ronaldinho Gaúcho foi bem no primeiro tempo
 (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com) 
 O apoio das arquibancadas era maciço, e o São Paulo iniciou a partida  como se estivesse ligado na tomada, uma postura bem diferente das  últimas partidas. Nada, no entanto, que assustasse o Galo, que assustou  em contra-ataques. A necessidade de buscar o resultado fazia o Tricolor  atacar com até sete jogadores.
  Precavido, o Galo voltava com todos as suas peças para a intermediária  defensiva, o que diminuía muito os espaços. Ronaldinho Gaúcho,  experiente, catimbava todos os lances. Cometeu faltas no ataque, para  segurar o ímpeto adversário. Com a bola nos pés, valorizava a posse ao  máximo e, em cobrança de falta, assustou Rogério Ceni. Foi, sem dúvida, o  jogador mineiro mais perigoso.
  Com Ganso muito bem vigiado, os donos da casa concentraram seu jogo  pela esquerda. Osvaldo era a válvula de escape. Pela direita, apesar da  vontade mostrada por Paulo Miranda, pouca coisa acontecia na prática,  até porque Douglas não era notado em campo. O Atlético, mais precavido  do que o normal, assustou aos 26, em cruzamento de Jô, que desviou na  zaga rival e quase encobriu Rogério Ceni.
  O São Paulo, apesar da atitude combativa, não obrigou Victor a fazer  uma defesa sequer nos 45 minutos iniciais. Na melhor chance, aos 41,  Osvaldo foi travado na hora do chute. No mais, foram apenas lances de  bola parada com Carleto, bem controlados pela defesa atleticana.
  
Pênalti de Leonardo Silva em Aloísio foi o momento-chave do jogo (Foto: Marcos Ribolli) 
Ceni e Ademilson marcam os gols da classificação tricolor
  Insatisfeito com o desempenho da equipe, Cuca resolveu mexer. Sacou  Luan e colocou Alecsandro, com o objetivo de segurar mais a bola no  campo ofensivo. Do lado contrário, Ney Franco não fez modificações e, no  intervalo, disse que faltava arriscar chutes de fora da área. 
  O São Paulo recomeçou a partida como havia terminado a etapa inicial,  com muita vontade e explorando seu lado esquerdo. Com cinco minutos,  Carleto errou um cruzamento, mas a bola foi no ângulo de Victor, que  voou e fez grande defesa.
  
Aloísio comemora o pênalti  (Foto: Marcos Ribolli) 
 Com a mudança, o Galo perdeu velocidade. Mais organizado em campo, o  Tricolor fez o Morumbi explodir de alegria quando Aloísio, após grande  passe de Osvaldo, foi derrubado na área por Leonardo Silva. Pênalti bem  marcado pelo goiano Wilton Sampaio. Na cobrança, Rogério Ceni, que  passou mais de uma semana com dores no pé direito, colocou com categoria  no canto esquerdo de Victor e fez 1 a 0 - vale lembrar que, contra o  Strongest, Ceni bateu pênalti no mesmo canto e disse que, por conta das  dores, só poderia bater naquele lado.
  O resultado, então, já suficiente para a classificação tricolor, pois em Sarandi o Arsenal abria 2 a 0 no Strongest.
  Imediatamente, Cuca abriu seu time, sacando Serginho e colocando Neto  Berola bem aberto pelo lado direito. Ao contrário do primeiro tempo,  quando jogou à vontade, o Galo sentiu o golpe com o gol que levou. As  principais peças sumiram e, apesar da maior posse de bola do time  mineiro, Rogério Ceni só era ameaçado em lances de bola parada. Aos 32,  Ney Franco mexeu no ataque, sacando Aloísio para a entrada do garoto  Ademilson, revelado nas categorias de base.
  Nos dez minutos finais, Cuca partiu para o tudo ou nada, com a entrada  de outro atacante, Guilherme, na vaga do volante Leandro Donizete. Do  lado são-paulino, Rodrigo Caio entrou na vaga de Paulo Miranda. E foi  num contra-ataque que o Tricolor matou o jogo. Ganso lançou Osvaldo que,  em alta velocidade, avançou e cruzou rasteiro, na medida, para  Ademilson, que, de pé direito, fez 2 a 0. Com a vaga nas mãos e a festa  nas arquibancadas, foi só esperar o tempo passar e comemorar.
  E que venham os confrontos das oitavas!
    + EXPANDIR A CRÔNICA COMPLETA 
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/libertadores-2013/17-04-2013/sao-paulo-atletico-mg.html
  
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