Esporte
Lembra dele? Algoz do Timão em 91, Graciani lembra gol e aposta no Boca
 
 
Ex-atacante, que eliminou Corinthians no  Morumbi, administra parque em Buenos Aires e vê time do coração mais  experiente para o título
                                                                                       Por Alexandre Lozetti e Sergio Gandolphi                                                                                      Buenos Aires                                                     
      
 Dia 17 de abril de 1991, Morumbi, oitavas de final da Taça  Libertadores. Jogo de volta. O zagueiro Guinei, do Corinthians, tem a  bola dominada pelo lado esquerdo do gramado, mas vacila. Vacilo que só  foi fatal porque um argentino se atirou loucamente à sua frente, deu um  carrinho, roubou a bola e teve categoria de sobra para, de fora da área,  encobrir o goleiro Ronaldo e carimbar a classificação do Boca Juniors  para as quartas de final, eliminando o Timão (assista ao lance no vídeo). O jogo terminou 1 a 1. Na ida, em Buenos Aires, os argentinos haviam vencido por 3 a 1.   Até hoje, os torcedores corintianos não se esquecem do erro de Guinei. E  os do Boca não se cansam de recordar a mistura de raça e técnica de  Graciani. Quem garante é o próprio ex-atacante. O GLOBOESPORTE.COM achou  Alfredo Oscar Graciani em Buenos Aires. Aposentado desde 1999, ele  trabalha na Secretaria de Esportes da capital argentina, na  administração do Parque Sarmiento, distante do centro da cidade.   Chamado de Murciélago (Morcego) pela fanática torcida do Boca, Graciani  parece trabalhar na caverna do Batman. Fria, escura, bem diferente da  calorosa Bombonera. Quando soube que um jornalista brasileiro o  procurava, pensou que fosse brincadeira.  - Nós fazíamos essa piada na minha época de jogador. Dizíamos que  jornalistas estavam procurando. Havia muito menos do que hoje em dia,  não é?   
Graciani hoje trabalha num parque em Buenos Aires(Foto: Alexandre Lozetti / Globoesporte.com)  
Até a final da atual edição da Libertadores, aquele duelo entre Boca e  Corinthians era o mais importante da história dos confrontos entre os  dois times. E Graciani aposta que, em 2012, a história terá o mesmo fim  que em 91. Ídolo do Boca, muito mais pela identificação com a torcida do  que por títulos, o ex-jogador não é um profundo conhecedor do  Corinthians. Tanto que, para ele, o Emerson que joga na equipe alvinegra  é o ex-volante que disputou as Copas do Mundo de 1998 e 2006, já  aposentado. Mesmo assim, ele palpita e corneta o time de Tite.   - O Corinthians não me parece uma grande equipe. Nunca foi campeão ou  chegou a esta fase, essa pressão joga contra. Creio que seja muito  importante para eles, pena que cruzaram com o Boca e seus jogadores, que  sabem muito bem como é ganhar a Libertadores - afirmou.  O discurso tem um forte tom de paixão. Graciani costuma dizer que sua  vida é o Boca. Na quarta-feira estará na Bombonera para ver o time do  coração, no primeiro jogo da decisão. E para ele, a experiência de  Riquelme pode fazer diferença. O camisa 10 é candidato a ser o que o  Morcego foi em 91: algoz do Corinthians. Além do famoso gol do Morumbi,  ele também fez no jogo em casa. Mas o que está na memória é mesmo o que  contou com a “ajuda” de Guinei.   - Eu me lembro perfeitamente. O zagueiro tem a bola. Eu aperto, roubo,  encaro o goleiro e coloco por cima dele. Um lindo gol! Acredito que a  torcida do Boca se lembre. Era muito difícil para equipes argentinas  jogar no Brasil, quase sempre perdiam. Mas contra o Corinthians fomos  muito bem e esses gols são importantes para mim.  Parceiro de Batistuta no ataque de 1991, Graciani aponta uma  característica que se aprimora na equipe azul e amarela desde aquela  época: saber jogar como visitante. Por isso, em sua visão pouco  imparcial, uma vitória na Bombonera praticamente sela o heptacampeonato.  E para conquistar essa vitória, Riquelme, de 34 anos, é o trunfo. As  cobranças de faltas, escanteios e seus passes precisos para os  companheiros são as maiores esperanças do Morcego em uma equipe que  também não enche seus olhos. Para Graciani, autor do gol histórico de  91, os finalistas da Libertadores praticamente se equivalem na força  defensiva. Mais uma razão para apostar na experiência do Boca.   
Graciani vê o Boca Juniors mais preparado para o título deste ano  (Foto: Alexandre Lozetti / Globoesporte.com)  
- Defensivamente o Corinthians é bom, tem bons zagueiros. Tenho a  sensação de que as equipes são muito parecidas e, nesta fase, pesam  jogadores com mais experiência, rodagem no campo de jogo e na  Libertadores - definiu Graciani.  Hoje aos 47 anos, ele decidiu se aposentar aos 34 por não aceitar jogar  em clubes menores, já em condições físicas piores. Virou comentarista  de televisão, chegou a trabalhar no Boca e, desde 2008, atua na  administração do Parque Sarmiento ao lado de outro ex-atleta do clube,  Walter Pico. Ele foi colocado no cargo pelo prefeito Mauricio Macri,  ex-presidente do Boca Juniors.  Pai de cinco filhos, frutos de dois casamentos, ele deu um leve sorriso  ao saber que Guinei até hoje é lembrado pela falha em seu gol. Um  sorriso quase cruel, que revela orgulho em um rosto que tem história e  vive escondido em Buenos Aires, mas sempre dedicado ao Boca.FONTE:
 http://globoesporte.globo.com/futebol/libertadores/noticia/2012/06/lembra-dele-algoz-do-timao-em-91-graciani-lembra-gol-e-aposta-no-boca.html 
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