Ponto corrido tem, sim, final de campeonato. Senão, o que foi Joinville  e Ponte Preta nesta tarde? Estádio abarrotado, faltas em excesso,  discussões contantes com arbitragem (não importa se há razão ou não),  erros que fazem a partida fugir por entre os dedos. E a competência,  claro, de saber usar o que tem de melhor. O JEC fez isso e muito mais.  Insistiu na bola aérea até conseguir o resultado esperado. Assim, fez  dois gols com Rogério e Bruno Aguiar e garantiu a festa dos quase 18 mil  fanáticos que encheram a arena. Edigar Junio colocou a pá de cal e  confirmou os 3 a 1 sobre a Ponte Preta, suficiente para tomar dela a  liderança da Série B do Campeonato Brasileiro. Cafu, com a ponta da  chuteira, fez o único tento dos paulistas.
 Joinville comemora resultado fundamental para 
continuar na briga pelo título 
(Foto: José Carlos Fornér/JEC)
O clima de tensão ficou claro antes, durante e depois do jogo. A  torcida catarinense fez uma linda festa para recepcionar os jogadores,  com direito até a torcedor em cima do ônibus da delegação. O ambiente  virou hostil em campo, quando titulares trocaram pancadas no meio-campo e  travaram o confronto em boa parte do tempo. No fim, quem fez feio foi a  torcida visitante: irritados com frases do locutor do estádio, os  pontepretanos se desentenderam com a Polícia Militar e interromperam a  partida nos minutos finais. Roberto e os outros jogadores foram até o  local para impedir a briga, o que ajudou em parte a resolver o problema.  saiba mais
 -    Tempo Real: confira como foi a partida
 -    Veja a tabela e os próximos jogos dos dois
 -    Roberto sai com dor nas costas e preocupa
 -    VC dá nota: avalia os jogadores do Coelho
 -    Vc dá nota: avalie os jogadores da Macaca
 
   O triunfo dá vantagem ao JEC na briga pelo título, inédito para  os dois que o disputam. O Joinville saltou para 69 pontos, números de  destaque principalmente pela sequência impressionante de vitórias  (agora, sete consecutivas, em oito rodadas invicto). O embalo, aumentado  neste sábado por Rogério, Bruno Aguiar e Edigar Junio, aumenta a  confiança dos catarinenses, que encaram Boa Esporte na terça-feira  (fora), recebem o Luverdense no outro sábado e fecham a campanha em 2014  contra o Oeste, no interior de São Paulo.
  À Ponte, resta superar a perda da liderança pela primeira vez nas  últimas nove rodadas. Outro ponto é o fim da invencibilidade de 13 jogos  (dez vitórias e três empates). As peças-chaves da Macaca tiveram uma  tarde pouco inspirada e pouco perigo levaram ao gol de Ivan. Só Cafu, ao  aproveitar um rebote de chute de Rafael Costa. Agora, resta vencer o  América-RN na próxima terça-feira no Majestoso e torcer para o Joinville  tropeçar contra o Boa, em Varginha. A equipe alvinegra ainda encara  América-MG, em casa, e Náutico, fora. Marcelo Costa levanta na área da Ponte: foi 
assim que o Joinville construiu a vitória 
(Foto: Renan Koerich)
O jogo
  O resumo perfeito do primeiro tempo apontaria jogadas eletrizantes de  cara e um final truncado demais para times com resultados tão bons na  temporada. No calor da torcida, o Joinville forçou a primeira defesa de  Roberto logo a um minuto, no que a Ponte respondeu com Cajá e Alexandro.  Aos poucos, o ímpeto caiu e muito por culpa dos jogadores, que  priorizaram as faltas para conter o adversário à criatividade na arena.  Edson Ratinho, por exemplo, deu entrada criminosa em Roni e só recebeu o  amarelo, assim como Bruno Aguiar e Juninho. Pouco futebol e muito  problema para quem está brigando por título.
  Os dois voltaram ao segundo tempo para o tudo ou nada. Em especial o  Joinville, por toda a necessidade de derrubar o rival no último  confronto direto entre eles. A bola parada, que falhou nos 45 minutos  iniciais, deu certo com cruzamento de Marcelo Costa e gol de Rogério. A  Ponte acordou com as mudanças de Guto e aproveitou a entrada de Rafael  Costa, autor da jogada, para empatar com Cafu. O camisa 7 da Macaca  pediu silêncio na arena. Que infelicidade! Os torcedores rivais fizeram o  contrário e ajudaram Bruno Aguiar, revelado no Majestoso, mas  identificado com o arquirrival Guarani, e Edigar Junio, em jogada de  outro ex-bugrino (Fabinho), a matar a partida. Nem a confusão entre a  torcida alvinegra e a polícia inflamou a partida, decidida no misto de  acertos e erros. Melhor para um, ruim (mas nem tanto) para o outro. Torcida da Macaca participa da bonita festa 
até a definição do placar: depois, só brigas 
(Foto: Renan Koerich)